O que são mapas mentais e como eles podem te ajudar

Mapas mentais são a melhor forma de capturar pensamentos e memorizá-los. Permitem mais do que apenas tomar notas: você pode ser mais criativo e resolver mais problemas colocando as informações de forma visual e “caoticamente organizada”.
Se você não consegue ter brainstormings produtivos e sofre com a sobrecarga de informações, precisa aprender como criar mapas mentais. Essa ferramenta tem o potencial de mudar a forma como você faz as coisas totalmente.
Para quem ainda é novo no assunto, trouxemos neste texto uma explicação sobre o que são e como criá-los. Continue lendo para saber mais!

O que são mapas mentais

Um mapa mental é basicamente um diagrama que conecta informações ao redor de um assunto central. Você pode imaginá-lo como uma árvore, com um tronco e seus galhos. O importante é imaginar uma estrutura com um item central de onde irradiam linhas, palavras, cores e imagens de acordo com o tema em discussão.
O centro pode ser um assunto abrangente, como poesia, e os galhos são subtópicos ou ideias relacionadas aquilo, como poetas famosos, livros de poesia, etc. Mapas mentais mais detalhados podem mostrar os subtópicos que se relacionam entre si.
Você pode fazer mapa mental para vários temas, como para pensar na sua carreira, para aprender coisas novas, como uma nova língua, para resolver problemas, criar sumários de livros, definir metas, discutir assuntos com grupos (brainstorming), dentre outros usos.
Você pode criar seu mapa mental com post its, pincéis, canetas ou mesmo softwares de mapas mentais que permitem links e anexos. O objetivo é transformar assuntos em sistemas visuais que permitem melhor entendimento por parte de nossos cérebros.
Confira abaixo por que mapas mentais podem ajudar você a ter mais sucesso.

Como mapas mentais ajudam a pensar

Fazer um mapa mental pode ser um processo divertido. Você pode apenas adicionar informações em qualquer ordem, assim que surgem na sua mente. Coloque as ideias e fatos e preocupe-se com a organização depois.
Entenda porque saber como criar mapas mentais pode ser mais eficiente:

Aumentam a memória

Nossa memória é mais visual. Temos cerca de seis vezes mais chances de lembrar de informações se elas forem organizadas de forma visual. Os mapas mentais favorecem essa tendência utilizando recursos como imagens, palavras, números e cores.

Facilitam associações

Mapas mentais são ótimos para brainstorming porque abrem mais espaço para livres associações. Você se torna capaz de criar mais ideias e encontrar significados mais aprofundados sobre o tema.

Estruturam informações

Os mapas mentais funcionam bem para guardar grandes quantidades de informações. Eles mostram claramente a hierarquia, demonstram a relação entre cada item e permitem que vejamos o “todo”.

Aumentam a produtividade

Se você está trabalhando em um novo projeto ou escrevendo um artigo complexo, fazer mapa mental pode ajudá-lo a economizar muito tempo. Você pode organizar as informações e eliminar o tempo que usaria e poderia desperdiçar caso visse que aquele caminho era o errado.

Ajudam a escrever

Um estudo comprovou a efetividade dos mapas mentais em 2004: 10 a cada 12 estudantes declararam que os mapas melhoraram sua escrita. Para quem escreve posts de blog, matérias jornalísticas ou mesmo livros, é uma ferramenta interessante.

Torna a solução de problemas mais fácil

Se você está com um problema e não sabe como resolvê-lo, aprenda como criar mapas mentais. Comece pelas questões básicas: quem, como, porquê, onde. Siga cada uma delas e procure processar as informações a fim de não deixar nenhuma escapar. Aos poucos, o problema vai ficando mais claro e junto dele a solução.

Como criar mapas mentais

mapas mentais 12 minutos 2

Passo 1: defina a ideia central

Vamos começar a criar o mapa mental pelo centro. É a partir da ideia central que todas as outras informações vão surgir. Não importa a plataforma, coloque o tema principal sempre no centro. Isso ajuda a chamar a atenção e a criar associações.
Você não precisa definir um tema muito abrangente. Procure apenas definir bem o assunto central para que as outras conexões também tenham a mesma força.

Passo 2: adicionando conexões

Agora é hora de começar a exercitar a criatividade. Os “galhos” principais saem direto do centro e são temas-chave – deles, outros galhos menores podem sair, a fim de aprofundá-los.
Na verdade, não há restrição para a quantidade de conexões ou o lugar em que elas devem estar. Essa é a beleza dos mapas mentais.

Passo 3: adicione palavras-chave

Quando você adicionar uma conexão ao seu mapa, inclua também uma ideia-chave. Procure utilizar uma ideia para cada galho maior. Se mantiver em uma só palavra ou expressão, melhor ainda, pois você poderá adicionar várias outras conexões àquela principal.
Por exemplo: se você escrever “festa de aniversário” em um galho, você fica restrito a aspectos da festa. Agora, se utilizar “aniversário”, as possibilidades aumentam. Ali, você poderá adicionar a “festa” e também outros itens.

Passo 4: dê cores às conexões

Para organizar melhor seu mapa mental, dê uma cor diferente para cada galho. Assim, você liga o visual com a lógica e auxilia o cérebro a criar atalhos para o raciocínio. Cores também fazem as imagens ficarem mais interessantes e chamativas, se comparadas àquelas monocromáticas.

Passo 5: inclua imagens

Especialmente se você estiver utilizando uma plataforma de criação de mapas mentais, não deixe de adicionar imagens. Elas têm o poder de informar mais do que uma sentença, por exemplo, além de serem processadas constantemente e mais facilmente pelo cérebro.

Mapas mentais e memorização: sugestões de leitura

Se você deseja aprofundar seus estudos sobre mapas mentais, sugerimos algumas leituras:

mapas mentais 12 minutos

Mapas Mentais – Tony Buzan e Barry Buzan

Um dos livros mais aclamados sobre mapas mentais é este. Tony Buzan discute os mapas em várias palestras (algumas disponíveis no Youtube) o potencial que nosso cérebro possui e que só precisamos de novas formas de pensar para despertá-lo.
O livro oferece vários métodos para melhorar a memória, concentração, criatividade e capacidade de planejamento em todos os níveis da sua vida. Os autores demonstram o passo a passo para pensar com mapas e uma série de exercícios que estimulam a mente. Aprenda a:

  • Aumentar a percepção e associação para melhorar sua forma de aprender, pensar e criar.
  • Alcance a forma perfeita de tomar notas, organizar falas, escrever artigos e relatórios.
  • Se juntar aos outros para produzir, memorizar informações, libertar ideias e expandir o conhecimento profundamente.

mapas mentais the back of the napkin 12 minutos

The Back of the Napkin – Dan Roam

A premissa do livro é básica: todo mundo consegue pensar visualmente e resolver problemas utilizando apenas um pedaço de papel e um lápis. O livro traz ferramentas e passos práticos para facilitar a imaginação – vale para aplicar em várias situações na vida. A obra também tem um volume seguinte, “Unfolding the Napkin”, que traz mais exercícios, estudos de caso e páginas em branco para treinar o pensamento visual.
mapas mentais idea mapping 12 minutos

Idea Mapping – Jamie Nast

Este livro contém os ensinamentos básicos de como capturar suas ideias e transformá-las em mapas. Os princípios são válidos tanto para quem faz mapas à mão quanto em softwares. Você ainda vai aprender as aplicabilidades dos mapas mentais e como utilizá-los em grupo.
Quer saber mais sobre produtividade? Não deixe de visitar a categoria na nossa plataforma. Lá você encontra microbooks das obras de não-ficção mais aclamadas e tem chance de aperfeiçoar ainda mais seus conhecimentos. Traga sua mente para um novo patamar! Acesse o 12min e faça um trial 😉

Mentalidade




Veja a retrospectiva de 2017 do 12Minutos

Mais um ano chegando ao fim e muita coisa boa acontecendo.
Nós decidimos, então, fazer uma retrospectiva de 2017 com tudo o que teve de melhor aqui no 12’.
Os melhores livros, os melhores autores e até os users que consumiram mais conteúdo!

Os 5 livros mais lidos em 2017

  1. Os Segredos da Mente Milionária

    retrospectiva de 2017 os-segredos-da-mente-milionaria-12-minutos

    • Número de usuários que leram: 20706
    • Nota dos usuários: 4.5
  2. O Poder do Hábito

    retrospectiva de 2017 o-poder-do-hábito-12-minutos

    • Número de usuários que leram: 18179
    • Nota dos usuários: 4.53
  3. Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas

    retrospectiva de 2017 como-fazer-amigos-e-influenciar-pessoas-12-minutos

    • Número de usuários que leram: 9478
    • Nota dos usuários: 4.64
  4. As Armas da Persuasão

    retrospectiva de 2017 as-armas-da-persuasao-12-minutos

    • Número de usuários que leram: 6515
    • Nota dos usuários: 4.46
  5. Mindset

    retrospectiva de 2017 mindset-12-minutos

    • Número de usuários que leram: 4860
    • Nota dos usuários: 4.35

A lista ficou tão bacana, que resolvemos fazer um post só para ela, com os 20 livros mais lidos em 2017.

Os 5 livros mais bem avaliados em 2017

  1. The Thank You Economy

    retrospectiva de 2017 the thank you economy 12 minutos

    • Nota: 5.0
  2. Como Chegar ao Topo nas Empresas

    retrospectiva de 2017 como chegar ao topo nas empresas 12 minutos

    • Nota: 4.83
  3. Losing My Virginity

     retrospectiva de 2017 losing my virginity 12 minutos

    • Nota: 4.82
  4. O Poder do Subconsciente

    retrospectiva de 2017 o poder do subconsciente 12 minutos

    • Nota: 4.79
  5. Dono

    retrospectiva de 2017 dono 12 minutos

    • Nota: 4.77

Os 5 autores mais lidos em 2017

  1. T. Harv Eker
  2. Charles Duhhigg
  3. Dale Carnegie
  4. Robert Cialdini
  5. Daniel Goleman

Os 5 autores mais bem avaliados em 2017

  1. T. Harv Eker
  2. Charles Duhhigg
  3. Dale Carnegie
  4. Robert Kiyosaki
  5. Robert Cialdini

Número de microbooks lidos por usuário em 2017

Os 10 usuários que mais consumiram conteúdo leram, ao ano:

  1. 315 microbooks
  2. 255 microbooks
  3. 211 microbooks
  4. 179 microbooks
  5. 177 microbooks
  6. 170 microbooks
  7. 169 microbooks
  8. 155 microbooks
  9. 154 microbooks
  10. 148 microbooks

Muita coisa, não é mesmo? Não foi à toa que resolvemos dar um presente especial de Natal para nossos top 10 users <3
Quem serão os próximos superleitores?
2018, foi dada a largada!

Retrospectiva de 2017

2017 foi um ano muito bom, cheio de desafios e oportunidades.
Estamos muito felizes de ter contribuído para aproximar nossos usuários da leitura constante!
Gostaríamos de agradecer imensamente a todos que fizeram parte dessa história.




Como ter proatividade no trabalho e porque isso é importante

Você quer se destacar na equipe e ser visto na empresa como um profissional diferenciado? Invista na proatividade no trabalho e você terá retorno garantido.
Mas o que é proatividade e como ser proativo no trabalho? Um funcionário proativo é aquele prevê os problemas e atua antes que eles aconteçam. Normalmente, não espera ser convidado para agir. Ele tem iniciativa.
Ele tem meta e planejamento para alcançá-la. Se alguma coisa sai dos trilhos, e isso pode acontecer, o funcionário coloca a mão na massa, analisa o problema e busca solução ao invés de reclamar.
E tudo isso sem perder o controle emocional. Nada de pânico, nada de jogar a culpa no colega do lado. O foco é na solução e na qualidade do trabalho, e não na reação.
Proatividade no trabalho está diretamente ligada ao sucesso.

10 dicas de como ser uma pessoa proativa

  1. Tenha metas

As metas indicam onde você quer chegar e como fará a travessia. Sem elas, você fica à deriva dos acontecimentos, susceptível aos mais variados contratempos.
Por outro lado, com um guia nas mãos, você se prepara para eventuais tempestades e não perde seu precioso tempo com atividades que não o levarão ao ponto desejado.
Assim, se você quer se destacar pela sua proatividade no trabalho, comece relacionando todas as coisas que você precisa realizar na empresa. Estabeleça prazo para cada item e especifique as atividades relevantes para alcançar o sucesso em todos eles.
Ponha tudo no papel. Esse será o seu cronograma de ação. Esteja aberto para incluir novas metas, sempre que for necessário.

  1. Seja flexível

Você planejou, pensou em todos os detalhes, mas, em algum momento, as coisas não aconteceram exatamente como o esperado. Não entre em pânico.
A primeira atitude é analisar a situação e estar aberto para promover adequações no seu planejamento.
A importância do planejamento flexível é exatamente essa possibilidade de reajustar os rumos, em função de mudanças no nosso cotidiano, sobre as quais não temos controle.
No entanto, a flexibilidade também exige disciplina para realinhar o planejamento e manter o foco nos seus objetivos, transformando os problemas em oportunidades.

  1. Busque a excelência e não a perfeição

A procrastinação não é aceitável se você quer alcançar todos os seus objetivos. Então, mexa-se. Se não for possível antecipar os problemas, corra atrás da solução.
Não espere o chefe mandar. Talvez, você tenha que sair da sua zona de conforto, superar alguns medos e obstáculos.
Se for preciso, faça isso. O que vale é agir na hora certa.
Não importa se a sua decisão não está 100% correta e não resolve o problema como um todo. Perfeição é uma utopia. Tenha em mente que é possível fazer ajustes adiante. Mas não perca tempo demais com os detalhes.
A busca pela perfeição pode gerar estagnação e você perderá tempo valioso. Afinal, o que adianta uma excelente decisão, quando ela não é mais necessária?
Isso não significa desprezar a excelência. Trabalhe por ela a todo instante, em cada tarefa. Excelência no trabalho significa, entre outras coisas, manter-se comprometido com o seu melhor, gerando resultados acima do esperado.

  1. Trabalhe em equipe

Trabalhar em equipe não significa dividir uma mesma sala com os colegas e o líder. É mais do que isso: uma equipe compartilha informações, apoia-se mutuamente para o sucesso do grupo, sabe ouvir, é tolerante com as opiniões divergentes, privilegia o resultado coletivo e não o individual…
Uma equipe soma esforços para multiplicar os resultados. Faz parte do desafio de uma equipe, manter um clima de cooperação saudável e gerar energia para impulsionar a produtividade do grupo.
Então, faça a sua parte dentro da equipe e tenha proatividade no trabalho.

  1. Assuma mais responsabilidades

Nunca fique estagnado na função para a qual foi contratado. Uma pessoa que tem proatividade no trabalho envolve-se em outras atividades, em comissões ou participa de reuniões externas com grupos diversos.
Incentive o seu chefe a enviá-lo para eventos extras. Isso ampliará sua visibilidade e o seu networking, além de ganhar importância na empresa.
Cabe a você abrir essas portas. Não espere ser convidado – apresente-se e permita que as pessoas saibam da sua vontade de participar.

  1. Invista em treinamentos

Você nunca sabe o suficiente. Toda oportunidade de aprender um pouco mais é bem-vinda. Assim, fique de olho nos treinamentos e cursos que a empresa oferece.
Certamente, você encontrará alguma coisa que lhe ajudará a zerar sua lista de tarefas. Você pode, inclusive, colaborar no planejamento de treinamentos que são do seu interesse.
Existe uma infinidade de cursos e treinamentos, também, fora da empresa. Muitos, inclusive, gratuitos. E você ainda pode “abusar” da internet e das opções online.
Pessoas que tem a proatividade correndo nas veias fazem isso.

  1. Seja organizado

Quer ser proativo? Comece organizando a sua mesa, o seu tempo e, também, a sua mente. E dê um jeito na agenda, priorizando o que é mais importante.
Organização permite que você assuma o controle das suas responsabilidades, inclusive, em situações de crise. E ajuda a cumprir os prazos combinados.
E quando falamos em entrega, vem a importância do gerenciamento do tempo. Uma dica é não apenas marcar no calendário o projeto e a data de finalização, mas incluir todos os pontos relevantes no meio do caminho para cumprimento dos prazos.
Crie sistemas para você não esquecer cada uma das etapas do seu projeto. Isso pode ser eletronicamente ou manualmente – via bilhetinho na tela do computador. Não faz diferença. O importante é monitorar os prazos.

  1. Pense positivo

Funcionário negativo contamina o ambiente e suga a energia da equipe. Assim, para colaborar por um clima mais saudável, evite focar nos problemas. Concentre-se no que você realizou ou conquistou.
Celebre esses pontos positivos com você mesmo e com os colegas. Depois, prepare uma lista de atividades para o dia seguinte. Reflita sobre o que poderá ser feito de forma diferente e melhor e trabalhe para chegar lá. Isso o ajudará a não repetir os mesmos erros.
Outra vantagem do pensamento positivo é que ele estimula a criatividade. Os estudos mostram que pessoas felizes registram índice de produtividade mais elevado e proporcionam mais inovação.
Felicidade impacta também na saúde das pessoas, reduzindo o percentual de vítimas da Síndrome de Burnout (exaustão física e mental) e de afastamentos do trabalho.

  1. Solucione os problemas

Melhor que solucionar um problema, é evitar que ele aconteça. Ou, pelo menos, estar preparado para agir quando alguma coisa der errado.
Nesse caso, não fique reclamando e colocando mais lenha na fogueira. Seja um solucionador.
Por isso, é importante definir a metas e um plano detalhado para cada projeto. Dê espaço para ajustes ao longo do caminho e sempre tenha um plano B para as situações inesperadas.

  1. Comemore

Todo sucesso precisa ser comemorado. Seja ele grande ou pequeno, não importa. Sucesso é sempre um sucesso.
Cada conquista, por menor que seja, é um passo à frente rumo ao seu objetivo maior. E a comemoração realça a evolução das pessoas e as motiva para os projetos futuros.

Proatividade no trabalho

O seu aprendizado sobre proatividade no trabalho não se esgota aqui. A equipe do 12min selecionou algumas opções de leitura que vão ajudar você a dar uma sacudida e partir para a batalha com mais segurança e confiança. Veja:

Foco – Daniel Goleman

Foco é uma habilidade chave para ser bem-sucedido, produtivo e ter relacionamentos pessoais e profissionais duradouros.

Foco

A Arte de Fazer Acontecer – David Allen

A Arte de Fazer Acontecer

Para fazer acontecer, a primeira atitude é parar de executar um monte de coisas ao mesmo tempo e focar na tarefa atual. Sempre.

De Onde Vêm As Boas Ideias – Steven Johnson

De Onde Vêm As Boas Ideias

Ideias que mudam o mundo geralmente evoluem ao longo do tempo e não em saltos repentinos. Mas, em que tipo de ambiente elas nascem?

Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas – Dale Carnegie
Uma obra espetacular e obrigatória para se desenvolver as habilidades de relacionamentos, sejam eles pessoais ou profissionais.

Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas

Boa leitura e mão na massa 😉




Os 20 livros mais lidos em 2017 no 12min

O 12min tem uma biblioteca riquíssima. Os best-sellers e todos os títulos de sucesso do mundo dos negócios, você encontra aqui. Mas têm sempre aqueles livros mais lidos, os que caem nas graças dos leitores, os que se destacam.

Os livros mais lidos em 2017 não são necessariamente os mais recentes. Pelo contrário, muitos deles já estavam antes na lista dos “queridinhos” e se mantiveram na preferência dos leitores.

Quer um exemplo? Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas, de Dale Carnegie, teve sua primeira publicação em outubro de 1936. Desde então, foram mais de 50 milhões de exemplares vendidos.

Isso mesmo, 81 anos e ainda é uma obra-prima, de leitura indispensável. Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas está entre os livros mais lidos em toda história e, também, integra a lista de preferência do 12’ em 2017.

O ranking dos livros mais lidos em 2017

20. As 22 Consagradas Leis do Marketing – Al Ries & Jack Trout

As 22 Consagradas Leis do Marketing
Categoria: Marketing & Vendas
As regras que ditam o mundo do marketing estão nessa obra de leitura fácil e contagiante. Os autores equilibram humor e seriedade ao citar campanhas bem-sucedidas, apontando os fatores que levaram várias marcas à posição de liderança. Os princípios do marketing descritos por Al Ries e Jack Trout podem ser seguidos por qualquer pessoa que busca o mesmo caminho das empresas vencedoras. Por outro lado, se violar essas leis, você está fora do mercado.

19. Pense Simples – Gustavo Caetano

Pense Simples

Categorias: Empreendedorismo / Motivação & Inspiração
Criador da startup Samba Tech, o empreendedor Gustavo Caetano transformou uma pequena empresa na maior plataforma de hospedagem de vídeos da América Latina. Em Pense Simples, que está entre os livros mais lidos em 2017, ele compartilha seus conhecimentos e responde questões sobre inovação, qual o rumo a tomar e em qual mercado atuar, entre várias outras.

18. De Onde Vêm As Boas Ideias – Steven Johnson

De Onde Vêm As Boas Ideias

Categoria: Produtividade
Ideias que mudam o mundo geralmente evoluem ao longo do tempo e não em saltos repentinos. Mas você já parou para pensar de onde vêm todas essas ideias? Em que tipo de ambiente elas nascem? Em seu livro, Steven Johnson explora esse assunto e identifica sete padrões que originam a inovação verdadeira. Uma leitura altamente recomendada para os amantes das inovações, que gostam de histórias de grandes descobertas.

17. Paixão Por Vencer – Jack Welch

Paixão Por Vencer 

Categorias: Cultura Corporativa / Gestão & Liderança
Jack Welch é um vencedor. Durante os 20 anos em que comandou a General Eletric (GE), a empresa cresceu de $ 12 bilhões para $ 400 bilhões. Seu estilo honesto e direto tornou-se referência em gestão, com foco nas pessoas, no trabalho em equipe e nos lucros. Uma receita que lhe rendeu fama e fortuna e que, nesse livro, ele compartilha com todos os interessados em seguir uma carreira de sucesso.

16. A Arte de Fazer Acontecer – David Allen

A Arte de Fazer Acontecer
Categorias: Produtividade / Psicologia
Para fazer acontecer, a primeira atitude é parar de executar um monte de coisas ao mesmo tempo. E para alguns, é preciso combater a procrastinação. A proposta é focar na tarefa atual sempre, deixando de lado tudo que possa distrair você. Essa é a visão central do método GTD, criado pelo autor, que nada mais é do que um sistema de controle de nossos circuitos abertos – “qualquer coisa atraindo a nossa atenção que não está no seu devido lugar”. Uma leitura indispensável.

15. A Arte da Negociação – Michael Wheeler

A Arte da Negociação

Categoria: Marketing & Vendas
Negociação é uma habilidade que pode ser desenvolvida ou aprimorada. Você só precisa estudar. Wheeler ensina as técnicas necessárias para ser um vencedor. Flexibilidade, pensamento rápido, criatividade, planejamento e improvisação são ingredientes indispensáveis. Mas, como aplicar essas aptidões em cenários altamente competitivos, caóticos ou numa situação completamente nova? Que tal negociar um tempinho para a leitura e obter todas as respostas?

14. 10 Days to Faster Reading – Abby Marks-Beale

10 Days to Faster Reading

Categoria: Produtividade
Você começou a ler um livro, ficou sem tempo, parou no meio e não voltou mais? Isso acontece várias vezes? Marks-Beale dá dicas valiosas para você zerar a sua fila e não deixar que o problema aconteça novamente. A proposta é ler em alta velocidade e extrair informações úteis da obra. Ou seja, nada de ler cada palavra em cada página. Ler mais rápido vai mudar a sua vida. Corra para aprender essa técnica desafiadora e valiosa.

13. A Estratégia do Oceano Azul – W. Chan Kim & Renée Mauborgne

A Estratégia do Oceano Azul

Categorias: Gestão & Liderança / Cultura Corporativa
Para evitar oceanos sangrentos e vermelhos, não nade com os tubarões. A proposta é buscar mares abertos e azuis para sua empresa. Isso significa que é preciso gerar e capturar mais valor e não atacar e competir com empresas já estabelecidas, onde as margens são baixas e os preços também. Para navegar por oceanos azuis é preciso, ainda, um mapa estratégico antes de apontar o seu barco em uma nova direção.

12. Trabalhe 4 Horas Por Semana – Tim Ferriss

Trabalhe 4 Horas Por Semana
Categorias: Dinheiro & Investimento / Produtividade
Tempo + Mobilidade = Nova Riqueza. A matemática de como lidar com o seu trabalho e sua produtividade ensina que não é preciso esperar pela aposentadoria para criar um estilo de vida. Um dos livros mais lidos em 2017 questiona o esquema convencional de trabalho, de uma rotina diária exaustiva e carreira longa, e convida você a desenhar um novo modelo, que vai além da mediocridade. Afinal, existe menos competição no topo.

11. Foco – Daniel Goleman

Foco

Categorias: Psicologia / Produtividade
Foco é uma habilidade chave para ser bem-sucedido, produtivo e ter relacionamentos pessoais e profissionais duradouros. Mas, nos dias atuais, isso não é tarefa fácil. O excesso de informações cria escassez de atenção, distrai, isola e gera o sentimento de estar “perdido”. No entanto, se você quer alavancar sua carreira e se destacar no mercado, é uma excelente ideia focar na leitura desse best-seller de Daniel Goleman.

10. A Arte da Guerra – Sun Tzu

A Arte da Guerra

Categorias: Cultura Corporativa / Gestão & Liderança
É claro que A Arte da Guerra está entre os livros mais lidos do 12’ em 2017. Essa é uma das obras de não-ficção mais populares da história, escrita por um general chinês há 2.500 anos, para sucesso das tropas em caso de guerra. Tornou-se referência para empreendedores, investidores e executivos que atuam em ambientes altamente competitivos. Afinal, um general qualificado escolhe lutar somente quando a vitória é certa, para nunca ser derrotado e sempre ser temido.

9. Nunca Almoce Sozinho – Keith Ferrazzi

Nunca Almoce Sozinho

Categorias: Comunicação & Networking / Motivação & Inspiração
Depois de ler esse livro você vai descobrir como avançar na carreira e subir degraus importantes na escalada pelo sucesso pessoal e profissional. O segredo está no contato com outras pessoas, no networking, como forma de criar relacionamentos duradouros. O livro é recheado de dicas legais. Por exemplo, você deve manter contato regular com a sua rede e não apenas quando precisar de um favor.

8. Pai Rico Pai PobreRobert Kiyosaki e Sharon L. Lechter

Pai Rico Pai Pobre
Categorias: Política & Filosofia & Ciência Social / Motivação & Inspiração / Dinheiro e Investimentos / Economia
Você acredita que para ser rico é preciso receber alto salário? Pois, prepare-se para mudar o seu ponto de vista. Um dos livros mais lidos em 2017 desmente esse mito e o leva a refletir sobre sua vida financeira. Quebra crenças e sugere que você ensine os seus filhos desde cedo a terem educação financeira para serem adultos independentes e ricos. Leia você também essa obra e aprenda com quem é especialista em fazer seu dinheiro valer mais.

7. As 48 Leis do Poder – Robert Greene

As 48 Leis do Poder

Categorias: Psicologia / Gestão & Liderança
Você pode até pensar que o autor é maquiavélico demais. O seu livro se baseia, principalmente, em eventos históricos onde a ética presente não é exatamente honrada. Mas Greene não se considera um cara malvado, apenas realista. Sua premissa é que tentar ser justo o tempo todo pode destruir as chances de você se tornar bem-sucedido. Você pode até não querer aplicar as técnicas de Greene, mas é fundamental conhecê-las para se proteger daquele colega que busca o poder a qualquer custo.

6. Steve Jobs – Walter Isaacson

Steve Jobs

Categorias: Empreendedorismo / Motivação & Inspiração
A história de Steve Jobs é simplesmente fascinante e inspiradora. Ele foi um empreendedor genial, perfeccionista, apaixonado, passou por altos e baixos na sua carreira, deu a volta por cima e revolucionou seis grandes indústrias: computação pessoal, cinema e animação, música, e-books, celulares e tablets. Jobs colocou o mundo ao alcance da ponta dos dedos e ele fez isso de forma divertida, inteligente e legal. Conheça mais sobre Jobs e suas lições de inovação, caráter, liderança e valores.

5. Mindset – Carol Dweck

Mindset 

Categorias: Produtividade / Psicologia
O sucesso não depende unicamente das nossas habilidades ou talentos, mas também da forma como enfrentamos a vida. Para a autora, o nosso sucesso depende de duas atitudes mentais: a fixa e a progressiva. A atitude progressiva pode nos fazer pessoas mais felizes, capazes de controlarmos nossas próprias vidas, alcançando o sucesso. Quer entender como isso funciona? Leia o resumo do Mindset no 12Minutos.

4. As Armas da Persuasão – Robert B. Cialdini

As Armas da Persuasão
Categorias: Comunicação e Networking / Psicologia / Gestão e Liderança
Excelente indicação de leitura para as equipes de vendas. O livro mostra como persuadir uma pessoa e, também, como evitar que sejamos transformados em uma vítima da persuasão. O autor ainda explica os princípios psicológicos pelos quais as pessoas dizem “sim”. Entender e aplicar esses princípios no seu cotidiano pode livrá-lo de ciladas mentais do seu cérebro. Use essa arma a seu favor.

3. Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas – Dale Carnegie

Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas

Categorias: Comunicação & Networking / Psicologia / Gestão & Liderança
Uma obra espetacular e obrigatória para se desenvolver as habilidades de relacionamentos, sejam eles pessoais ou profissionais. Os conselhos, métodos e as ideias de Dale Carnegie já beneficiaram milhões de pessoas e permanecem completamente atuais. Para muitos empreendedores, a leitura e o entendimento de Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas valem mais que um MBA. Essa é uma dica de quem realmente entende de negócios.

2. O Poder do HábitoCharles Duhhigg

O Poder do Hábito

Categorias: Motivação & Inspiração / Produtividade / Psicologia
A maior parte do dia, nós apenas repetimos hábitos predeterminados. Os hábitos fazem parte da fundação das nossas vidas, nossas empresas e são responsáveis por uma grande parcela dos resultados que obtemos. Entender os nossos hábitos é o primeiro passo para sermos capazes de transformar nossas vidas, ampliar a produtividade e os resultados nos negócios.

1. Os Segredos da Mente Milionária – T. Harv Eker

Os Segredos da Mente Milionária

Categorias: Comunicação & Networking / Psicologia / Gestão & Liderança
Por que algumas pessoas acumulam riquezas com facilidade e outras vivem no vermelho? A resposta está em Os Segredos da Mente Milionária. Essa obra, que conquistou o topo da lista dos livros mais lidos em 2017, destaca a importância de se entender o nosso modelo mental, como ele se forma, quais a suas limitações e como trabalhar para desenvolvê-las. Vale a pena mergulhar de cabeça nessa leitura se você está pensando em engordar a sua poupança.

Curtiu essa lista? Quais dessas obras você já leu?

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O Jack White do empreendedorismo – Pedro Waengertner, CEO da ACE, Heroes Ep. 17

Bem-vindo ao Heroes, o podcast do 12minutos para você absorver as melhores ideias na velocidade que o mundo exige. Para acompanhar todos os episódios do Heroes, assine o podcast na iTunes Store, no Soundcloud, ou no seu player preferido de podcast para Android. Também adoraríamos saber o seu feedback sobre os nossos episódios, então não se esqueça de deixar um review no iTunes, combinado?

O episódio de hoje é com o Perdro Waengertner, fundador e CEO da ACE. A ACE é uma aceleradora que dá suporte para startups escalarem fornecendo mentoria, networking e investimento para os empreendedores.

No episódio de hoje você vai conhecer mais sobre:
– Qual é o papel das aceleradoras no desenvolvimento de startups
– Quem é o Jack White do empreendedorismo
– Quais são os livros indispensáveis para empreendedores de sucesso em 2018.

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Descubra as grandes lições do livro Sonho Grande

Uma história fantástica. Assim podemos resumir a trajetória profissional do trio Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira. Juntos, eles transformaram um sonho grande em um império bilionário.

O trio adotou um modelo vencedor de gestão baseado na meritocracia, simplicidade, educação e redução de custos. Uma fórmula que revolucionou o capitalismo brasileiro e deu projeção internacional ao negócio.

O livro Sonho Grande de Cristiane Correa, conta essa trajetória de sucesso. Uma história de dedicação, disciplina e muita vontade de crescer.

Sonho Grande é resultado de entrevistas com mais de 100 pessoas, incluindo o investidor americano Warren Buffett, e uma extensa pesquisa.

Sonho Grande

Império dos sonhos

Tudo começou com um sonho. E em menos de 40 anos, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira saíram da ideia para um patrimônio fabuloso. Na relação dos brasileiros mais ricos em 2017, segundo a Forbes, o trio aparece entre as quatro primeiras colocações.

Jorge Paulo Lemann ocupa o topo da lista pelo quinto ano consecutivo. Seu patrimônio é de R$ 90 bilhões. Marcel Telles aparece na terceira posição, com um patrimônio de R$ 45 bilhões e Beto Sicupira é o quarto, com um patrimônio de R$ 38 bilhões. Isso é, literalmente, um sonho grande.

Por 20 anos, o trio comandou o Banco Garantia que, antes da expansão, era a corretora Garantia. Mais adiante, eles compraram as Lojas Americanas e, por meio do fundo de investimento 3G Capital e da Inbev, adquiriram marcas relevantes para o consumidor americano, como Budweiser, Burger King e Heinz.

“Meu amigo – e agora sócio – Jorge Paulo e sua equipe estão entre os melhores homens de negócios do mundo. Ele é uma pessoa fantástica e sua história deveria ser uma inspiração para todos os brasileiros, assim como é para mim”. A declaração é do americano Warren Buffett.

12 lições de um Sonho Grande

Sonho Grande encabeçou a lista dos livros mais vendidos da revista Veja por 140 semanas e continua sendo uma leitura indispensável para todos os empreendedores.

Veja, aqui, o que você pode aprender com esse trio de sucesso.

1. Time forte

Sonho Grande

O segredo do sucesso está em contratar talentos de alto potencial.

Desde o seu primeiro investimento, Jorge Paulo Lemann criou e aplicou uma mantra de contratação chamada de PSD –  Poor (Pobre); Smart (Inteligente) e Desire to get rich (Desejo de enriquecer).

Isso significa que ele sempre buscou colaboradores jovens, inteligentes e ambiciosos, que queriam crescer profissionalmente na empresa e ganhar dinheiro. Pessoas que colocavam o trabalho em primeiro plano.

O trio empreendedor fez o sonho grande virar realidade, valorizando o trabalho. No Banco Garantia, por exemplo, seguiam adiante apenas aqueles que deixavam de lado as questões pessoais em prol de uma carreira de sucesso.

Essas pessoas são aquelas que têm sangue no olho e faca nos dentes. Pessoas agressivas no negócio, que fazem as coisas acontecerem.

2. Meritocracia e ganho variável

Talentos diferenciados precisam de atrativos. Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira optaram pela meritocracia. Isso significa valorizar e recompensar as pessoas pelas suas realizações e contribuições para o negócio.

Os ganhos variáveis, que na época não eram comuns no Brasil, também foram usados para atrair e motivar talentos. Apesar dos salários baixos, a política de bônus por desempenho era agressiva.

Junto com a compensação variável, os melhores profissionais eram premiados com ações da empresa. O que significava passar de empregado para dono – iniciativa pioneira no Brasil.

“O sentimento de dono” faz com que as pessoas mantenham seu comprometimento e sua motivação de forma constante”, garantem.

3. Modelo 20-70-10

Sonho Grande

O modelo 20-70-10 foi usado pelo trio, como uma maneira de manter um time de primeira, motivado e comprometido com os resultados e com a cultura da empresa

Mas o que significa a combinação 20-70-10? Funciona assim: todos os anos, a empresa premiava os 20% melhores funcionários, mantinha os 70% medianos e demitia os 10% com menor desempenho.

O modelo parecia cruel, por causa do grande número de demissões. No entanto, avaliações periódicas, justas e com critérios claros e bem definidos criavam satisfação entre os que permaneciam no time.

Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira sabiam que para construir o sonho grande era preciso contar com os melhores. No entanto, não significava que os 10% demitidos não eram bons profissionais. Eles só estavam na empresa errada ou no mercado errado.

4. Simplicidade e informalidade

Certamente você já viu um monte de empresas ostentando carros de luxos e motoristas, jatinhos particulares, primeira classe para o time executivo e um monte de outros aparatos. O trio de Sonho Grande não pensava assim.

Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira construíram suas fortunas do zero e mantiveram a simplicidade ao longo de suas trajetórias. Raramente usavam terno e gravata. Se alguém da equipe precisava viajar, que fosse de classe econômica.

A idade, a experiência ou cargo das pessoas não lhes davam privilégios especiais e tudo era medido conforme a performance individual. O trio se mantinha focado na moderação e na redução de custos como forma de aumentar o lucro, maximizando o valor do acionista.

5. Menos hierarquia, mais competitividade

Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira acreditavam que menos hierarquia tornava a empresa mais ágil e mais competitiva.

Com base nessa crença, sempre que eles adquiriam uma empresa, as divisórias que separavam as salas da diretoria eram eliminadas, criando grande ambientes abertos, onde as pessoas dividiam suas mesas.

6. Copiar o que funciona

Sonho Grande

Existe algo que funciona e resolve o problema? Copie. Nada de perder tempo e recursos tentando reinventar a roda. Use o que já existe e que está dando certo. Não tenha medo de copiar o que funciona.

Por exemplo, o modelo 20-70-10 foi copiado de Jack Welch e funcionou perfeitamente. E quando o trio comprou as Lojas Americanas, eles visitaram Sam Waltman, fundador do Walmart, e fizeram um benchmarking de ideias e conceitos.

O próprio Banco Garantia replicou várias práticas adotadas pelo gigante Goldman Sachs. Desde o início, o trio aprendeu e copiou os empreendedores americanos.

7. Sistemas replicáveis

Em todas os seus empreendimentos, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira usavam os mesmos conceitos que tinham levado o negócio anterior ao sucesso.

O sistema criado pelo trio se baseava em 3 pilares: meritocracia, fluxo de caixa em dia e uso de métricas para melhoria contínua.

Assim, após uma aquisição, o primeiro ano era dedicado a realmente entender o negócio, sem introduzir grandes mudanças.

O passo seguinte era fortalecer a cultura, o foco do negócio e manter sempre a visão de longo prazo.

A simplicidade de um sistema replicável é essencial para que as empresas prosperem e tenham grandes resultados.

8. Cultura positiva entre os sócios

Para que uma sociedade funcione tão bem por décadas, é preciso buscar sócios que tenham perfis complementares, diferentes, mas que apreciam valores comuns que os levem a seguir na mesma direção.

Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira acreditavam que os estilos podem ser diversos, mas a visão deve ser única. E não pode haver brigas de ego entre os sócios.

O mérito de vencer é de todos e não vale a pena lutar por créditos e sim pelo resultado do negócio.

9. Incentivar o risco

Sonho Grande

As pessoas que tinham iniciativa e corriam riscos nunca eram penalizadas por buscarem algo novo. Pelo contrário, elas eram valorizadas.

Para quem tem um sonho grande, assumir riscos é importante. As pessoas não podem ser penalizadas se algo der errado, desde que executem as atividades conforme o plano.

O livro Sonho Grande conta a história de quando Carlos Brito, CEO da Inbev, decidiu comprar a Budweiser. Para a empresa, ele não seria penalizado se o negócio desse errado, mesmo que estivessem em jogo mais de $ 50 bilhões.

No recrutamento, as empresas sempre optavam por pessoas que tinham perfil de correr riscos calculados e iniciativa.

O sonho grande deve estar inserido na cabeça das pessoas, antes mesmo que elas se tornem um funcionário da empresa.

10. Cultura de crescimento

Uma empresa precisa ser capaz de crescer sempre, para dar aos seus funcionários maiores oportunidades de crescimento e distribuir a riqueza.

Para crescer, é necessário ter ganhos de escala. A escala permite que as empresas consigam comprar a custos reduzidos (conforme eles aprenderam com Sam Waltman), negociar melhores condições de pagamento e ter mais opções de fornecedores.

Eles se pautavam por nunca deixar dinheiro demais parado em caixa, sempre o colocando para trabalhar pelo crescimento do negócio.

A cultura do trio também não operava sobre a premissa de pagar dividendos em um volume que deixasse os sócios acomodados. É preciso manter a atitude sangue no olho e algum incômodo que leve em direção ao crescimento.

11. Aquisição de rivais e novos negócios

A lógica aqui é não deixar dinheiro demais parado no caixa. Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira estavam sempre de olho em novas oportunidades, sejam elas um nova linha de produto ou a compra de outra empresa.

O trio também comprava empresas para dar novas oportunidades a seus melhores colaboradores. Eles não queriam que seus talentos ficassem parados na carreira e por isso decidissem abandonar a empresa.

Desta forma, os melhores funcionários assumiam outros cargos nas novas empresas, com a missão de implantarem a cultura organizacional.

12. Investimento em educação

Sonho Grande

Com o passar do tempo, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira perceberam que para manter o sonho grande era necessário capacitar os colaboradores. A partir daí, investiram em MBA e especializações do time, nas melhores universidades do exterior.

Foi uma iniciativa poderosa de clima organizacional e retenção de talentos. Aos poucos, os alunos das melhores universidades passaram a ser mais valorizados, também, no processo seletivo.

Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira continuam envolvidos em programas educacionais. Criaram a Fundação Estudar, que oferece bolsas no exterior para alunos de alto potencial e participam ativamente da Endeavor, uma ONG que fomenta o empreendedorismo em todo o mundo.

Em 2002, Jorge Paulo Lemann criou a Fundação Lemann, organização sem fins lucrativos que atua na área da educação. Desenvolve e apoia projetos inovadores, realiza pesquisas para embasar políticas públicas no setor e oferece formação para profissionais da educação e treinamentos para lideranças em geral.

Sonho grande que inspira

Você ficou fascinado com o Sonho Grande de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira? Então, bem-vindo ao hall dos admiradores desse trio fantástico.

A equipe do 12min selecionou para você outras opções de leitura simplesmente contagiantes. Anote aí:

Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas, Dale Carnegie

como fazer amigos

Você provavelmente gostaria de conhecer mais pessoas e fazer novos amigos, certo? E o que acha de ser capaz de influenciar quem está à sua volta? Essa é uma habilidade espetacular, que pode transformar a sua vida tanto no aspecto pessoal quanto profissional.

Esse livro, escrito por Dale Carnegie, é um clássico. Para você ter ideia, a sua primeira publicação ocorreu na década de 40 e chegou em na sua 52º edição. Já vendeu mais de 50 milhões de cópias, colocando-o entre os livros mais lidos do planeta. Mas não pense que está ultrapassado, porque ele permanece atualíssimo!

Paixão por Vencer, Jack Welch

Paixão por Vencer

Se existem pessoas que conhecem muito bem a receita do sucesso, uma delas é Jack Welch. Ex-CEO da General Electric (GE), ele aposentou-se com o maior bônus da história: 417 milhões de dólares.

Durante os 20 anos à frente da GE, Jack Welch conduziu um crescimento estrondoso da empresa, passando dos U$ 12 bilhões para U$ 400 bilhões. Números pra ninguém botar defeito. Obsessivo pela vitória, Welch foi um supercompetitivo empreendedor, que entrou em campo com um único objetivo: vencer. E ele conseguiu.

Confira outras 2 dicas especiais pra você:

Contágio

O Jeito Zuckerberg de Fazer Negócios

Boa leitura e ótimos aprendizados!

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12' Heroes: entrevista com Tallis Gomes

Fundador da Easy Taxi, CEO e founder da SINGU (o maior marketplace de beleza e bem-estar do Brasil), e autor do livro “Nada Easy“. Esse é Tallis Gomes.
Com um currículo admirável, Tallis é um dos 30 empreendedores destacados pela Forbes abaixo de 30 anos, considerado pelo revista Galileu como uma das 25 pessoas mais influentes na internet brasileira e eleito pelo MIT como um dos jovens mais inovadores do Brasil.
No dia 17 de agosto, Tallis Gomes lançou o seu primeiro livro, Nada Easy, pela editora Gente. O livro é um passo a passo de como validar suas ideias, começar o seu negócio e escalá-lo, sem desperdiçar tempo e dinheiro. O livro Nada Easy auxilia o empreendedor na sua jornada para construir uma startup de sucesso, dando dicas sobre como montar bons times, levantar capital e até mesmo quando fazer um exit.
Confira nossa entrevista com ele, onde ele fala sobre seu livro, sua história como empreendedor e dá dicas de produtividade!
Esse bate-papo está também disponível no nosso podcast, o Heroes.
12Minutos: A gente vai bater um papo sobre o seu livro Nada Easy, que foi lançado dia 17 de agosto, só que antes eu queria conversar um pouco mais sobre a sua história de empreendedor. Conta um pouquinho como isso funcionou para você, de onde veio essa ideia de entrar no mundo das startups, dos negócios.
Tallis Gomes: Demorou. Cara, eu sou do interior de Minas, eu sou mineiro como você, sou de uma cidade do interior ali da zona da mata, chamada Carangola. E eu comecei a empreender, como a grande maioria dos brasileiros, por necessidade. Eu tinha lá a minha banda de rock, na cidade de Carangola, a gente precisava comprar uma bateria para essa banda, para fazer um show no final do ano, no colégio. E aí uma das soluções que veio na minha cabeça, após tempos, quase um mês matutando, foi a gente começar a vender celular ali na cidade, já que não havia lojas de telefone celular na cidade. Então eu aproveitei aquele gancho do Mercado Livre, que estava em franca ascensão no Brasil, poucas pessoas conheciam, principalmente no interior, nem tanta gente tinha acesso à internet. E aí eu usei esse acesso à internet que eu tinha, essa curiosidade, o fato de eu conhecer o Mercado Livre, como funciona e eu dava print screen nas ofertas de telefone celular ali no Mercado Livre, “mark upava” o preço, ou seja, aumentava ali por volta de 25% e criava um catálogo de ofertas de telefones celular e saía revendendo na cidade. Contava com o fato de que o meu avô era comerciante local conhecido, com credibilidade, então as pessoas pagavam antecipadamente na conta do meu avô aquele celular, eu comprava no Mercado Livre, colocava o endereço de entrega das pessoas. Sem querer, criei um marketplace ali com 14 anos. Foi assim que tudo começou na minha vida.
12Minutos: Foi uma abordagem bem diferente, de certa forma, da plataforma que todo mundo usa. Todo mundo usa o Mercado Livre, todo mundo já usou alguma vez para alguma coisa, não é?
Tallis Gomes: É, na verdade, houve uma necessidade, um jovem sem experiência alguma, nem sabia montar uma planilha, para você ter ideia, e acabei vislumbrando essa possibilidade, porque eu via que tinha lá um telefone celular, naquela época a Motorola tinha acabado de lançar um Motorola que tinha uma câmera acoplada, e eu, como era apaixonado por tecnologia, eu via aquilo e era o sonho da minha vida, falei, “pô, de repente, outras pessoas querem ter celular, não é?” E comecei a oferecer esse tipo de produto. Não era tão comum, a gente está falando de 2001, 2000, se eu não me engano, que foi quando eu fiz esse negócio. Então não era tão comum, principalmente no interior de Minas. Acabou que o Mercado Livre foi um canal pelo qual eu consegui comprar esses produtos mais baratos, por serem usados, então eu conseguia ter a minha margem ali para fazer sentido esse modelo de negócio.
12Minutos: E como foi o salto de sair de vender telefones do Mercado Livre para fundar a sua primeira startup? Como foi essa transição?
Tallis Gomes: Cara, demorou, viu? Demorou e foi cheia de percalços e perrengues. Eu fui parar no Rio de Janeiro anos depois, quando eu comecei a faculdade. E aí, no meio da faculdade, eu vislumbrei uma oportunidade de fazer uma agência de gamificação em mídia social, era até um nome bonitinho, para fazer promoção do Twitter, naquela época. E aí isso era, cara, inimaginável para as empresas naquele momento, a gente está falando de 2006, inimaginável para 90% das empresas ter uma conta no Twitter. Ninguém olhava social media como um canal de comunicação, de aquisição, não se imaginava isso e eu achei que isso seria interessante, depois de uma experiência que eu tive num estágio onde eu estava, lá no grupo de cinemas. E aí eu criei essa empresa, a E-Spartan, consegui um dois clientes lá, como todas as agências, a gente sempre sai com um cliente, a gente cobra a menos para garantir que você vai enfim ter um cliente para pagar as contas, mas a verdade é que o pessoal deu [default] no pagamento, eu me enrolei com o fluxo de caixa, eu não entendia muito bem desse negócio, e fali a empresa uns 9 meses depois que eu fundei. E aí fui para o mercado, trabalhei em outras empresas, perrengue daqui, perrengue de lá. Já fiz de tudo, cara, já entreguei panfleto em sinal, já fui valet, eu já trabalhei na Unilever. Até fundar a minha terceira empresa, quando eu tinha meus 22 para 23 anos, que era a Tech Samurai, que era uma agência de construção de software. A diferença é que a gente, como não queria ser sócio [com o Lula] na época, a gente contratava o pessoal na Índia, na China, na Rússia, os developers e fazia um sistema de um Scrum, montar uma plataformazinha para administrar as entregas ali, com calls diários desse pessoal, e tinha um grupo de profissionais com knowledges diferentes, para fazer meio que um leilão reverso ali, do tipo quem faz por menos determinado serviço. Todos esses profissionais eram filtrados por nós, eram testados, eu tinha um sócio que era CTO, o cara era muito bom, muito experiente. Então, a gente conseguiu um ótimo preço lá e a gente pegava, como o preço era muito bom e a gente ainda não tinha o custo de CLT, a gente podia contratar em dobro a força de trabalho, em diferentes fusos horários e uma que tiraria o risco de não entrega e outra que a gente tinha pessoas trabalhando quase que o dia inteiro, quase que 24 horas por dia, porque estavam em fusos diferentes. Então, eles entregavam muito mais rápido e muito mais barato. Essa empresa existe até hoje, foi legal, mas eu vendi a minha participação para um amigo meu quando eu decidi fundar a Easy Taxi, porque a ideia da Easy Taxi surgiu no meio, quando eu estava com esse negócio aí da Tech Samurai e eu decidi largar tudo e dedicar a esse negócio. Lá em 2011, eu vendi a participação, vendi o meu carro e apliquei tudo na Easy Taxi, para a gente conseguir criar esse modelo.
12Minutos: Entendi. Eu vi uma entrevista comentando que a Easy Taxi, a ideia surgiu no meio de uma Startup Weekend. Como foi isso?
Tallis Gomes: É, eu estava lá no Rio de Janeiro, num dia chuvoso lá e a ideia era fazer um aplicativo de ônibus, que o ônibus mandasse notificação quando ele estivesse chegando no ponto. E aí o Dave McClure da 500 estava lá nessa edição, se eu não me engano, era a primeira ou segunda edição do Startup Weekend no Brasil. Eu nem sabia o que era startup direito e aí cheguei lá com esse negócio de ônibus, o Dave McClure falou, “duas notícias, uma boa e uma ruim. A boa é que a sua ideia é maravilhosa, a ruim é que a Google está fazendo esse negócio. Desiste e tenta fazer outra coisa”. Diz que Startup Weekend é aquela loucura, eu estava competindo com 10 pessoas. Meu time se desfez, ficaram uns 3 caras lá, menos do que eu gostaria de ficar, e aí chegando num ponto lá, numa sexta-feira à noite, se eu não me engano, o pessoal falou, “e aí? Você não tem nenhuma ideia o que a gente vai fazer?” Eu falei com esse povo, “vai para casa, vamos pensar com a cabeça fria depois, amanhã, o que fazer. A gente volta, a ideia menos pior a gente faz”. Aí eu tentei ligar para uma cooperativa, eu não sei a ideia de quem está ouvindo mas 90% dos ouvintes provavelmente já tiveram que ligar para uma cooperativa para conseguir um táxi. Vocês que já fizeram isso sabem o tanto que é ruim e era a forma que você tinha para conseguir um táxi, antes da Easy Taxi, em 2011. Então eu passei por esse momento de raiva, de estar tentando conseguir um táxi, de prometerem o táxi e não chegar. E aí eu desci para tentar conseguir um táxi na rua, só que estava chovendo, naquele momento me deu o insight, “por que eu não adapto aquela plataforma de ônibus para fazer um negócio de táxi? De repente, ia funcionar, não é?” Aí eu fui para casa, virei a madrugada pesquisando quem estava fazendo isso, não achei ninguém fazendo. Aí bate aquela dúvida, “será que o negócio é tão ruim que ninguém está fazendo?” Mas foi onde eu pensei o modelo, pensei o nome, pensei o modelo de negócio, cheguei no outro dia de manhã propondo isso e inclusive não foi tão bem aceito e o feedback que eu recebi do Startup Weekend é que se isso fosse bom mesmo alguém estaria fazendo nos Estados Unidos. Então na verdade a gente foi desencorajado a seguir com esse modelo de negócio mas aí teve um pouco de gut feeling aí para decidir dar um [auê] na vida e investir nesse negócio, mesmo num cenário onde menos de 10% da população brasileira tinha smartphone com internet, que era o cenário em 2011.
12Minutos: Entendi. Engraçado que táxi era um serviço largamente usado e eu já li o livro do Startup Weekend, que é um livro bem legal, e tem uma coisa que eles falam lá é que nenhuma ideia é uma má ideia. Então é engraçado eles terem essa abordagem de “cara, alguém já teria feito isso nos Estados Unidos”. E, claro, você provou eles muito errados, depois de um tempo, não é?
Tallis Gomes: É, porque você tem diversos tipos de mentores que estão lá. A gente sabe, inclusive hoje pelo startup que a gente vê, nem todos os mentores têm condições de dar algum tipo de mentoria. A bem da verdade, Fábio, é que quando o empreendedor tem uma ideia disruptiva e se tem algum empreendedor que já tentou fazer ideia disruptiva ou está nesse processo agora, ele vai saber, a ideia disruptiva geralmente parece ruim no primeiro momento, porque ela é muito absurda para parecer plausível. Então eu entendo o racional dos caras. Eles pensaram assim, “cara, como assim ninguém pensou em fazer um aplicativo de táxi ainda”, não é? Outra coisa, por mais que seja uma ideia razoável, quem diria que um taxista iria ter um smartphone, ia usar o negócio ali, uma internet em 2011. Smartphone era coisa de geek e milionário em 2011, era exatamente isso. Provavelmente você achou que não deveria ter um smartphone em 2011. Eu fui comprar em 2012, assim. A grande maioria dos meus amigos, o primeiro smartphone eles foram ter lá para 2012. Quem tinha muita grana ou era muito geek, aí sim tinha lá em 2011. Foi quando começou a ficar um pouco razoável para se ter um Iphone e tal.
12Minutos: O Easy Taxi virou uma empresa muito grande, até depois você teve um exit bem interessante da empresa, só que ele te proporcionou muitas experiências internacionais, deve ter viajado para muitos lugares, visitou o MIT e outras entidades desse nível. Como foi essa abordagem dessas experiências internacionais?
Tallis Gomes: Cara, foi um negócio inimaginável para mim porque eu sou um dropout, então eu nem terminei a faculdade, mas eu sou um apaixonado pelo aprendizado, que é diferente do estudo. Eu gosto de aprender, não necessariamente eu gosto de estudar da maneira tradicional. Então, eu gosto de pegar um paper, gosto de pegar um assunto que eu gosto e me aprofundar naquilo ali e não simplesmente seguir uma grade curricular, isso eu não tenho muita paciência.  Para mim, foi um grande desafio, porque eu trabalhava 80/90 horas por semana no mínimo, sem contar as horas trabalhadas por celular, que você está respondendo e-mail por celular, WhatsApp. Assim, trabalhava de frente para o computador 80/90 horas por semana e aí chegou um momento que o primeiro round da Easy Taxi aconteceu ali em setembro de 2012, setembro para outubro, eu peguei tanta grana, peguei 10 milhões de reais. Naquele momento foi o maior subsídio da história do país. Eu peguei tanta grana, e foi bastante dinheiro, eu falei, “a única forma de eu compensar isso aqui é eu crescer essa empresa demais”. E a proposta que eu tinha feito para os meus investidores é que eu ia levar para 18 países nos próximos 4 anos. Só que em 3 meses, eu levei para uns 4 países, se eu não me engano, e vi que era mais fácil do que eu imaginava escalar o negócio, é muito escalável. Então assim, em menos de 1 ano a gente já estava em 18 países e o negócio chegou a 35 países, 4 continentes, mais de 420 cidades. Sob a minha gestão, foi o maior aplicativo de transporte do mundo até 2014, fim de 2014, na minha gestão a gente era líder global nessa categoria, a gente tinha meio milhão de taxistas ali, mais de 20 milhões de clientes, 1300 pessoas na folha de pagamento, o que é muito pouco para o tamanho que a empresa tinha. A gente levantou ali 85 milhões de dólares, se você compara com o Uber, Cabify, não é nada perto do que esses caras levantaram e a gente tinha a liderança global ali naquele momento em 2014, do segmento. Então, para mim, eu diria que é como se eu tivesse rodado todos os Ivy Leagues e feito o MBA e colocado isso em prática, porque foi muito interessante. Eu tive contato com gente muito inteligente, eu contratei gente muito inteligente, das melhores escolas do mundo e era desafiado constantemente. Porque é assim, gente boa não simplesmente aceita uma ordem, te questiona e você tem que fundamentar aquilo que você quer que a pessoa faça, senão ele não vai fazer ou ele não vai trabalhar com você, se você ficar martelando ordem. Então isso para mim foi muito bom, eu aprendi a fundamentar bastante aquilo que eu quero e hoje é o estilo de liderança que eu aprendi e que eu aplico, eu jamais dou uma ordem, martelo ordem, geralmente eu divido com o time o que eles acham que deveria fazer, fundamentando a minha tese e deixo que essa tese seja discutida, para o time montar a estratégia junto. E foi isso que eu aprendi. Tive oportunidade de morar em países inimagináveis para um brasileiro, morei na Coreia do Sul, passei um tempo em Singapura, nas Filipinas, na Nigéria, morei na Colômbia, morei no México, fiquei uma temporada na minha vida que foi a pior fase da minha vida, que eu fiquei em ponte aérea entre a Cidade do México e Seul, loucura assim, é mais de um dia viajando e eu ficava ponte aérea. E pão-duro que sou, ia de econômica para economizar o dinheiro da empresa e dar exemplo para os executivos, para não aumentar muito o custo de viagem. Para mim, cara, eu diria que foi como se fosse um MBA em cada Ivy League e com oportunidade de executar isso. E é isso o que eu coloquei tudo ali no Nada Easy, todas as lições que eu tive em fase de growth, em fase de ideação, sobre o MVP até a fase mais later stage, que é expansão internacional, como eu fiz isso, como eu contratei as pessoas, o que eu aprendi, quais foram os tropeços até chegar no momento do exit.
12Minutos: Primeiro, eu não consigo imaginar como é viver numa ponte aérea assim. Legal que você falou do seu livro. Eu estava dando uma olhada nos capítulos e achei fenomenal como ele começa, como o rock salvou minha vida e termina num exit de uma empresa que atingiu vários países, a vida de várias pessoas, querendo ou não. Ele é um passo a passo para vários empreendedores, para várias pessoas, sobre como você fez a Easy Taxi crescer tanto, mas de onde veio a ideia de “pô, vou escrever um livro, vou colocar isso em palavras”?
Tallis Gomes: Cara, ótima pergunta, porque, quer dizer, eu tinha vontade de escrever um livro, mas eu sou extremamente preguiçoso para escrever. De vez em quando eu me cobro escrever um artigo, porque eu tenho peso na consciência, porque literalmente eu recebo centenas de mensagens no Instagram e Facebook, dividindo ali são centenas, literalmente, por dia de pessoas me pedindo conselho, pedindo mentoria. E eu tento preencher isso com as palestras, mas não dá para ser tanta, eu tenho que trabalhar, afinal de contas eu tenho a Singu para tocar, mas eu faço lá uma palestra por mês, duas palestras por mês, para tentar passar um pouco do meu conhecimento. E eu falei, “cara, como eu consigo escalar isso a nível nacional e depois inclusive levar para outros países?” A única forma é um livro, então eu tinha essa vontade, até que a Editora Gente me procurou, no fim do ano passado, foi novembro, falou, “Tallis, por que você não escreve um livro?” Eu falei, “eu tenho muita preguiça de escrever um livro”, “mas você pode pegar um ghost writer, pode ajudar”. Aí eu falei, “vamos tentar um ghost writer”. E aí eu tentei por 2 meses com ghost writer mas o negócio não andava, não ficava a minha cara, sabe? E tinha que ser a minha palavra, eu falo palavrão pra caralho, sabe, eu não gosto de ficar dando rodeios, usar metalinguística para poder encher linguiça. O livro, se você der uma olhada, você vê, não tem nada de encher linguiça, não, é informação na lata o tempo inteiro. É bem resumido, como eu sou na vida, direto e ao ponto. Daí eu vi que não ia funcionar, aí eu “dropei” essa ideia de ghost writer e comecei a escrever sozinho, a partir de dezembro e foi muito difícil, cara, porque eu não tenho costume de escrever e aí tinha que passar pela edição aquilo que eu escrevia. Então o pessoal mudava um negócio, eu não gostava, escrevia de novo, então eu passei seis meses para escrever 200 páginas, o que talvez um escritor faria em um mês, dois meses, eu demorei seis meses. Foi duro, mas o livro saiu com a minha cara, direto ao ponto e com bastante informação, que é o que eu queria passar, essa mentoria que eu não tenho oportunidade de fazer com todos os empreendedores. Provavelmente eu respondo 95% das perguntas que eles iriam me fazer, qualquer empreendedor, em qualquer fase, nesse livro.
12Minutos: Pô, legal, você escalou a sua possibilidade de compartilhar conhecimentos.
Tallis Gomes: Exatamente, inclusive, eu falo isso no livro, porque como é que eu fiz o livro? Eu fiz o livro, o MVP do livro foi uma série de webinars que eu fiz. Aí eu falei, “cara, como eu vou escrever o que de fato as pessoas querem saber?” Tem duas formas. A forma que eu não recomendo, que é a que eu sempre falo que é a errada, que é eu sentar numa mesa e achar que eu sei o que as pessoas querem ou eu usar o lean startup, que é parte do processo de construção de produto. O que eu fiz? Eu fiz webinar por capítulo. Então o tema, sei lá, ideação, como é que eu valido e a minha ideia é boa ou não? Fiz um webinar sobre isso, peguei as principais dúvidas, escrevi o capítulo. Tema operação, expansão, o que as pessoas querem saber sobre operação? Fiz um webinar sobre o assunto e peguei as principais dúvidas e escrevi o capítulo. Então o livro foi construído com aquilo que eu ensino dentro do livro. Então eu acho que isso foi bem interessante, esse processo.
12Minutos: Você otimizou o seu tempo de escrita, não é?
Tallis Gomes: Criei um produto próprio para essas pessoas.
12Minutos: Eu estava conversando com o Vítor Peçanha, no último episódio (do podcast 12min Heroes), ele falou, “cara, uma das menores dúvidas foi o que colocar dentro desse livro”. O livro dele é uma experiência, é o dia a dia dele na Rock Content, mas o dia a dia dele é feito de várias coisas então o que colocar?
Tallis Gomes: Pois é, essa era a minha dúvida também, aí eu resolvi sanar essa dúvida fazendo esses webinars, sabe? Porque eu acho que aí eu teria uma… enfim, eu tenho uma série de hipóteses do que tem que ser colocado e aí eu validei essas hipóteses nos webinars.
12Minutos: Legal. Você falou da lean startup do livro, quais são alguns autores referências, caras que você admira, você acompanha?
Tallis Gomes: Cara, eu gosto de bastante gente, porque eu tenho bastante hábito de leitura. E aí, cara, uma coisa que é interessante, eu não sou do tipo de empreendedor que torce o nariz para o old management completamente. Eu acho que tem muita coisa errada, eu falo bastante disso no livro, tanto que o livro é voltado para gestores também, para aquele cara que quer implantar processo de inovação, criar uma nova unidade de negócio nos business onde eles trabalham, mas eu centro um pouco também no aprendizado que eu tive com os autores tradicionais. Então, por exemplo, Good to Great, do Jim Collins, foi uma puta de uma escola para mim quando eu estava escalando a Easy Taxi. No momento de escala, tem muita coisa da escola tradicional que faz falta, aqueles processos que você tem, sabe, compliance. Pô, eu mandava dinheiro para 35 países, contando o Brasil, 35 países. Se eu não tiver um processo de compliance, vai dar merda. Então, como que foi o processo de compliance, o que funciona melhor em termos de gestão. Então, o “Good to Great”, do Jim Collins, me influenciou demais, influenciou muito na minha tomada de decisão. Um dos meus maiores ídolos, um dos caras mais inovadores do mundo, a grande referência de inovação do old school para mim, Jack Welch, aquele “Straight from the Gut”, que é um livro que ele meio que conta como que ele passou ali na GE e foi para um resultado de 12 para 400 bilhões de dólares. O cara é muito foda, é muito foda. Ele lançou também, está em português, o Paixão para Vencer, que eu acho que foi publicado aqui no Brasil como “Paixão por Vencer”, que é um puta cara de vendas também, me influenciou demais. Tem o “The Hard Things about Hard Things”, do Ben Horowitz, me ajudou muito, inclusive o meu livro é baseado no “The Hard Things about Hard Things”. Eu falei, “cara, como que eu construo um The Hard Things about Hard Things para a realidade brasileira”, sabe? Porque assim uma coisa é você levantar capital nos Estados Unidos, a juros negativos e inflação 1% ao ano, outra coisa é você levantar onde o país tem um juro de 14% e inflação a 11%, é um país voltado para rentistas. Como é que levanta capital no Brasil? Quem são os caras você tem que procurar? Qual a fase você tem que estar? Eu escrevi tudo isso ali, então eu fiz o “Nada Easy” com base naquilo que eu gostaria que tivessem falado comigo na época que eu estava num determinado capítulo ali do livro. E o “The Hard Things about Hard Things” me ajudou muito a pensar na estrutura desse livro. E aí, por fim, assim, eu lembro do “How Google Works”, porque eu sou um cara muito voltado para RH, eu acho que a função do CEO, a prioridade do CEO deveria ser RH e o “How Google Works”, do Eric Schmidt e do Jonathan Rosenberg, foi bem importante para a minha carreira, para eu construir esses processos. Eu literalmente copiei os processos de formação de metas, os OKRs da Google e o processo de hire. Eu copiei e adaptei para a nossa realidade e o “How Google Works” foi muito importante para mim.
12Minutos: Alguns desses livros, inclusive o “Hard Things about Hard Things” e “How Google Works” estão no 12Minutos e são alguns dos livros que eu sou viciado, porque eles ajudam, eles dão uma visão de grandes empresas que às vezes a gente nunca teria, porque são empresas que não têm modelos similares no Brasil. É bem legal para construir algo, não necessariamente do zero, mas para aplicar em uma empresa, não é?
Tallis Gomes: Exatamente, é isso que eu usei, apliquei muito na Easy Taxi disso aí, aplico na Singu. Você adapta um processo ou outro à sua realidade, não existe fórmula pronta, a prioridade precisa ser adaptável mas me ajudou muito. Eu sou um grande copiador, Fábio, eu me baseio naquilo que está dando certo, ai eu coloco um pouco daquele toque que eu acho importante, aquela pequena adaptação ali, mas eu fico procurando quem está fazendo bom por aí e saio copiando todo mundo.
12Minutos: A gente estava falando sobre guitarras mais cedo e o Jimmy Page tem uma frase que ele sintetiza isso muito bem, fala “cara, os grandes gênios são aqueles que pegam alguma coisa boa, copiam e fazem algo melhor”.
Tallis Gomes: Cara, eu não sabia que Jimmy Page tinha falado isso.
12Minutos: Depois de vários processos acusando de plágio e tal, ele falou, “cara, eu não copio, eu simplesmente adapto para fazer algo melhor”.
Tallis Gomes: Exato, as pessoas querem ser muito originais, mas às vezes ser original não é eficiente. Na verdade, você pode ser eficiente e aí pode ser que ser original seja eficiente, como foi a criação da Easy Taxi, foi original, não copiei nada, foi assim meu tipo de modelo, mas processos, alguém já pensou nessa porra primeiro do que eu. Por que não pegar com aquelas pessoas que pensaram e deu certo e adaptar aquele negócio para a minha realidade?
12Minutos: É isso que funciona. Conta uma coisa, e o futuro? Mais livros, vai escrever mais?
Tallis Gomes: Definitivamente, não é a minha ser escritor, eu só queria de fato responder a todos esses empreendedores. Eu já estive na pele deles, inclusive gestores que me pedem conselhos e tal e eu não consigo alinhar a agenda para falar com esses caras, esse livro é uma forma de responder a todo mundo. Não penso em livro, não, cara. O futuro é focado na Singu, a gente está aqui na empresa crescendo 30% ao mês. A empresa este ano vai fazer alguns milhões de reais de receita. Então eu estou muito feliz com o crescimento da companhia, com o rumo que o negócio está dando e o foco total é Singu. E vamos ver para o Nada Easy, provavelmente ele vai ser publicado em mais duas línguas no ano que vem.
12Minutos: Legal, a gente pode falar sobre a Singu rapidinho também, porque eu dei uma pesquisada e achei muito legal e está dentro dessa… não dessa tendência, mas muitas empresas de SaaS enabled marketplace.
Tallis Gomes: Inclusive a Singu está dentro do “Nada Easy”. No “Nada Easy”, eu faço um paralelo entre aquilo que eu fazia na Easy Taxi e como que eu melhorei esse processo, que hoje eu aplico na Singu. Se a gente fosse comparar time for time, o mesmo período, a Singu cresce quase 4 vezes mais que a Easy Taxi no mesmo período. Obviamente, eu aprendi bastante ali com a Easy Taxi, errei muito, era muito novo, fundei a Easy Taxi com 24 anos, obviamente, errei bastante e hoje com a Singu erro bem menos. Erro, mas erro bem menos e no “Nada Easy” eu faço esses paralelos da evolução do meu racional e como eu fazia e como eu faço hoje, como funciona melhor para mim hoje.
12Minutos: Legal, muita gente pode aprender com os seus erros, querendo ou não.
Tallis Gomes: É, essa é que é a ideia do “Nada Easy”, não é? Ninguém precisa errar como eu errei, pode simplesmente ver lá qual é um pouco do caminho das pedras, porque pelo menos o que dá errado eu sei, o que dá certo não necessariamente eu sei, não existe fórmula mágica, eu sempre deixo isso claro, inclusive eu começo o livro falando isso, falando “não tem fórmula mágica aqui. Se eu soubesse exatamente como fazer outro negócio de um bilhão, provavelmente eu não contaria para vocês, vou contar o que deu certo e o que deu errado, aí você adapta à sua realidade”.
12Minutos: O “Nada Easy” já está, não na pré-venda, já podem comprar mesmo os livros, não é?
Tallis Gomes: Sim, já podem comprar. O lançamento oficial vai ser no dia 17, começa aqui em São Paulo, depois a gente vai fazer um tour em algumas das principais capitais brasileiras, não em todas, porque infelizmente eu preciso trabalhar, mas em algumas das principais eu vou lançar pessoalmente. Ele já está disponível na Saraiva. Até o dia 17, tem 100% de cash back, então é uma oportunidade, hoje é dia 7, tem mais 10 dias para você comprar com 100% de cash back. Então está acabando, tem que correr lá nadaeasy.com.br e clicar lá no comprar com desconto, que é o site, aí você vai ser direcionado para o site da Saraiva e vai comprar com 100% de cash back pela Méliuz.
12Minutos: Legal. E também tem mais informações sobre o livro, resumo dos capítulos no tallisgomes.com.br, não é?
Tallis Gomes: Exatamente.
12Minutos: Legal também que tem os pacotes promocionais bem interessantes, quem quiser comprar pack de livro, às vezes para uma empresa, para sales reps, para gerentes, tem os pacotes de livros, então tem 10 livros, 100 livros e 300 livros com bônus especiais, não é?
Tallis Gomes: Exatamente, então a gente fez ali 10 livros todos autografados. 100 livros com mentoria e, se eu não me engano, 300 livros tem mentoria e visita técnica. Eu quis fazer algumas coisas para incentivar compra maior, porque eu mereço tentar pelo menos entrar na lista de best sellers e também eu acho que faz bastante sentido para uma empresa, para distribuir para a área estratégica e talvez para os seus funcionários. Eu falo muito sobre aquele empreendedor que empreende o DNA da empresa. O empreendedor, eu falo bastante sobre isso no “Nada Easy”. A minha vida foi isso, mesmo quando eu trabalhava em outras empresas, eu tinha cabeça de empreendedor, então eu tentava ganhar o novo, tomava risco para fazer algo que os meus gestores não acreditavam. Então o empreendedorismo nasce, mesmo naquele que tem vontade de empreender mas trabalha em alguma empresa, ele nasce no teu tipo de trabalho, na confiança que a empresa vai ter em você e inclusive que você vai ter em você, no tipo de ação que você quer fazer. Por isso que o “Nada Easy” não é só para empreendedores, é para gestores também.
12Minutos: Tallis, eu estava lendo alguma reportagem, alguma entrevista, que você é um cara escravo do Google K, aplicativo de produtividade. Como funciona isso para você?
Tallis Gomes: Cara, porque eu sou um cara extremamente desorganizado na minha física, eu sou aquele tipo de cara que perde carteira toda semana, sabe? Então, na minha vida de trabalho, na pessoa jurídica eu sou exatamente o contrário, porque senão não funciona. Eu sou de fato escravo de Google Agenda, quando a gente falou por e-mail lá, na hora eu falei, “por favor, me manda um invite, porque senão eu me perco”. E eu me perco mesmo, então eu uso enfim ferramentas de to do, eu uso o Evernote para tomar notas, eu uso o Google Agenda, uso o Pomodoro para monitorar a minha produtividade. Então tem algumas coisas que eu preciso usar para garantir que eu vou ser o oposto do que eu sou na pessoa física aqui na pessoa jurídica.
12Minutos: Eles são indispensáveis para quem quer fazer coisas, não é?
Tallis Gomes: Sem a menor sombra de dúvida, principalmente porque hoje a gente vive uma era de crescimentos exponenciais e portanto informações exponenciais também. O meu WhatsApp neste momento, eu estou vendo aqui, tem exatamente 350 mensagens não lidas. Isso porque eu não estou olhando aqui no Instagram, eu não estou olhando no LinkedIn. No LinkedIn acabei de ver, temos aí 56 mensagens não lidas. Se eu não me planejar, na hora que eu vou responder parte dessas mensagens, ou a hora que eu vou executar algum tipo de coisa não sai projeto nenhum. Aí eu vou ser aquele cara que faz tudo pela metade, eu não tenho o direito de fazer isso mais. Quando a gente chega em alta performance, eu não consigo fazer isso mais, eu preciso necessariamente me organizar para poder ter entregas, para me cobrar, já que eu não tenho chefe, eu preciso me cobrar. Eu uso esses aplicativos para me cobrar.
12Minutos: Tem alguns feedbacks que a gente tem no 12Minutos. É algo que as pessoas precisam ter produtividade, mas querem se informar da mesma forma, usam constantemente. Você usa o 12Minutos também?
Tallis Gomes: Eu uso demais, sou um tremendo usuário do 12Minutos. Já comprei lá sem falar com ninguém. Eu falei, “pô, esse negócio é bom demais”, porque o negócio é o seguinte, eu gosto demais de ler, só que ler toma muito tempo, eu não sou um leitor tão rápido, não consigo ler livro tão rápido assim, então eu demoro, sei lá, uma semana para ler 200 páginas, basicamente é isso, tem gente que lê em um dia, eu não consigo. A forma que eu prefiro para adquirir conhecimento geralmente é vídeo, funciona melhor para mim e o 12Minutos caiu como uma luva, porque aí entre o vídeo e a leitura tem o áudio, eu sempre fui muito fã de áudio. E eu falava, há muito tempo eu falei, sinto muita falta de um audiobook em português com um livro resumido. Porque de repente eu não sei se o livro é tão bom mas me passa um resumão aí, para eu ver só o que ele fala. E aí, dependendo do que ele fala, pô, realmente vale a pena, eu quero ler. Isso aí foi uma degustação do conteúdo. Eu sou fanzaço do 12Minutos por causa disso.
tallis gomes nada easy 12 minutos
O livro do Tallis Gomes, “Nada Easy”, já está disponível no 12Minutos!
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Confira também o podcast 12’ Heroes. Você vai conferir entrevistas com as pessoas que você mais admira e descobrir como elas conquistaram o sucesso! Toda segunda-feira, às 8h, você confere episódios novos.




Os livros preferidos do visionário Elon Musk

Já falamos muito de Elon Musk no Carro Elétrico. Fizemos até uma biografia sobre Elon Musk que, na falta do livro mais completo sobre o sujeito, é uma boa introdução ao empreendedor e seus principais projetos.
Repassando: Elon Musk é CEO da Tesla Inc., da SpaceX, da Neuralink e um dos fundadores do PayPal. É conhecido como um titã multibilionário de energia alternativa, seja na produção dos carros elétricos mais poderosos e modernos ou das baterias residenciais mais eficientes. Também como promotor internacional da reciclagem (adotada como modelo industrial em sua GigaFactory, que eventualmente será 100% movida a baterias recicladas) e do desenvolvimento humano, contribuindo com pesquisas científicas que visam aprimorar o combate a transtornos psíquicos e neurológicos.
Além disso, pretende instalar a primeira colônia marciana e desenvolver um sistema operacional de telepatia embutido ao cérebro. De fato, não se trata de um empresário qualquer. Aqui mesmo no Carro na Tomada, já falamos sobre as baterias residenciais e carros elétricos da Tesla, a GigaFactory e o próprio Musk com detalhes, muitas vezes sem conter nosso espanto com a tremenda ambição (e a tremenda eficácia) de seus projetos.

Elon Musk

Mesmo assim, tudo o que falamos ainda não é o suficiente

E, para sermos honestos, dificilmente será: Musk continua quebrando paradigmas e se reinventando a cada dia, inovando e mostrando caminhos imprevistos. A empreitada marciana parece louca, mas o sucesso do homem até o momento transforma céticos em crianças que sonham com viagens espaciais novamente.
Para compreender sua filosofia de vida e negócios, é preciso se debruçar sobre os vários aspectos e hobbies dele. Quem não tem curiosidade de entender melhor a cabeça de Elon Musk?
Segundo o próprio Musk, um de seus hábitos mais produtivos e importantes de sua vida e carreira profissional é a leitura, que ele pratica desde a infância, quando ainda era um menino tímido e frágil, ostracizado por outras crianças, seja com a leitura de livros de ficção científica ou quadrinhos. Mais velho e experiente, Musk se tornaria um leitor ainda mais voraz, devorando boa literatura enquanto retirava lições fundamentais para os negócios e amadurecia sua visão de mundo.
Sabe o que ele responde quando lhe perguntam como ele aprendeu a construir foguetes? “Eu leio livros”.
A leitura é uma das práticas mais saudáveis para o nosso intelecto, nossa cultura, nossa consciência e mesmo nossa empatia: os melhores livros são capazes de nos inspirar a ponto de nos tornarmos seres humanos melhores.
Musk credita muito de seu sucesso às leituras feitas no decorrer da vida. Este artigo comenta algumas delas, sempre tentando prestar a devida atenção ao modo com que cada leitura pode ter influenciado Elon Musk a se tornar… bom, Elon Musk.
Esperamos que gostem e que este artigo sirva de inspiração para futuras leituras 😉
o guia do mochileiro das galaxias 12 minutos

“O Guia do Mochileiro das Galáxias”, de Douglas Adams

Exercendo o hábito da leitura desde a infância, Elon Musk cresceu sendo influenciado por ideias de livros de ficção científica e fantasia. Segundo uma entrevista para a NPR, um de seus livros prediletos é o Guia do Mochileiro das Galáxias.
Até hoje o empresário crê piamente que o livrinho contém ideias mais interessantes e proveitosas do que, por exemplo, as de algumas das maiores obras de filosofia moderna. Talvez porque, apesar do cinismo ocasional repontando aqui e ali, os livros de Adams possuem uma positividade e um bom humor que faltariam a filósofos como Nietzsche e Schopenhauer. Sem com isso sacrificar sua inteligência e seus mergulhos recorrentes em questões existenciais e metafísicas.
A saga O Mochileiro das Galáxias de Douglas Adams consegue reunir dois elementos aparentemente díspares com uma maestria e uma agudeza de observação sem paralelos: comédia e ficção científica.
No primeiro livro da série, O Guia do Mochileiro das Galáxias, quando o planeta Terra é destruído pela raça alienígena Vogon, não exatamente maligna, mas “desagradável” ao extremo (além de insensíveis, os Vogons são os piores poetas do cosmos), o britânico Arthur Dent é um dos pouquíssimos seres humanos a conseguirem evadir a tempo de não serem aniquilados junto ao planeta, graças ao seu amigo alienígena Ford Prefect, um coletor de informações para o Guia do Mochileiro das Galáxias, a enciclopédia mais abrangente do universo.
Os dois, depois com o acréscimo de novas companhias que surgem no caminho, embarcam em diferentes aventuras em busca de… Well, depende. Às vezes do melhor lanche da galáxia, às vezes de um supercomputador divino capaz de responder absolutamente qualquer pergunta.
Este computador, aliás, sabe a resposta para o sentido da vida. E a resposta é 42. O problema é que Douglas Adams nunca nos diz qual é a pergunta.
Com esta passagem do romance, Musk compreendeu que certamente tudo tem uma resposta: o difícil é saber articular a pergunta certa. Um ensinamento que ele levou para o resto da vida e nós também deveríamos levar.
O Guia do Mochileiro das Galáxias tem tradução para o português pela Editora Arqueiro. Você pode conferir a página do livro aqui.
o senhor dos aneis 12 minutos

“O Senhor dos Anéis”, de J.R.R. Tolkien

Outro livro importantíssimo de sua infância e adolescência foi a trilogia O Senhor dos Anéis do grande mestre da literatura fantástica J.R.R. Tolkien. Bíblia de todo nerd, os livros (Sociedade do Anel, As Duas Torres e O Retorno do Rei) seguem a jornada do hobbit Bilbo Bolseiro e seu inseparável companheiro Samwise até o vulcão de Mordor, onde o amaldiçoado e poderoso Um Anel do maligno Sauron poderá ser por fim destruído e trazer paz para a Terra-Média, o mundo ficcional habitado por elfos, orcs, uruk-hais e dragões criados pela imaginação incomparável de Tolkien.
Você pode não ter lido, mas sem dúvida conhece a história.
Como Musk contou em um artigo para a New Yorker, os heróis destes livros (e dos livros da saga Fundação, de Isaac Asimov) sempre sentiam um dever de salvar o mundo. É possível que desde cedo tal ambição, tão altruísta e honrosa, tenha repercutido na mente de Musk. Isto explica como seus empreendimentos, embora também lhe brindem com lucros fora de série, explicitam um desejo nobre de transformar o mundo em um lugar melhor para todos nós.
Elon Musk pode não ter as habilidades com a espada de Aragorn ou a magia de Gandalf, mas seu heroísmo não deve ser subestimado.
As edições da trilogia no Brasil ficaram a cargo da Martins Fontes e podem ser conferidas no site da editora. Recomendamos as promoções que aparecem com alguma frequência em lojas virtuais como a Submarino e a Amazon.
fundação 12 minutos

“Fundação”, de Isaac Asimov

Diga aí: talvez nós estejamos no auge da civilização, não é mesmo?
Não que seja uma utopia, claro. Nunca é. A desigualdade social é monstruosa, havendo um abismo na qualidade de vida entre o Haiti e os Estados Unidos, só para citar um exemplo óbvio. No entanto, o mundo em geral tem tecnologia, comunicação, transporte, conforto e segurança como nunca antes. Estamos hiper-conectados e hiper-informados. Temos satélites orbitando o planeta. A cada dia que passa, encontramos novas soluções para problemas que pareciam insolúveis. Curas para doenças que pareciam incuráveis. Sim, pode ser que estejamos no auge ou pelo menos chegando lá.
E é aí que o perigo da queda começa a nos ameaçar.
Na série de livros da Fundação de Isaac Asimov, que se passa num futuro distante em que um Império Galático se encontra ameaçado segundo as previsões de um cientista psico-histórico (ciência fictícia inventada por Asimov que juntaria história, matemática e sociologia e seria capaz de analisar estatísticas e deduzir acontecimentos que desestabilizem o futuro). A civilização tenta sobreviver a todo custo.
Parece louco, não é? É um pouco, sim. E absolutamente viciante.
Com a série da Fundação, podemos fechar o conjunto de livros mais reverenciados por Musk em sua infância (e que continuam seus favoritos). Em entrevista para o The Guardian, Elon Musk afirma que este é um dos melhores livros que já leu. Também comentou no Twitter que havia relido e achado brilhante.
Além disso, segundo a própria entrevista para o The Guardian, graças aos livros de Asimov, o engenheiro se deu conta da natureza cíclica das civilizações, sugerida por lições de história. De fato, romanos, sumérios e egípcios são exemplos paradigmáticos de civilizações que estiveram no topo, mas eventualmente entraram em declínio e ruíram.
No caso de um mundo globalizado como o nosso, quais seriam as verdadeiras consequências de um declínio civilizatório? Projetos como a Tesla e o SpaceX, que pretendem respectivamente acabar com a indústria de combustíveis fósseis e instalar uma colônia em Marte, e todos os alertas para a ascensão das inteligências artificiais, demonstram que Musk tem uma verdadeira preocupação em evitar uma distopia. E assim como os protagonistas de Fundação, conta com a ciência como aliado mais importante.
A edição mais recente (e completa) dos livros da Fundação no Brasil é da Editora Aleph, especializada em ficção científica. Confira aqui.

structures 12 minutos

“Structures: or why things don’t fall down”, de J.E. Gordon

Livro que ajudou bastante o autodidata Elon Musk em seus projetos da SpaceX, Structures foi escrito pelo acadêmico James Edward Gordon, um dos fundadores da biomecânica e da ciência de materiais.
Trata-se de um livro de engenharia com linguagem bastante acessível que explica, de forma mais compreensível para leigos, o porquê de certos projetos de engenharia como pontes suspensas conseguirem se manter de pé, apesar do tráfego pesadíssimo dia após dia, e quais princípios físicos e biomecânicos permitem o lançamento bem-sucedido de um foguete.
Essencial para a compreensão de elementos básicos de engenharia para grandes obras, Musk afirmou em uma entrevista para a KCRW que este livro é muito, muito bom se você procura por uma introdução bacana a design estrutural.
Por não usar uma linguagem excessivamente técnica, e com a recomendação de Elon Musk servindo de chancela, já temos o bastante para dedicar um olhar atento ao livro. Em breve, ele terá uma tradução para o português no 12min, em versão de microbook.
superintelligence 12 minutos

“Superintelligence: paths, dangers, strategies”, de Nick Bostrom

Embora não seja uma obra de ficção, este livro de Nick Bostrom, professor da Universidade de Oxford, é tão assustador quanto os livros mais terríveis de H.P. Lovecraft e Shirley Jackson.
Discorrendo sobre o risco que uma inteligência artificial avançadíssima representaria para a humanidade, Bostrom demonstra que, por mais incríveis que sejam nossos avanços na área, é preciso tomar extrema caução para não engendrar uma consciência que, além de verdadeiramente humana num nível mental/intelectual, possua recursos para nos destruir.
Os seres humanos se preocupam acima de tudo (e com razão, tudo bem) com o que outros seres humanos farão. Afinal, já não foram tantos momentos em que um desastre nuclear parecia iminente? O que dizer da troca de ofensas e ameaças entre Donald Trump e Kim Jong-un? Contudo, Bostrom crê que a displicência na engenharia de inteligência artificial pode criar um inimigo ainda mais poderoso e inesperado.
Elon Musk já revelou em muitas ocasiões o temor que alimenta em relação a IAs e seu poder. Inclusive que poderiam levar a uma 3ª Guerra Mundial. Assim, Superintelligence com certeza não foi uma leitura muito tranquila para o magnata, que viu alguns de seus maiores medos serem confirmados como possibilidade por uma autoridade no assunto.
No Twitter, Elon Musk escreveu que “Superintelligence vale a leitura. Precisamos ter muito cuidado com Inteligências Artificiais. Potencialmente mais perigosas que bombas nucleares”.
Esse também ganhará em breve uma versão de microbook em português no 12′. Basta votar através da wishlist.
benjamin franklin 12 minutos

“Benjamin Franklin: uma vida americana”, de Walter Isaacson

Pelas mãos do famoso biógrafo Walter Isaacson, a vida pessoal e profissional do cientista, escritor e político Benjamin Franklin foi retratada com detalhes no livro Benjamin Franklin: uma vida americana (que recebeu uma edição primorosa no Brasil pela Companhia das Letras).
Isaacson vai dos anos iniciais à morte de Franklin, aos 84 anos, concentrando sua atenção no homem por trás do mito e na sua participação crucial na independência dos Estados Unidos. Empreendedor como Musk e um de seus heróis pessoais, a biografia do ícone norte-americano entrou para lista de leituras mais importantes do CEO da Tesla.
Em 2011, Musk tuítou sobre sua leitura da “grande biografia de Benjamin Franklin por Walter Isaacson. Altamente recomendada”. Posteriormente, em uma entrevista disponível no YouTube para Kevin Rose, ele tornaria a ressaltar como a biografia de Benjamin Franklin o inspirou de modo profundo e inesquecível.
E este não seria o único livro de Walter Isaacson a ter impacto em sua vida.
einstein 12 minutos

“Einstein: sua vida, seu universo”, de Walter Isaacson

Biografia completa de um dos cientistas mais influentes do século XX, Einstein: sua vida, seu universo conta a trajetória brilhante de Albert Einstein. Seus percalços profissionais, amorosos, suas origens, sua (falta de) religião e o impacto de suas descobertas no campo da Física Teórica.
É um livro incrível para qualquer interessado em Física ou em grandes personalidades da História, já que Einstein é uma das prestigiosas figuras que ajudam a moldá-la.
Na entrevista supracitada em que Musk elogiava a biografia de Benjamin Franklin, o bilionário também fazia uma referência a este outro livro de Isaacson e comentava que foi muito influenciado por ele. Assim como no caso da biografia de Franklin, isto faz sentido demais: não estamos falando apenas de geniais cientistas, mas seres humanos incríveis, que acharam caminhos inexplorados e revolucionários que fariam a humanidade avançar. Como o próprio Musk, que pretende seguir a estrada pavimentada por grandes homens que vieram antes dele e deixaram sua marca.
Este livro também foi editado pela Companhia das Letras
Gostou deste breve resumo sobre os hábitos de leitura de Musk? Por que não compartilhar ele com aquele seu amigo viciado em tecnologia e informação? 😉
Quer ir além dos hábitos de leitura e conhecer um pouco mais da vida e da obra do empreendedor serial? Recomendamos a leitura deste artigo!
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Esse texto foi escrito pela equipe da Carro Elétrico.




O pivot de agência para startup da Peepi – Felipe Thomé, Heroes Ep. 16

No décimo sexto episódio do Heroes, conversamos com o Felipe Thomé, fundador e CEO da Peepi. A Peepi é uma empresa de marketing de defensores, um mercado em ascensão nos estados unidos que está dando os seus primeiros passos no Brasil. A Peepi é a evolução da primeira ideia do Felipe e seus sócios e atualmente está captando investimento para escalar o negócio e ganhar mercado.

No episódio de hoje você vai conhecer mais sobre:
– Os desafios da transição de colaborador para founder
– Como alinhar objetivos e visão entre co-founders
– Como é captar investimento no modelo equity crowdfunding

Ainda não faz parte do 12min? Experimente 3 dias grátis!
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Conheça mais sobre a rodada de investimento da Peepi:
https://eqseed.com/investir




Conheça a Síndrome Burnout e seus sintomas

A energia acabou? Você já consumiu toda a sua reserva, está exausto, sem interesse pelo trabalho e pelas pessoas ao seu redor? Você pode ser mais uma vítima da Síndrome Burnout.

O nome pode não lhe parecer familiar, mas os sintomas são realidade para 30 milhões de trabalhadores brasileiros, que representam cerca de ⅓ da população ativa no país.

O termo em inglês significa estar queimado, esturricado. No ambiente corporativo, Síndrome Burnout nada mais é do que o esgotamento profissional físico e mental.

As vítimas, geralmente, são pessoas que se dedicam de forma extrema ao trabalho. Têm jornadas exaustivas, são perfeccionistas, sofrem intensa pressão por resultados e pelo sucesso profissional.

Essas pessoas trabalham à exaustão, até o momento em que o corpo grita: stop! Sofrem um cansaço devastador, que exige atenção e tratamento para não colocar a saúde e a carreira em risco.

Prejuízos para o corpo, a mente e o bolso

Você não dorme bem e amanhece com a Síndrome Burnout. O estresse e o cansaço vão se acumulando aos poucos, dia a dia, após horas e mais horas de jornada de trabalho exaustiva.

Péssimo para a saúde das pessoas. O corpo reclama e o emocional também. Entre os vários problemas, estão as dores no corpo, depressão e o sentimento de incapacidade.

Ou seja, a Síndrome Burnout causa danos na sua saúde, compromete a sua felicidade e os relacionamentos interpessoais, além prejudicar o seu desempenho profissional e até mesmo a sua carreira.

Mas a Síndrome Burnout atinge em cheio, também, a saúde das empresas. Segundo pesquisa feita pela International Stress Management Association do Brasil (ISMA-BR), entre os trabalhadores com Síndrome Burnout, 94% se sentem incapacitados para o trabalho e 47% sofrem de depressão.

9 sinais de que você está a ponto de explodir

  1. Exaustão física

Você está sempre cansado, fraco, sem energia. Sente dores de cabeça, dores musculares, náuseas e dificuldade para dormir. Tem queda de cabelo, redução do libido e tendência maior a alergias. Esses são alguns sintomas de esgotamento físico.

  1. Exaustão emocional ou mental

A grande maioria dos portadores da Síndrome Burnout sentem solidão, raiva, impaciência e depressão. E eles não têm esperança em mais nada. O raciocínio é lento, a memória ruim e a autoestima vai em queda livre.

  1. Motivação abaixo de zero

Aquele pique para o trabalho não existe mais. Pela manhã, você não quer sair da cama e a ida ao trabalho passa a ser uma agonia. Acabou o entusiasmo e a quota de motivação também.

  1. Emoções negativas falam mais alto

Você não vê mais sentido no trabalho e sente-se frustrado com o seu desempenho. O pessimismo toma conta. Está tudo ruim. Desenvolve um distanciamento afetivo e atitudes cínicas em relação aos colegas.

  1. Dificuldade no processamento de informações

O estresse nos leva a focar no elemento negativo como forma de defesa. Isso é comum quando dura um tempo curto e, depois, volta ao normal. Mas com a Síndrome Burnout, o foco limitado persiste, impedindo que você veja o contexto geral. Isso afeta a sua capacidade de resolver problemas.

  1. Queda no desempenho profissional

Quando você fica esgotado por um longo período, o seu rendimento caminha pra baixo. Pesquisas apontam que o desempenho profissional de um portador de Síndrome Burnout é, em média, cinco horas menos que dos demais trabalhadores.

  1. Falta de interesse com a própria saúde e bem-estar

Apelar para a bebida alcoólica ou droga é comum entre os portadores da Síndrome Burnout, como forma de tentar a reposição de energia. Falta vontade para atividades físicas e a alimentação é péssima. Ou seja, um monte de hábitos pra lá de ruins.

  1. Sensação de descontentamento o tempo todo

Nada mais o satisfaz. Você não está feliz com o trabalho, com os colegas e com a sua vida em geral. Afeta, inclusive, a sua relação familiar. Você se sente como se estivesse no lugar errado, com as pessoas erradas, fazendo a coisa errada.

  1. Alterações repentinas de humor

No mesmo instante em que as coisas parecem caminhar nos trilhos, tudo descarrila. Isso ocorre de forma brusca, várias vezes ao dia, com sérios prejuízos para as relações interpessoais no trabalho. Sem contar os danos para o seu emocional também.

Procure um especialista

A notícia boa nisso tudo é que existe tratamento para a Síndrome Burnout, o que deve ser feito por um psicólogo ou psiquiatra. Isso não significa que você vai tomar um remédio qualquer e em pouco tempo estará recuperado. Levará algum tempo.

O tratamento inclui, inclusive, meditação, técnicas de relaxamento, exercícios físicos regulares e outras atividades que ajudam a controlar a tensão. Isso pode ser um hobby prazeroso, esporte, voluntariado, etc.

Prevenção ainda é o melhor remédio

Você não precisa esperar o fogo se alastrar e a casa cair para tomar providências. Agir antes é menos doloroso do que apagar um incêndio. Veja algumas atitudes positivas:

  • Não viva por conta de trabalhar 24h por dia, 7 dias por semana. Relaxe. Reserve o seu tempo livre para realmente descansar o corpo e a mente.
  • Tire férias, mas não leve o trabalho para a viagem dos seus sonhos.
  • Controle a ansiedade e a tendência ao perfeccionismo.
  • Invista em hábitos prazerosos e que ajudam você a relaxar, como cinema, leitura, cozinhar para amigos, passear com o cachorro, etc. Descubra o que te faça sentir bem.
  • Avalie o seu trabalho. Tente adequar o que não lhe agrada ou o que estiver sugando demais as suas energias. Busque apoio profissional, se necessário.
  • Mantenha o seu foco nas coisas positivas e que lhe trazem felicidade.
  • Não menospreze os sinais que o seu corpo emite. Desacelere, se for preciso, mas não deixe que o problema tome conta da sua vida.
  • Invista em hábitos saudáveis, com alimentação balanceada, boas noites de sono e atividades físicas. Não exagere no álcool. Evite cigarros e fuja das drogas.
  • Meditação pode ser uma grande aliada contra o estresse. Tente conhecer as várias técnicas que podem ser feitas em casa ou no trabalho.

E se você gosta de uma boa leitura, vão aqui algumas dicas do 12′:

O Poder da Energia – Brendon Burchard

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O Poder do Agora – Eckhart Tolle

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O Poder do HábitoCharles Duhhigg

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Boa leitura 😉