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Aprenda a lidar com a concorrência com o clássico A Arte da Guerra

O livro A Arte da Guerra, do estrategista chinês Sun Tzu, foi escrito no século IV a.C. e é um dos maiores clássicos de negócio do mundo. Sim, isso é possível! Podemos considerar que a primeira tradução fidedigna tenha sido em 1927 e, desde então, os ensinamentos são utilizados por empreendedores e executivos espalhados pelo globo.

Facilmente adaptável para o marketing, a obra é essencial para quem deseja entender mais sobre estratégias competitivas. Sun Tzu era general do Rei Hu Lu e viveu entre 722 a.C. e 481 a.C. São 13 capítulos de estratégias essencialmente militares, mas que, aos poucos, foram adaptadas para o mundo dos negócios.

O principal direcionamento que você deve adquirir quando lê A Arte da Guerra é de que o comportamento ético é a base de qualquer sucesso. E isso não é idealista, mas baseado na concepção de que o conflito direto, além de ter alto custo, é ineficiente. Ou seja: bater de frente toda vez que é ameaçado não é uma forma de ganhar realmente.

Interessante, não? Imagine que um general nascido há tanto tempo já teria essas ideias sobre dinâmicas que podem ser aplicadas ao mercado – isso vale para investidores, gestores, empreendedores e qualquer pessoa que esteja em ambiente competitivo.

Se você gostaria de saber mais sobre o livro A Arte da Guerra, não deixe de continuar lendo. Vamos falar sobre esses 13 capítulos e um pouco da essência que pode ser retirada deles.

E você ainda pode baixar a versão desse resumo em PDF aqui ao lado.

Estude sobre guerra quando estiver em paz

Sun Tzu acreditava que devemos estudar antes que a guerra aconteça. Conhecer estratégias e táticas, e tentar se informar ao máximo e já traçar planos. Quem se prepara, tem mais chances de vencer.

Além disso, procure entender quem são os seus inimigos e dimensionar as suas próprias forças. O ideal é compreender a guerra de todos os ângulos. No caso das empresas, isso quer dizer entender os mercados, os públicos, os produtos, o mercado de ações, os investidores, quais são as vantagens de cada lado, etc.

Ou seja, conheça o cenário ao máximo e planeje de acordo com o contexto.

Vencer é não ser derrotado

Aqui está um dos maiores talentos de estrategistas: os melhores generais só entram em batalhas que sabem que vão ganhar. Evite batalhas que você saiba que existe chance de perder e mantenha-se respeitado e temido. Para garantir a vitória, existem regras essenciais:

  1. Saiba quando lutar e quando parar.
  2. Lute para que você esteja preparado e seu inimigo despreparado.
  3. Lide tanto com as forças inferiores quanto com as superiores a do seu exército.Cultive em seu exército o espírito de luta e disciplina.
  4. Tenha capacidade militar e liberdade para comandar suas tropas, sem interferência de superiores.

Ataque quando tiver vantagem

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Sempre evite brigar onde o inimigo for mais forte. Em A Arte da Guerra, Sun Tzu explica que você deve evitar a batalha quando o exército do inimigo estiver em um local mais alto, por exemplo.

Nunca entre em uma batalha, mesmo assim, por raiva ou orgulho. Lembre-se: se você está batalhando por uma fatia maior de mercado, concentre-se nesse objetivo. O orgulho não vai trazer nada a você, apenas prejuízos.

Lidando com a hierarquia

A Arte da Guerra também ensina a lidar com a hierarquia. O exército é comandado por um general, que normalmente tem um soberano. Digamos, por exemplo, que em uma empresa isso se traduziria na relação entre um gerente e o CEO.

Para ter sucesso em uma guerra, é essencial lidar bem com esse comando a fim de evitar problemas. Um soberano pode atrapalhar o exército se der as ordens erradas. Esse tipo de erro abala a confiança dos soldados e causa derrota. Evite as seguintes características, tanto no soberano quanto no general:

  1. Teimosia
  2. Covardia
  3. Destempero
  4. Honra em excesso
  5. Compaixão em excesso pelos seus homens

Estratégia e espionagem

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Manter um exército, assim como manter uma equipe e uma empresa em funcionamento, é caro. E prolongar guerras demais pode gastar recursos indefinidamente, esgotando-os. É preciso focar em vitórias rápidas e decisivas, não em campanhas prolongadas.

Uma ideia de A Arte da Guerra que pode funcionar para diminuir o desperdício de recursos é capturar uma área do inimigo e deixá-la intacta, ao invés de destruí-la através de uma batalha cara.

Na mesma linha de raciocínio, você pode tomar os recursos de seu inimigo, levando todos os alimentos, armas, armaduras e homens. Além de deixar o exército do outro lado sem recursos, você pode utilizá-los para o próprio benefício.

Parece muito pesado, não? Mas essa era a realidade na qual Sun Tzu estava inserido quando escreveu A Arte da Guerra. Reflita sobre essas coisas e reflita quais são as que realmente se encaixam no seu contexto, sem deixar de ser ético.

Engane seu inimigo

A arte da guerra é baseada na habilidade de enganar e dissuadir o inimigo. Confunda seu inimigo, mascarando suas forças. Além disso, “demonstre” fraquezas suas que na verdade não existem – como ter um exército fingindo ser desorganizado.

Quando você estiver pronto para atacar, faça parecer que você não está. Se ele tem um temperamento difícil, irrite-o (aqui está novamente a importância de estudá-lo antes das batalhas). Se ele está confortável, perturbe-o; se está bem suprido, faça com que ele passe fome; se está tranquilamente acampado, force-o a se mudar.

Fazendo os soldados lutarem

Controlar uma grande tropa não é diferente de uma equipe, mesmo que pequena. O que muda é saber controlá-la. Um grande general conduz seu exército como se estivesse levando um único homem pela mão.

Trate seus soldados como filhos e eles vão ficar do seu lado até a morte – e é exatamente disso que você precisa, pessoas engajadas que estão juntas com você nas batalhas. Uma coisa importante que ajuda a alcançar isso é ganhar o respeito das pessoas. Sem isso, você não pode comandá-las.

Trate-as de forma humana e ao mesmo tempo mantenha seus soldados desinformados e incertos. Isso ajuda a mantê-los curiosos, tentando adivinhar quais são os próximos passos. Sem, é claro, passar um clima de insegurança: mostre para eles que você sabe o que está fazendo.

Por que você deve ler A Arte da Guerra

Estudar os ensinamentos de Sun Tzu significa ir até a base das estratégias de guerra. Você aprende sobre o planejamento, gerenciamento da “tropa” e sobre as habilidades críticas de um general.

Não é necessário levar tudo ao pé da letra – procure inserir cada conselho ao seu próprio contexto. Com certeza, você saberá o que utilizar ao seu favor e vencerá a guerra. Antes de finalizar, algumas frases de Sun Tzu:

Ouça aqui o resumo completo:


A Arte da Guerra

Se quiser compreender ainda mais sobre esse livro, não deixe de ler o microbook no 12min!

Curiosidades sobre o autor e seus ensinamentos

O gosto pelos temas militares sempre correu nas veia de Sun Tzu. Afinal, ele cresceu em uma família, em que várias gerações especializaram-se no assunto.

Sun Tzu recebeu boa educação ainda muito jovem e, em toda a sua vida, ele nutriu uma paixão pelo livros e pela aprendizagem contínua. E junto a isso, ele gostava de ouvir as histórias de guerra contadas pelo pai, um soldado na linha de frente.

Assim, bem cedo, ele se tornou um conselheiro de guerra e o ajudou a derrotar rivais poderosos do seu estado. Com habilidade, conhecimento e experiência, Sun Tzu transformou suas palavras em resultados. Conquistou credibilidade e fama.

Desta forma, o seu livro A Arte da Guerra não se resume a um conjunto de dicas de sucesso. Pelo contrário, trata-se de uma coletânea de conhecimento e sabedoria. E tudo isso vem sendo aplicado ao longo dos tempos, nos quatro cantos do mundo.

Por exemplo, no líder comunista chinês Mao Zedong, reconheceu que lançou mão dos ensinamentos do livro A Arte da Guerra para alcançar vitória sobre os seus adversários  Chiang Kai-shek e o Kuomintang, em 1949.

Também era um admirador de Sun Tzu, o almirante da frota Togo Heihachiro, que liderou a vitória do Japão, na guerra russo-japonesa.

Nos EUA,  o exército ordenou que todas as suas unidades tenham o livro A Arte da Guerra em suas bibliotecas, para educação continuada. O best-seller de Sun Tzu também integra o  Programa de Leitura Profissional do Corpo de Fuzileiros Navais.

Enfim, os exemplos são incontáveis. Nos dias atuais, organizações públicas, empresas e profissionais liberais buscam tirar proveito das estratégias de Sun Tzu para vencer guerras e alcançar o sucesso em cenários de disputas.

Então, você gostou do resumo do livro A Arte da Guerra? É muito valioso para nós quando você oferece seu feedback, por isso não deixe de comentar o que achou.Além disso, que tal aprender agora truques para desenvolver o poder de persuasão?