1

Os brilhantes ensinamentos de Steve Jobs que podem mudar sua vida

Empreendedor ou não, se você é do mundo dos negócios, provavelmente já ouviu algum exemplo da Apple quando se fala de sucesso. Isso em qualquer área: gestão, marketing, produto, branding. Muito disso é devido a Steve Jobs e todo o seu legado.
Com certeza, podemos aprender muito sobre ele observando seus feitos. Mas ele sem dúvidas foi uma figura controversa. Algumas coisas devem ser aprendidas ao contrário: evitando fazer como ele fez.
Tentando retirar o máximo proveito da história de vida de Steven Paul Jobs, listamos as maiores lições, tanto positivas quanto negativas. Confira!

Todo negócio precisa de uma boa história

Você sabia que aquela história de que a Apple começou em uma garagem não é exatamente verdade? Em 2014, Steve Wozniak confessou em uma entrevista que a garagem fez parte sim da história, mas eles iam para lá raramente. Além disso, para a Apple tomar uma proporção maior do que uma garagem não demorou muito.
O que isso prova é que ter uma história é muito importante para a imagem da empresa. Afinal, dizer que produtos tão fantásticos saíram de uma garagem mostra o quanto são especiais.
Mas mentir pode estragar as coisas. Como nesse caso era apenas uma mudança simples se comparada à realidade, só fortaleceu a Apple. É como o próprio Woz disse: “não há nada que nos represente melhor do que a ‘garagem'”.

Para ser grande você não precisa exatamente ter uma capacidade técnica

Steve Jobs não tinha grandes capacidades técnicas. O que não faltava nele era sua crença no que queria criar e em muitas situações demonstrava não entender muito bem a possibilidade de fazer certas coisas.
Ele não conseguia criar grandes conexões com as pessoas exatamente porque vivia em um mundo só seu. Isso é bem fácil de ver no filme do Steve Jobs, dirigido por Danny Boyle. O que ele fez foi mostrar para os outros seu ponto de vista que estava anos luz à frente e sem desenhar gráficos era capaz de ser um designer.
Quem realmente colocava as mãos na massa nem sempre recebia o crédito devido porque ele sabia que sua pessoa era essencial para o processo. Sem ele nada teria sido feito.
Uma das maiores provas do pensamento no futuro de Steve Jobs é essa entrevista com Steve Ballmer, presidente da Microsoft na época: https://youtu.be/mHC7peDLWlQ

Sucesso não acontece de repente

Até mesmo a Apple demorou 20 anos para se tornar o que é hoje. Não adianta você desejar que seu negócio chegue perto de outros com muito tempo no mercado sem ter o tempo necessário.
A Apple teve dificuldades, tanto como empresa quanto com sua tecnologia, durante mais de uma década até encontrar o caminho da inovação novamente. Inclusive, está aqui um dos maiores erros da gigante: ter ficado parada no tempo atendendo demandas de clientes ao invés de inovar.
E é também por isso que hoje, se falamos sobre Steve Jobs, falamos sobre inovação.

Embalagem e apresentação são igualmente importantes

Uma das maiores verdades sobre ele é a de que ele sabia apresentar um produto. Não houve ninguém igual nesse ponto. A forma como ele planejava e realizava a apresentação era quase legendária.
Nesta cena do filme do Steve Jobs, ele insiste agressivamente que o computador precisava dizer “hello”. Isso era parte essencial da sua fala e mudaria o mercado de tecnologia. Aqui podemos ver o quanto ele era meticuloso com isso: https://youtu.be/XS-R1raNESI

E como ele resolveu o problema: https://youtu.be/ya0uliWzUTI

E depois que um novo produto era lançado por ele, você poderia dizer que os produtos do Google ou da Microsoft tinham as mesmas funcionalidades, mas nada encantava quanto o que ele havia mostrado.

Simplifique

Esse era um ponto muito importante da personalidade de Jobs. Ele simplificava ao máximo para poder se concentrar no que realmente importava. Steve aprendeu isso enquanto trabalhava na Atari, depois de largar a faculdade.
Os jogos da empresa não tinham manual e precisavam ser simples o suficiente para um estudante “chapado” conseguisse entender. No jogo do Star Trek as instruções eram:

  1. Inserir moedas
  2. Evitar os Klingons

A partir daí, Steve Jobs desenvolveu um amor pela simplicidade. E isso trazia foco não só para ele mesmo como também para a empresa toda: ele cortava linhas de produção sempre que podia, demitia pessoas irrelevantes, diminuía estoques.

Escolha bem as pessoas ao seu lado

Uma parte da personalidade de Steve que irritava as pessoas era de não tolerar quem ele não gostasse ou não tivesse nada para oferecer. Assim, sua equipe só era formada por pessoas em quem ele confiava – e ele sabia muito bem identificar quem estava atrapalhando.
Não é porque uma pessoa parece legal socialmente que ela vai saber tomar decisões na sua companhia, fazer um bom trabalho e contratar pessoas boas. Não se prenda: não deixe que os incompetentes tomem o seu tempo e a sua energia.

Você não pode fazer tudo sozinho

O próprio Steve Jobs eventualmente aprendeu que precisava contar com a ajuda das pessoas em algum momento. Entre sua volta à Apple e seus últimos dias trabalhando, ele se tornou um gerente muito melhor, com menos espetáculos de raiva e grosseria.
Ele percebeu que se você quer ter sucesso, precisa contar com seu time. Você precisa de pessoas e elas devem ser talentosas – se puder, as mais talentosas do mercado. Elas também precisam ser inspiradas pelo trabalho da empresa e devem ter oportunidade para errar e acertar.

Você define as regras do jogo

Não adianta ganhar o jogo. Você precisa redefini-lo a seu favor. O iPhone veio dessa ideia – ao invés de bater de frente com os grandes da época, a Apple criou algo totalmente novo. Antes disso, os celulares tinham teclados físicos e o iPhone quebrou isso.
Essa é a essência de quem foi Steve Jobs – esquecer as regras do jogo, pensar diferente e criar algo que tenha vantagens nunca antes imaginadas.

Não brinque com a sua saúde

Quando médicos dão conselhos a você: siga-os. É incrível celebrar a vida de Steve Jobs, mas a verdade é que ele poderia ainda estar por aqui.
Quando os médicos encontraram o câncer, aconselharam que ele o tratasse, o que ele não fez. Ao invés disso, ele procurou outros tratamentos que não foram efetivos. Quando ele decidiu seguir as ordens médicas era tarde demais.
Por isso, antes de mais nada, cuide do seu estilo de vida. Conviva com quem você ama, pratique atividades físicas e coma bem. Assim você estará aqui para colher os frutos do trabalho duro de agora.

Steve Jobs: seguir ou não?

A verdade é que podemos aprender muito com a vida dessa personalidade. Não podemos demonizá-lo nem idolatrá-lo completamente – apenas absorver o que pode trazer benefícios e seguir em frente.
Steve Jobs não será jamais esquecido e não só porque ele tirou a Apple da quase falência para uma empresa lucrativa no tempo de um ano. Ele mesmo aprendeu com seus erros e por isso seu legado é tão grande.
Se quiser conhecer mais sobre a história de Steve Jobs, não deixe de ler o microbook baseado em sua biografia: Steve Jobs, de Walter Isaacson. O biógrafo foi contratado pelo próprio Steve para escrever sobre sua vida antes de falecer.
Assinando o 12Minutos você tem acesso a uma biblioteca gigante com os maiores títulos de não ficção do mundo. Não deixe de começar o seu trial agora mesmo!

Steve Jobs




Veja a retrospectiva de 2017 do 12Minutos

Mais um ano chegando ao fim e muita coisa boa acontecendo.
Nós decidimos, então, fazer uma retrospectiva de 2017 com tudo o que teve de melhor aqui no 12’.
Os melhores livros, os melhores autores e até os users que consumiram mais conteúdo!

Os 5 livros mais lidos em 2017

  1. Os Segredos da Mente Milionária

    retrospectiva de 2017 os-segredos-da-mente-milionaria-12-minutos

    • Número de usuários que leram: 20706
    • Nota dos usuários: 4.5
  2. O Poder do Hábito

    retrospectiva de 2017 o-poder-do-hábito-12-minutos

    • Número de usuários que leram: 18179
    • Nota dos usuários: 4.53
  3. Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas

    retrospectiva de 2017 como-fazer-amigos-e-influenciar-pessoas-12-minutos

    • Número de usuários que leram: 9478
    • Nota dos usuários: 4.64
  4. As Armas da Persuasão

    retrospectiva de 2017 as-armas-da-persuasao-12-minutos

    • Número de usuários que leram: 6515
    • Nota dos usuários: 4.46
  5. Mindset

    retrospectiva de 2017 mindset-12-minutos

    • Número de usuários que leram: 4860
    • Nota dos usuários: 4.35

A lista ficou tão bacana, que resolvemos fazer um post só para ela, com os 20 livros mais lidos em 2017.

Os 5 livros mais bem avaliados em 2017

  1. The Thank You Economy

    retrospectiva de 2017 the thank you economy 12 minutos

    • Nota: 5.0
  2. Como Chegar ao Topo nas Empresas

    retrospectiva de 2017 como chegar ao topo nas empresas 12 minutos

    • Nota: 4.83
  3. Losing My Virginity

     retrospectiva de 2017 losing my virginity 12 minutos

    • Nota: 4.82
  4. O Poder do Subconsciente

    retrospectiva de 2017 o poder do subconsciente 12 minutos

    • Nota: 4.79
  5. Dono

    retrospectiva de 2017 dono 12 minutos

    • Nota: 4.77

Os 5 autores mais lidos em 2017

  1. T. Harv Eker
  2. Charles Duhhigg
  3. Dale Carnegie
  4. Robert Cialdini
  5. Daniel Goleman

Os 5 autores mais bem avaliados em 2017

  1. T. Harv Eker
  2. Charles Duhhigg
  3. Dale Carnegie
  4. Robert Kiyosaki
  5. Robert Cialdini

Número de microbooks lidos por usuário em 2017

Os 10 usuários que mais consumiram conteúdo leram, ao ano:

  1. 315 microbooks
  2. 255 microbooks
  3. 211 microbooks
  4. 179 microbooks
  5. 177 microbooks
  6. 170 microbooks
  7. 169 microbooks
  8. 155 microbooks
  9. 154 microbooks
  10. 148 microbooks

Muita coisa, não é mesmo? Não foi à toa que resolvemos dar um presente especial de Natal para nossos top 10 users <3
Quem serão os próximos superleitores?
2018, foi dada a largada!

Retrospectiva de 2017

2017 foi um ano muito bom, cheio de desafios e oportunidades.
Estamos muito felizes de ter contribuído para aproximar nossos usuários da leitura constante!
Gostaríamos de agradecer imensamente a todos que fizeram parte dessa história.




Como ter proatividade no trabalho e porque isso é importante

Você quer se destacar na equipe e ser visto na empresa como um profissional diferenciado? Invista na proatividade no trabalho e você terá retorno garantido.
Mas o que é proatividade e como ser proativo no trabalho? Um funcionário proativo é aquele prevê os problemas e atua antes que eles aconteçam. Normalmente, não espera ser convidado para agir. Ele tem iniciativa.
Ele tem meta e planejamento para alcançá-la. Se alguma coisa sai dos trilhos, e isso pode acontecer, o funcionário coloca a mão na massa, analisa o problema e busca solução ao invés de reclamar.
E tudo isso sem perder o controle emocional. Nada de pânico, nada de jogar a culpa no colega do lado. O foco é na solução e na qualidade do trabalho, e não na reação.
Proatividade no trabalho está diretamente ligada ao sucesso.

10 dicas de como ser uma pessoa proativa

  1. Tenha metas

As metas indicam onde você quer chegar e como fará a travessia. Sem elas, você fica à deriva dos acontecimentos, susceptível aos mais variados contratempos.
Por outro lado, com um guia nas mãos, você se prepara para eventuais tempestades e não perde seu precioso tempo com atividades que não o levarão ao ponto desejado.
Assim, se você quer se destacar pela sua proatividade no trabalho, comece relacionando todas as coisas que você precisa realizar na empresa. Estabeleça prazo para cada item e especifique as atividades relevantes para alcançar o sucesso em todos eles.
Ponha tudo no papel. Esse será o seu cronograma de ação. Esteja aberto para incluir novas metas, sempre que for necessário.

  1. Seja flexível

Você planejou, pensou em todos os detalhes, mas, em algum momento, as coisas não aconteceram exatamente como o esperado. Não entre em pânico.
A primeira atitude é analisar a situação e estar aberto para promover adequações no seu planejamento.
A importância do planejamento flexível é exatamente essa possibilidade de reajustar os rumos, em função de mudanças no nosso cotidiano, sobre as quais não temos controle.
No entanto, a flexibilidade também exige disciplina para realinhar o planejamento e manter o foco nos seus objetivos, transformando os problemas em oportunidades.

  1. Busque a excelência e não a perfeição

A procrastinação não é aceitável se você quer alcançar todos os seus objetivos. Então, mexa-se. Se não for possível antecipar os problemas, corra atrás da solução.
Não espere o chefe mandar. Talvez, você tenha que sair da sua zona de conforto, superar alguns medos e obstáculos.
Se for preciso, faça isso. O que vale é agir na hora certa.
Não importa se a sua decisão não está 100% correta e não resolve o problema como um todo. Perfeição é uma utopia. Tenha em mente que é possível fazer ajustes adiante. Mas não perca tempo demais com os detalhes.
A busca pela perfeição pode gerar estagnação e você perderá tempo valioso. Afinal, o que adianta uma excelente decisão, quando ela não é mais necessária?
Isso não significa desprezar a excelência. Trabalhe por ela a todo instante, em cada tarefa. Excelência no trabalho significa, entre outras coisas, manter-se comprometido com o seu melhor, gerando resultados acima do esperado.

  1. Trabalhe em equipe

Trabalhar em equipe não significa dividir uma mesma sala com os colegas e o líder. É mais do que isso: uma equipe compartilha informações, apoia-se mutuamente para o sucesso do grupo, sabe ouvir, é tolerante com as opiniões divergentes, privilegia o resultado coletivo e não o individual…
Uma equipe soma esforços para multiplicar os resultados. Faz parte do desafio de uma equipe, manter um clima de cooperação saudável e gerar energia para impulsionar a produtividade do grupo.
Então, faça a sua parte dentro da equipe e tenha proatividade no trabalho.

  1. Assuma mais responsabilidades

Nunca fique estagnado na função para a qual foi contratado. Uma pessoa que tem proatividade no trabalho envolve-se em outras atividades, em comissões ou participa de reuniões externas com grupos diversos.
Incentive o seu chefe a enviá-lo para eventos extras. Isso ampliará sua visibilidade e o seu networking, além de ganhar importância na empresa.
Cabe a você abrir essas portas. Não espere ser convidado – apresente-se e permita que as pessoas saibam da sua vontade de participar.

  1. Invista em treinamentos

Você nunca sabe o suficiente. Toda oportunidade de aprender um pouco mais é bem-vinda. Assim, fique de olho nos treinamentos e cursos que a empresa oferece.
Certamente, você encontrará alguma coisa que lhe ajudará a zerar sua lista de tarefas. Você pode, inclusive, colaborar no planejamento de treinamentos que são do seu interesse.
Existe uma infinidade de cursos e treinamentos, também, fora da empresa. Muitos, inclusive, gratuitos. E você ainda pode “abusar” da internet e das opções online.
Pessoas que tem a proatividade correndo nas veias fazem isso.

  1. Seja organizado

Quer ser proativo? Comece organizando a sua mesa, o seu tempo e, também, a sua mente. E dê um jeito na agenda, priorizando o que é mais importante.
Organização permite que você assuma o controle das suas responsabilidades, inclusive, em situações de crise. E ajuda a cumprir os prazos combinados.
E quando falamos em entrega, vem a importância do gerenciamento do tempo. Uma dica é não apenas marcar no calendário o projeto e a data de finalização, mas incluir todos os pontos relevantes no meio do caminho para cumprimento dos prazos.
Crie sistemas para você não esquecer cada uma das etapas do seu projeto. Isso pode ser eletronicamente ou manualmente – via bilhetinho na tela do computador. Não faz diferença. O importante é monitorar os prazos.

  1. Pense positivo

Funcionário negativo contamina o ambiente e suga a energia da equipe. Assim, para colaborar por um clima mais saudável, evite focar nos problemas. Concentre-se no que você realizou ou conquistou.
Celebre esses pontos positivos com você mesmo e com os colegas. Depois, prepare uma lista de atividades para o dia seguinte. Reflita sobre o que poderá ser feito de forma diferente e melhor e trabalhe para chegar lá. Isso o ajudará a não repetir os mesmos erros.
Outra vantagem do pensamento positivo é que ele estimula a criatividade. Os estudos mostram que pessoas felizes registram índice de produtividade mais elevado e proporcionam mais inovação.
Felicidade impacta também na saúde das pessoas, reduzindo o percentual de vítimas da Síndrome de Burnout (exaustão física e mental) e de afastamentos do trabalho.

  1. Solucione os problemas

Melhor que solucionar um problema, é evitar que ele aconteça. Ou, pelo menos, estar preparado para agir quando alguma coisa der errado.
Nesse caso, não fique reclamando e colocando mais lenha na fogueira. Seja um solucionador.
Por isso, é importante definir a metas e um plano detalhado para cada projeto. Dê espaço para ajustes ao longo do caminho e sempre tenha um plano B para as situações inesperadas.

  1. Comemore

Todo sucesso precisa ser comemorado. Seja ele grande ou pequeno, não importa. Sucesso é sempre um sucesso.
Cada conquista, por menor que seja, é um passo à frente rumo ao seu objetivo maior. E a comemoração realça a evolução das pessoas e as motiva para os projetos futuros.

Proatividade no trabalho

O seu aprendizado sobre proatividade no trabalho não se esgota aqui. A equipe do 12min selecionou algumas opções de leitura que vão ajudar você a dar uma sacudida e partir para a batalha com mais segurança e confiança. Veja:

Foco – Daniel Goleman

Foco é uma habilidade chave para ser bem-sucedido, produtivo e ter relacionamentos pessoais e profissionais duradouros.

Foco

A Arte de Fazer Acontecer – David Allen

A Arte de Fazer Acontecer

Para fazer acontecer, a primeira atitude é parar de executar um monte de coisas ao mesmo tempo e focar na tarefa atual. Sempre.

De Onde Vêm As Boas Ideias – Steven Johnson

De Onde Vêm As Boas Ideias

Ideias que mudam o mundo geralmente evoluem ao longo do tempo e não em saltos repentinos. Mas, em que tipo de ambiente elas nascem?

Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas – Dale Carnegie
Uma obra espetacular e obrigatória para se desenvolver as habilidades de relacionamentos, sejam eles pessoais ou profissionais.

Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas

Boa leitura e mão na massa 😉




Descubra as grandes lições do livro Sonho Grande

Uma história fantástica. Assim podemos resumir a trajetória profissional do trio Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira. Juntos, eles transformaram um sonho grande em um império bilionário.

O trio adotou um modelo vencedor de gestão baseado na meritocracia, simplicidade, educação e redução de custos. Uma fórmula que revolucionou o capitalismo brasileiro e deu projeção internacional ao negócio.

O livro Sonho Grande de Cristiane Correa, conta essa trajetória de sucesso. Uma história de dedicação, disciplina e muita vontade de crescer.

Sonho Grande é resultado de entrevistas com mais de 100 pessoas, incluindo o investidor americano Warren Buffett, e uma extensa pesquisa.

Sonho Grande

Império dos sonhos

Tudo começou com um sonho. E em menos de 40 anos, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira saíram da ideia para um patrimônio fabuloso. Na relação dos brasileiros mais ricos em 2017, segundo a Forbes, o trio aparece entre as quatro primeiras colocações.

Jorge Paulo Lemann ocupa o topo da lista pelo quinto ano consecutivo. Seu patrimônio é de R$ 90 bilhões. Marcel Telles aparece na terceira posição, com um patrimônio de R$ 45 bilhões e Beto Sicupira é o quarto, com um patrimônio de R$ 38 bilhões. Isso é, literalmente, um sonho grande.

Por 20 anos, o trio comandou o Banco Garantia que, antes da expansão, era a corretora Garantia. Mais adiante, eles compraram as Lojas Americanas e, por meio do fundo de investimento 3G Capital e da Inbev, adquiriram marcas relevantes para o consumidor americano, como Budweiser, Burger King e Heinz.

“Meu amigo – e agora sócio – Jorge Paulo e sua equipe estão entre os melhores homens de negócios do mundo. Ele é uma pessoa fantástica e sua história deveria ser uma inspiração para todos os brasileiros, assim como é para mim”. A declaração é do americano Warren Buffett.

12 lições de um Sonho Grande

Sonho Grande encabeçou a lista dos livros mais vendidos da revista Veja por 140 semanas e continua sendo uma leitura indispensável para todos os empreendedores.

Veja, aqui, o que você pode aprender com esse trio de sucesso.

1. Time forte

Sonho Grande

O segredo do sucesso está em contratar talentos de alto potencial.

Desde o seu primeiro investimento, Jorge Paulo Lemann criou e aplicou uma mantra de contratação chamada de PSD –  Poor (Pobre); Smart (Inteligente) e Desire to get rich (Desejo de enriquecer).

Isso significa que ele sempre buscou colaboradores jovens, inteligentes e ambiciosos, que queriam crescer profissionalmente na empresa e ganhar dinheiro. Pessoas que colocavam o trabalho em primeiro plano.

O trio empreendedor fez o sonho grande virar realidade, valorizando o trabalho. No Banco Garantia, por exemplo, seguiam adiante apenas aqueles que deixavam de lado as questões pessoais em prol de uma carreira de sucesso.

Essas pessoas são aquelas que têm sangue no olho e faca nos dentes. Pessoas agressivas no negócio, que fazem as coisas acontecerem.

2. Meritocracia e ganho variável

Talentos diferenciados precisam de atrativos. Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira optaram pela meritocracia. Isso significa valorizar e recompensar as pessoas pelas suas realizações e contribuições para o negócio.

Os ganhos variáveis, que na época não eram comuns no Brasil, também foram usados para atrair e motivar talentos. Apesar dos salários baixos, a política de bônus por desempenho era agressiva.

Junto com a compensação variável, os melhores profissionais eram premiados com ações da empresa. O que significava passar de empregado para dono – iniciativa pioneira no Brasil.

“O sentimento de dono” faz com que as pessoas mantenham seu comprometimento e sua motivação de forma constante”, garantem.

3. Modelo 20-70-10

Sonho Grande

O modelo 20-70-10 foi usado pelo trio, como uma maneira de manter um time de primeira, motivado e comprometido com os resultados e com a cultura da empresa

Mas o que significa a combinação 20-70-10? Funciona assim: todos os anos, a empresa premiava os 20% melhores funcionários, mantinha os 70% medianos e demitia os 10% com menor desempenho.

O modelo parecia cruel, por causa do grande número de demissões. No entanto, avaliações periódicas, justas e com critérios claros e bem definidos criavam satisfação entre os que permaneciam no time.

Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira sabiam que para construir o sonho grande era preciso contar com os melhores. No entanto, não significava que os 10% demitidos não eram bons profissionais. Eles só estavam na empresa errada ou no mercado errado.

4. Simplicidade e informalidade

Certamente você já viu um monte de empresas ostentando carros de luxos e motoristas, jatinhos particulares, primeira classe para o time executivo e um monte de outros aparatos. O trio de Sonho Grande não pensava assim.

Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira construíram suas fortunas do zero e mantiveram a simplicidade ao longo de suas trajetórias. Raramente usavam terno e gravata. Se alguém da equipe precisava viajar, que fosse de classe econômica.

A idade, a experiência ou cargo das pessoas não lhes davam privilégios especiais e tudo era medido conforme a performance individual. O trio se mantinha focado na moderação e na redução de custos como forma de aumentar o lucro, maximizando o valor do acionista.

5. Menos hierarquia, mais competitividade

Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira acreditavam que menos hierarquia tornava a empresa mais ágil e mais competitiva.

Com base nessa crença, sempre que eles adquiriam uma empresa, as divisórias que separavam as salas da diretoria eram eliminadas, criando grande ambientes abertos, onde as pessoas dividiam suas mesas.

6. Copiar o que funciona

Sonho Grande

Existe algo que funciona e resolve o problema? Copie. Nada de perder tempo e recursos tentando reinventar a roda. Use o que já existe e que está dando certo. Não tenha medo de copiar o que funciona.

Por exemplo, o modelo 20-70-10 foi copiado de Jack Welch e funcionou perfeitamente. E quando o trio comprou as Lojas Americanas, eles visitaram Sam Waltman, fundador do Walmart, e fizeram um benchmarking de ideias e conceitos.

O próprio Banco Garantia replicou várias práticas adotadas pelo gigante Goldman Sachs. Desde o início, o trio aprendeu e copiou os empreendedores americanos.

7. Sistemas replicáveis

Em todas os seus empreendimentos, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira usavam os mesmos conceitos que tinham levado o negócio anterior ao sucesso.

O sistema criado pelo trio se baseava em 3 pilares: meritocracia, fluxo de caixa em dia e uso de métricas para melhoria contínua.

Assim, após uma aquisição, o primeiro ano era dedicado a realmente entender o negócio, sem introduzir grandes mudanças.

O passo seguinte era fortalecer a cultura, o foco do negócio e manter sempre a visão de longo prazo.

A simplicidade de um sistema replicável é essencial para que as empresas prosperem e tenham grandes resultados.

8. Cultura positiva entre os sócios

Para que uma sociedade funcione tão bem por décadas, é preciso buscar sócios que tenham perfis complementares, diferentes, mas que apreciam valores comuns que os levem a seguir na mesma direção.

Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira acreditavam que os estilos podem ser diversos, mas a visão deve ser única. E não pode haver brigas de ego entre os sócios.

O mérito de vencer é de todos e não vale a pena lutar por créditos e sim pelo resultado do negócio.

9. Incentivar o risco

Sonho Grande

As pessoas que tinham iniciativa e corriam riscos nunca eram penalizadas por buscarem algo novo. Pelo contrário, elas eram valorizadas.

Para quem tem um sonho grande, assumir riscos é importante. As pessoas não podem ser penalizadas se algo der errado, desde que executem as atividades conforme o plano.

O livro Sonho Grande conta a história de quando Carlos Brito, CEO da Inbev, decidiu comprar a Budweiser. Para a empresa, ele não seria penalizado se o negócio desse errado, mesmo que estivessem em jogo mais de $ 50 bilhões.

No recrutamento, as empresas sempre optavam por pessoas que tinham perfil de correr riscos calculados e iniciativa.

O sonho grande deve estar inserido na cabeça das pessoas, antes mesmo que elas se tornem um funcionário da empresa.

10. Cultura de crescimento

Uma empresa precisa ser capaz de crescer sempre, para dar aos seus funcionários maiores oportunidades de crescimento e distribuir a riqueza.

Para crescer, é necessário ter ganhos de escala. A escala permite que as empresas consigam comprar a custos reduzidos (conforme eles aprenderam com Sam Waltman), negociar melhores condições de pagamento e ter mais opções de fornecedores.

Eles se pautavam por nunca deixar dinheiro demais parado em caixa, sempre o colocando para trabalhar pelo crescimento do negócio.

A cultura do trio também não operava sobre a premissa de pagar dividendos em um volume que deixasse os sócios acomodados. É preciso manter a atitude sangue no olho e algum incômodo que leve em direção ao crescimento.

11. Aquisição de rivais e novos negócios

A lógica aqui é não deixar dinheiro demais parado no caixa. Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira estavam sempre de olho em novas oportunidades, sejam elas um nova linha de produto ou a compra de outra empresa.

O trio também comprava empresas para dar novas oportunidades a seus melhores colaboradores. Eles não queriam que seus talentos ficassem parados na carreira e por isso decidissem abandonar a empresa.

Desta forma, os melhores funcionários assumiam outros cargos nas novas empresas, com a missão de implantarem a cultura organizacional.

12. Investimento em educação

Sonho Grande

Com o passar do tempo, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira perceberam que para manter o sonho grande era necessário capacitar os colaboradores. A partir daí, investiram em MBA e especializações do time, nas melhores universidades do exterior.

Foi uma iniciativa poderosa de clima organizacional e retenção de talentos. Aos poucos, os alunos das melhores universidades passaram a ser mais valorizados, também, no processo seletivo.

Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira continuam envolvidos em programas educacionais. Criaram a Fundação Estudar, que oferece bolsas no exterior para alunos de alto potencial e participam ativamente da Endeavor, uma ONG que fomenta o empreendedorismo em todo o mundo.

Em 2002, Jorge Paulo Lemann criou a Fundação Lemann, organização sem fins lucrativos que atua na área da educação. Desenvolve e apoia projetos inovadores, realiza pesquisas para embasar políticas públicas no setor e oferece formação para profissionais da educação e treinamentos para lideranças em geral.

Sonho grande que inspira

Você ficou fascinado com o Sonho Grande de Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira? Então, bem-vindo ao hall dos admiradores desse trio fantástico.

A equipe do 12min selecionou para você outras opções de leitura simplesmente contagiantes. Anote aí:

Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas, Dale Carnegie

como fazer amigos

Você provavelmente gostaria de conhecer mais pessoas e fazer novos amigos, certo? E o que acha de ser capaz de influenciar quem está à sua volta? Essa é uma habilidade espetacular, que pode transformar a sua vida tanto no aspecto pessoal quanto profissional.

Esse livro, escrito por Dale Carnegie, é um clássico. Para você ter ideia, a sua primeira publicação ocorreu na década de 40 e chegou em na sua 52º edição. Já vendeu mais de 50 milhões de cópias, colocando-o entre os livros mais lidos do planeta. Mas não pense que está ultrapassado, porque ele permanece atualíssimo!

Paixão por Vencer, Jack Welch

Paixão por Vencer

Se existem pessoas que conhecem muito bem a receita do sucesso, uma delas é Jack Welch. Ex-CEO da General Electric (GE), ele aposentou-se com o maior bônus da história: 417 milhões de dólares.

Durante os 20 anos à frente da GE, Jack Welch conduziu um crescimento estrondoso da empresa, passando dos U$ 12 bilhões para U$ 400 bilhões. Números pra ninguém botar defeito. Obsessivo pela vitória, Welch foi um supercompetitivo empreendedor, que entrou em campo com um único objetivo: vencer. E ele conseguiu.

Confira outras 2 dicas especiais pra você:

Contágio

O Jeito Zuckerberg de Fazer Negócios

Boa leitura e ótimos aprendizados!

E, se essas informações foram valiosas para você, comente, curta e compartilhe o post com os seus amigos!




12' Heroes: entrevista com Tallis Gomes

Fundador da Easy Taxi, CEO e founder da SINGU (o maior marketplace de beleza e bem-estar do Brasil), e autor do livro “Nada Easy“. Esse é Tallis Gomes.
Com um currículo admirável, Tallis é um dos 30 empreendedores destacados pela Forbes abaixo de 30 anos, considerado pelo revista Galileu como uma das 25 pessoas mais influentes na internet brasileira e eleito pelo MIT como um dos jovens mais inovadores do Brasil.
No dia 17 de agosto, Tallis Gomes lançou o seu primeiro livro, Nada Easy, pela editora Gente. O livro é um passo a passo de como validar suas ideias, começar o seu negócio e escalá-lo, sem desperdiçar tempo e dinheiro. O livro Nada Easy auxilia o empreendedor na sua jornada para construir uma startup de sucesso, dando dicas sobre como montar bons times, levantar capital e até mesmo quando fazer um exit.
Confira nossa entrevista com ele, onde ele fala sobre seu livro, sua história como empreendedor e dá dicas de produtividade!
Esse bate-papo está também disponível no nosso podcast, o Heroes.
12Minutos: A gente vai bater um papo sobre o seu livro Nada Easy, que foi lançado dia 17 de agosto, só que antes eu queria conversar um pouco mais sobre a sua história de empreendedor. Conta um pouquinho como isso funcionou para você, de onde veio essa ideia de entrar no mundo das startups, dos negócios.
Tallis Gomes: Demorou. Cara, eu sou do interior de Minas, eu sou mineiro como você, sou de uma cidade do interior ali da zona da mata, chamada Carangola. E eu comecei a empreender, como a grande maioria dos brasileiros, por necessidade. Eu tinha lá a minha banda de rock, na cidade de Carangola, a gente precisava comprar uma bateria para essa banda, para fazer um show no final do ano, no colégio. E aí uma das soluções que veio na minha cabeça, após tempos, quase um mês matutando, foi a gente começar a vender celular ali na cidade, já que não havia lojas de telefone celular na cidade. Então eu aproveitei aquele gancho do Mercado Livre, que estava em franca ascensão no Brasil, poucas pessoas conheciam, principalmente no interior, nem tanta gente tinha acesso à internet. E aí eu usei esse acesso à internet que eu tinha, essa curiosidade, o fato de eu conhecer o Mercado Livre, como funciona e eu dava print screen nas ofertas de telefone celular ali no Mercado Livre, “mark upava” o preço, ou seja, aumentava ali por volta de 25% e criava um catálogo de ofertas de telefones celular e saía revendendo na cidade. Contava com o fato de que o meu avô era comerciante local conhecido, com credibilidade, então as pessoas pagavam antecipadamente na conta do meu avô aquele celular, eu comprava no Mercado Livre, colocava o endereço de entrega das pessoas. Sem querer, criei um marketplace ali com 14 anos. Foi assim que tudo começou na minha vida.
12Minutos: Foi uma abordagem bem diferente, de certa forma, da plataforma que todo mundo usa. Todo mundo usa o Mercado Livre, todo mundo já usou alguma vez para alguma coisa, não é?
Tallis Gomes: É, na verdade, houve uma necessidade, um jovem sem experiência alguma, nem sabia montar uma planilha, para você ter ideia, e acabei vislumbrando essa possibilidade, porque eu via que tinha lá um telefone celular, naquela época a Motorola tinha acabado de lançar um Motorola que tinha uma câmera acoplada, e eu, como era apaixonado por tecnologia, eu via aquilo e era o sonho da minha vida, falei, “pô, de repente, outras pessoas querem ter celular, não é?” E comecei a oferecer esse tipo de produto. Não era tão comum, a gente está falando de 2001, 2000, se eu não me engano, que foi quando eu fiz esse negócio. Então não era tão comum, principalmente no interior de Minas. Acabou que o Mercado Livre foi um canal pelo qual eu consegui comprar esses produtos mais baratos, por serem usados, então eu conseguia ter a minha margem ali para fazer sentido esse modelo de negócio.
12Minutos: E como foi o salto de sair de vender telefones do Mercado Livre para fundar a sua primeira startup? Como foi essa transição?
Tallis Gomes: Cara, demorou, viu? Demorou e foi cheia de percalços e perrengues. Eu fui parar no Rio de Janeiro anos depois, quando eu comecei a faculdade. E aí, no meio da faculdade, eu vislumbrei uma oportunidade de fazer uma agência de gamificação em mídia social, era até um nome bonitinho, para fazer promoção do Twitter, naquela época. E aí isso era, cara, inimaginável para as empresas naquele momento, a gente está falando de 2006, inimaginável para 90% das empresas ter uma conta no Twitter. Ninguém olhava social media como um canal de comunicação, de aquisição, não se imaginava isso e eu achei que isso seria interessante, depois de uma experiência que eu tive num estágio onde eu estava, lá no grupo de cinemas. E aí eu criei essa empresa, a E-Spartan, consegui um dois clientes lá, como todas as agências, a gente sempre sai com um cliente, a gente cobra a menos para garantir que você vai enfim ter um cliente para pagar as contas, mas a verdade é que o pessoal deu [default] no pagamento, eu me enrolei com o fluxo de caixa, eu não entendia muito bem desse negócio, e fali a empresa uns 9 meses depois que eu fundei. E aí fui para o mercado, trabalhei em outras empresas, perrengue daqui, perrengue de lá. Já fiz de tudo, cara, já entreguei panfleto em sinal, já fui valet, eu já trabalhei na Unilever. Até fundar a minha terceira empresa, quando eu tinha meus 22 para 23 anos, que era a Tech Samurai, que era uma agência de construção de software. A diferença é que a gente, como não queria ser sócio [com o Lula] na época, a gente contratava o pessoal na Índia, na China, na Rússia, os developers e fazia um sistema de um Scrum, montar uma plataformazinha para administrar as entregas ali, com calls diários desse pessoal, e tinha um grupo de profissionais com knowledges diferentes, para fazer meio que um leilão reverso ali, do tipo quem faz por menos determinado serviço. Todos esses profissionais eram filtrados por nós, eram testados, eu tinha um sócio que era CTO, o cara era muito bom, muito experiente. Então, a gente conseguiu um ótimo preço lá e a gente pegava, como o preço era muito bom e a gente ainda não tinha o custo de CLT, a gente podia contratar em dobro a força de trabalho, em diferentes fusos horários e uma que tiraria o risco de não entrega e outra que a gente tinha pessoas trabalhando quase que o dia inteiro, quase que 24 horas por dia, porque estavam em fusos diferentes. Então, eles entregavam muito mais rápido e muito mais barato. Essa empresa existe até hoje, foi legal, mas eu vendi a minha participação para um amigo meu quando eu decidi fundar a Easy Taxi, porque a ideia da Easy Taxi surgiu no meio, quando eu estava com esse negócio aí da Tech Samurai e eu decidi largar tudo e dedicar a esse negócio. Lá em 2011, eu vendi a participação, vendi o meu carro e apliquei tudo na Easy Taxi, para a gente conseguir criar esse modelo.
12Minutos: Entendi. Eu vi uma entrevista comentando que a Easy Taxi, a ideia surgiu no meio de uma Startup Weekend. Como foi isso?
Tallis Gomes: É, eu estava lá no Rio de Janeiro, num dia chuvoso lá e a ideia era fazer um aplicativo de ônibus, que o ônibus mandasse notificação quando ele estivesse chegando no ponto. E aí o Dave McClure da 500 estava lá nessa edição, se eu não me engano, era a primeira ou segunda edição do Startup Weekend no Brasil. Eu nem sabia o que era startup direito e aí cheguei lá com esse negócio de ônibus, o Dave McClure falou, “duas notícias, uma boa e uma ruim. A boa é que a sua ideia é maravilhosa, a ruim é que a Google está fazendo esse negócio. Desiste e tenta fazer outra coisa”. Diz que Startup Weekend é aquela loucura, eu estava competindo com 10 pessoas. Meu time se desfez, ficaram uns 3 caras lá, menos do que eu gostaria de ficar, e aí chegando num ponto lá, numa sexta-feira à noite, se eu não me engano, o pessoal falou, “e aí? Você não tem nenhuma ideia o que a gente vai fazer?” Eu falei com esse povo, “vai para casa, vamos pensar com a cabeça fria depois, amanhã, o que fazer. A gente volta, a ideia menos pior a gente faz”. Aí eu tentei ligar para uma cooperativa, eu não sei a ideia de quem está ouvindo mas 90% dos ouvintes provavelmente já tiveram que ligar para uma cooperativa para conseguir um táxi. Vocês que já fizeram isso sabem o tanto que é ruim e era a forma que você tinha para conseguir um táxi, antes da Easy Taxi, em 2011. Então eu passei por esse momento de raiva, de estar tentando conseguir um táxi, de prometerem o táxi e não chegar. E aí eu desci para tentar conseguir um táxi na rua, só que estava chovendo, naquele momento me deu o insight, “por que eu não adapto aquela plataforma de ônibus para fazer um negócio de táxi? De repente, ia funcionar, não é?” Aí eu fui para casa, virei a madrugada pesquisando quem estava fazendo isso, não achei ninguém fazendo. Aí bate aquela dúvida, “será que o negócio é tão ruim que ninguém está fazendo?” Mas foi onde eu pensei o modelo, pensei o nome, pensei o modelo de negócio, cheguei no outro dia de manhã propondo isso e inclusive não foi tão bem aceito e o feedback que eu recebi do Startup Weekend é que se isso fosse bom mesmo alguém estaria fazendo nos Estados Unidos. Então na verdade a gente foi desencorajado a seguir com esse modelo de negócio mas aí teve um pouco de gut feeling aí para decidir dar um [auê] na vida e investir nesse negócio, mesmo num cenário onde menos de 10% da população brasileira tinha smartphone com internet, que era o cenário em 2011.
12Minutos: Entendi. Engraçado que táxi era um serviço largamente usado e eu já li o livro do Startup Weekend, que é um livro bem legal, e tem uma coisa que eles falam lá é que nenhuma ideia é uma má ideia. Então é engraçado eles terem essa abordagem de “cara, alguém já teria feito isso nos Estados Unidos”. E, claro, você provou eles muito errados, depois de um tempo, não é?
Tallis Gomes: É, porque você tem diversos tipos de mentores que estão lá. A gente sabe, inclusive hoje pelo startup que a gente vê, nem todos os mentores têm condições de dar algum tipo de mentoria. A bem da verdade, Fábio, é que quando o empreendedor tem uma ideia disruptiva e se tem algum empreendedor que já tentou fazer ideia disruptiva ou está nesse processo agora, ele vai saber, a ideia disruptiva geralmente parece ruim no primeiro momento, porque ela é muito absurda para parecer plausível. Então eu entendo o racional dos caras. Eles pensaram assim, “cara, como assim ninguém pensou em fazer um aplicativo de táxi ainda”, não é? Outra coisa, por mais que seja uma ideia razoável, quem diria que um taxista iria ter um smartphone, ia usar o negócio ali, uma internet em 2011. Smartphone era coisa de geek e milionário em 2011, era exatamente isso. Provavelmente você achou que não deveria ter um smartphone em 2011. Eu fui comprar em 2012, assim. A grande maioria dos meus amigos, o primeiro smartphone eles foram ter lá para 2012. Quem tinha muita grana ou era muito geek, aí sim tinha lá em 2011. Foi quando começou a ficar um pouco razoável para se ter um Iphone e tal.
12Minutos: O Easy Taxi virou uma empresa muito grande, até depois você teve um exit bem interessante da empresa, só que ele te proporcionou muitas experiências internacionais, deve ter viajado para muitos lugares, visitou o MIT e outras entidades desse nível. Como foi essa abordagem dessas experiências internacionais?
Tallis Gomes: Cara, foi um negócio inimaginável para mim porque eu sou um dropout, então eu nem terminei a faculdade, mas eu sou um apaixonado pelo aprendizado, que é diferente do estudo. Eu gosto de aprender, não necessariamente eu gosto de estudar da maneira tradicional. Então, eu gosto de pegar um paper, gosto de pegar um assunto que eu gosto e me aprofundar naquilo ali e não simplesmente seguir uma grade curricular, isso eu não tenho muita paciência.  Para mim, foi um grande desafio, porque eu trabalhava 80/90 horas por semana no mínimo, sem contar as horas trabalhadas por celular, que você está respondendo e-mail por celular, WhatsApp. Assim, trabalhava de frente para o computador 80/90 horas por semana e aí chegou um momento que o primeiro round da Easy Taxi aconteceu ali em setembro de 2012, setembro para outubro, eu peguei tanta grana, peguei 10 milhões de reais. Naquele momento foi o maior subsídio da história do país. Eu peguei tanta grana, e foi bastante dinheiro, eu falei, “a única forma de eu compensar isso aqui é eu crescer essa empresa demais”. E a proposta que eu tinha feito para os meus investidores é que eu ia levar para 18 países nos próximos 4 anos. Só que em 3 meses, eu levei para uns 4 países, se eu não me engano, e vi que era mais fácil do que eu imaginava escalar o negócio, é muito escalável. Então assim, em menos de 1 ano a gente já estava em 18 países e o negócio chegou a 35 países, 4 continentes, mais de 420 cidades. Sob a minha gestão, foi o maior aplicativo de transporte do mundo até 2014, fim de 2014, na minha gestão a gente era líder global nessa categoria, a gente tinha meio milhão de taxistas ali, mais de 20 milhões de clientes, 1300 pessoas na folha de pagamento, o que é muito pouco para o tamanho que a empresa tinha. A gente levantou ali 85 milhões de dólares, se você compara com o Uber, Cabify, não é nada perto do que esses caras levantaram e a gente tinha a liderança global ali naquele momento em 2014, do segmento. Então, para mim, eu diria que é como se eu tivesse rodado todos os Ivy Leagues e feito o MBA e colocado isso em prática, porque foi muito interessante. Eu tive contato com gente muito inteligente, eu contratei gente muito inteligente, das melhores escolas do mundo e era desafiado constantemente. Porque é assim, gente boa não simplesmente aceita uma ordem, te questiona e você tem que fundamentar aquilo que você quer que a pessoa faça, senão ele não vai fazer ou ele não vai trabalhar com você, se você ficar martelando ordem. Então isso para mim foi muito bom, eu aprendi a fundamentar bastante aquilo que eu quero e hoje é o estilo de liderança que eu aprendi e que eu aplico, eu jamais dou uma ordem, martelo ordem, geralmente eu divido com o time o que eles acham que deveria fazer, fundamentando a minha tese e deixo que essa tese seja discutida, para o time montar a estratégia junto. E foi isso que eu aprendi. Tive oportunidade de morar em países inimagináveis para um brasileiro, morei na Coreia do Sul, passei um tempo em Singapura, nas Filipinas, na Nigéria, morei na Colômbia, morei no México, fiquei uma temporada na minha vida que foi a pior fase da minha vida, que eu fiquei em ponte aérea entre a Cidade do México e Seul, loucura assim, é mais de um dia viajando e eu ficava ponte aérea. E pão-duro que sou, ia de econômica para economizar o dinheiro da empresa e dar exemplo para os executivos, para não aumentar muito o custo de viagem. Para mim, cara, eu diria que foi como se fosse um MBA em cada Ivy League e com oportunidade de executar isso. E é isso o que eu coloquei tudo ali no Nada Easy, todas as lições que eu tive em fase de growth, em fase de ideação, sobre o MVP até a fase mais later stage, que é expansão internacional, como eu fiz isso, como eu contratei as pessoas, o que eu aprendi, quais foram os tropeços até chegar no momento do exit.
12Minutos: Primeiro, eu não consigo imaginar como é viver numa ponte aérea assim. Legal que você falou do seu livro. Eu estava dando uma olhada nos capítulos e achei fenomenal como ele começa, como o rock salvou minha vida e termina num exit de uma empresa que atingiu vários países, a vida de várias pessoas, querendo ou não. Ele é um passo a passo para vários empreendedores, para várias pessoas, sobre como você fez a Easy Taxi crescer tanto, mas de onde veio a ideia de “pô, vou escrever um livro, vou colocar isso em palavras”?
Tallis Gomes: Cara, ótima pergunta, porque, quer dizer, eu tinha vontade de escrever um livro, mas eu sou extremamente preguiçoso para escrever. De vez em quando eu me cobro escrever um artigo, porque eu tenho peso na consciência, porque literalmente eu recebo centenas de mensagens no Instagram e Facebook, dividindo ali são centenas, literalmente, por dia de pessoas me pedindo conselho, pedindo mentoria. E eu tento preencher isso com as palestras, mas não dá para ser tanta, eu tenho que trabalhar, afinal de contas eu tenho a Singu para tocar, mas eu faço lá uma palestra por mês, duas palestras por mês, para tentar passar um pouco do meu conhecimento. E eu falei, “cara, como eu consigo escalar isso a nível nacional e depois inclusive levar para outros países?” A única forma é um livro, então eu tinha essa vontade, até que a Editora Gente me procurou, no fim do ano passado, foi novembro, falou, “Tallis, por que você não escreve um livro?” Eu falei, “eu tenho muita preguiça de escrever um livro”, “mas você pode pegar um ghost writer, pode ajudar”. Aí eu falei, “vamos tentar um ghost writer”. E aí eu tentei por 2 meses com ghost writer mas o negócio não andava, não ficava a minha cara, sabe? E tinha que ser a minha palavra, eu falo palavrão pra caralho, sabe, eu não gosto de ficar dando rodeios, usar metalinguística para poder encher linguiça. O livro, se você der uma olhada, você vê, não tem nada de encher linguiça, não, é informação na lata o tempo inteiro. É bem resumido, como eu sou na vida, direto e ao ponto. Daí eu vi que não ia funcionar, aí eu “dropei” essa ideia de ghost writer e comecei a escrever sozinho, a partir de dezembro e foi muito difícil, cara, porque eu não tenho costume de escrever e aí tinha que passar pela edição aquilo que eu escrevia. Então o pessoal mudava um negócio, eu não gostava, escrevia de novo, então eu passei seis meses para escrever 200 páginas, o que talvez um escritor faria em um mês, dois meses, eu demorei seis meses. Foi duro, mas o livro saiu com a minha cara, direto ao ponto e com bastante informação, que é o que eu queria passar, essa mentoria que eu não tenho oportunidade de fazer com todos os empreendedores. Provavelmente eu respondo 95% das perguntas que eles iriam me fazer, qualquer empreendedor, em qualquer fase, nesse livro.
12Minutos: Pô, legal, você escalou a sua possibilidade de compartilhar conhecimentos.
Tallis Gomes: Exatamente, inclusive, eu falo isso no livro, porque como é que eu fiz o livro? Eu fiz o livro, o MVP do livro foi uma série de webinars que eu fiz. Aí eu falei, “cara, como eu vou escrever o que de fato as pessoas querem saber?” Tem duas formas. A forma que eu não recomendo, que é a que eu sempre falo que é a errada, que é eu sentar numa mesa e achar que eu sei o que as pessoas querem ou eu usar o lean startup, que é parte do processo de construção de produto. O que eu fiz? Eu fiz webinar por capítulo. Então o tema, sei lá, ideação, como é que eu valido e a minha ideia é boa ou não? Fiz um webinar sobre isso, peguei as principais dúvidas, escrevi o capítulo. Tema operação, expansão, o que as pessoas querem saber sobre operação? Fiz um webinar sobre o assunto e peguei as principais dúvidas e escrevi o capítulo. Então o livro foi construído com aquilo que eu ensino dentro do livro. Então eu acho que isso foi bem interessante, esse processo.
12Minutos: Você otimizou o seu tempo de escrita, não é?
Tallis Gomes: Criei um produto próprio para essas pessoas.
12Minutos: Eu estava conversando com o Vítor Peçanha, no último episódio (do podcast 12min Heroes), ele falou, “cara, uma das menores dúvidas foi o que colocar dentro desse livro”. O livro dele é uma experiência, é o dia a dia dele na Rock Content, mas o dia a dia dele é feito de várias coisas então o que colocar?
Tallis Gomes: Pois é, essa era a minha dúvida também, aí eu resolvi sanar essa dúvida fazendo esses webinars, sabe? Porque eu acho que aí eu teria uma… enfim, eu tenho uma série de hipóteses do que tem que ser colocado e aí eu validei essas hipóteses nos webinars.
12Minutos: Legal. Você falou da lean startup do livro, quais são alguns autores referências, caras que você admira, você acompanha?
Tallis Gomes: Cara, eu gosto de bastante gente, porque eu tenho bastante hábito de leitura. E aí, cara, uma coisa que é interessante, eu não sou do tipo de empreendedor que torce o nariz para o old management completamente. Eu acho que tem muita coisa errada, eu falo bastante disso no livro, tanto que o livro é voltado para gestores também, para aquele cara que quer implantar processo de inovação, criar uma nova unidade de negócio nos business onde eles trabalham, mas eu centro um pouco também no aprendizado que eu tive com os autores tradicionais. Então, por exemplo, Good to Great, do Jim Collins, foi uma puta de uma escola para mim quando eu estava escalando a Easy Taxi. No momento de escala, tem muita coisa da escola tradicional que faz falta, aqueles processos que você tem, sabe, compliance. Pô, eu mandava dinheiro para 35 países, contando o Brasil, 35 países. Se eu não tiver um processo de compliance, vai dar merda. Então, como que foi o processo de compliance, o que funciona melhor em termos de gestão. Então, o “Good to Great”, do Jim Collins, me influenciou demais, influenciou muito na minha tomada de decisão. Um dos meus maiores ídolos, um dos caras mais inovadores do mundo, a grande referência de inovação do old school para mim, Jack Welch, aquele “Straight from the Gut”, que é um livro que ele meio que conta como que ele passou ali na GE e foi para um resultado de 12 para 400 bilhões de dólares. O cara é muito foda, é muito foda. Ele lançou também, está em português, o Paixão para Vencer, que eu acho que foi publicado aqui no Brasil como “Paixão por Vencer”, que é um puta cara de vendas também, me influenciou demais. Tem o “The Hard Things about Hard Things”, do Ben Horowitz, me ajudou muito, inclusive o meu livro é baseado no “The Hard Things about Hard Things”. Eu falei, “cara, como que eu construo um The Hard Things about Hard Things para a realidade brasileira”, sabe? Porque assim uma coisa é você levantar capital nos Estados Unidos, a juros negativos e inflação 1% ao ano, outra coisa é você levantar onde o país tem um juro de 14% e inflação a 11%, é um país voltado para rentistas. Como é que levanta capital no Brasil? Quem são os caras você tem que procurar? Qual a fase você tem que estar? Eu escrevi tudo isso ali, então eu fiz o “Nada Easy” com base naquilo que eu gostaria que tivessem falado comigo na época que eu estava num determinado capítulo ali do livro. E o “The Hard Things about Hard Things” me ajudou muito a pensar na estrutura desse livro. E aí, por fim, assim, eu lembro do “How Google Works”, porque eu sou um cara muito voltado para RH, eu acho que a função do CEO, a prioridade do CEO deveria ser RH e o “How Google Works”, do Eric Schmidt e do Jonathan Rosenberg, foi bem importante para a minha carreira, para eu construir esses processos. Eu literalmente copiei os processos de formação de metas, os OKRs da Google e o processo de hire. Eu copiei e adaptei para a nossa realidade e o “How Google Works” foi muito importante para mim.
12Minutos: Alguns desses livros, inclusive o “Hard Things about Hard Things” e “How Google Works” estão no 12Minutos e são alguns dos livros que eu sou viciado, porque eles ajudam, eles dão uma visão de grandes empresas que às vezes a gente nunca teria, porque são empresas que não têm modelos similares no Brasil. É bem legal para construir algo, não necessariamente do zero, mas para aplicar em uma empresa, não é?
Tallis Gomes: Exatamente, é isso que eu usei, apliquei muito na Easy Taxi disso aí, aplico na Singu. Você adapta um processo ou outro à sua realidade, não existe fórmula pronta, a prioridade precisa ser adaptável mas me ajudou muito. Eu sou um grande copiador, Fábio, eu me baseio naquilo que está dando certo, ai eu coloco um pouco daquele toque que eu acho importante, aquela pequena adaptação ali, mas eu fico procurando quem está fazendo bom por aí e saio copiando todo mundo.
12Minutos: A gente estava falando sobre guitarras mais cedo e o Jimmy Page tem uma frase que ele sintetiza isso muito bem, fala “cara, os grandes gênios são aqueles que pegam alguma coisa boa, copiam e fazem algo melhor”.
Tallis Gomes: Cara, eu não sabia que Jimmy Page tinha falado isso.
12Minutos: Depois de vários processos acusando de plágio e tal, ele falou, “cara, eu não copio, eu simplesmente adapto para fazer algo melhor”.
Tallis Gomes: Exato, as pessoas querem ser muito originais, mas às vezes ser original não é eficiente. Na verdade, você pode ser eficiente e aí pode ser que ser original seja eficiente, como foi a criação da Easy Taxi, foi original, não copiei nada, foi assim meu tipo de modelo, mas processos, alguém já pensou nessa porra primeiro do que eu. Por que não pegar com aquelas pessoas que pensaram e deu certo e adaptar aquele negócio para a minha realidade?
12Minutos: É isso que funciona. Conta uma coisa, e o futuro? Mais livros, vai escrever mais?
Tallis Gomes: Definitivamente, não é a minha ser escritor, eu só queria de fato responder a todos esses empreendedores. Eu já estive na pele deles, inclusive gestores que me pedem conselhos e tal e eu não consigo alinhar a agenda para falar com esses caras, esse livro é uma forma de responder a todo mundo. Não penso em livro, não, cara. O futuro é focado na Singu, a gente está aqui na empresa crescendo 30% ao mês. A empresa este ano vai fazer alguns milhões de reais de receita. Então eu estou muito feliz com o crescimento da companhia, com o rumo que o negócio está dando e o foco total é Singu. E vamos ver para o Nada Easy, provavelmente ele vai ser publicado em mais duas línguas no ano que vem.
12Minutos: Legal, a gente pode falar sobre a Singu rapidinho também, porque eu dei uma pesquisada e achei muito legal e está dentro dessa… não dessa tendência, mas muitas empresas de SaaS enabled marketplace.
Tallis Gomes: Inclusive a Singu está dentro do “Nada Easy”. No “Nada Easy”, eu faço um paralelo entre aquilo que eu fazia na Easy Taxi e como que eu melhorei esse processo, que hoje eu aplico na Singu. Se a gente fosse comparar time for time, o mesmo período, a Singu cresce quase 4 vezes mais que a Easy Taxi no mesmo período. Obviamente, eu aprendi bastante ali com a Easy Taxi, errei muito, era muito novo, fundei a Easy Taxi com 24 anos, obviamente, errei bastante e hoje com a Singu erro bem menos. Erro, mas erro bem menos e no “Nada Easy” eu faço esses paralelos da evolução do meu racional e como eu fazia e como eu faço hoje, como funciona melhor para mim hoje.
12Minutos: Legal, muita gente pode aprender com os seus erros, querendo ou não.
Tallis Gomes: É, essa é que é a ideia do “Nada Easy”, não é? Ninguém precisa errar como eu errei, pode simplesmente ver lá qual é um pouco do caminho das pedras, porque pelo menos o que dá errado eu sei, o que dá certo não necessariamente eu sei, não existe fórmula mágica, eu sempre deixo isso claro, inclusive eu começo o livro falando isso, falando “não tem fórmula mágica aqui. Se eu soubesse exatamente como fazer outro negócio de um bilhão, provavelmente eu não contaria para vocês, vou contar o que deu certo e o que deu errado, aí você adapta à sua realidade”.
12Minutos: O “Nada Easy” já está, não na pré-venda, já podem comprar mesmo os livros, não é?
Tallis Gomes: Sim, já podem comprar. O lançamento oficial vai ser no dia 17, começa aqui em São Paulo, depois a gente vai fazer um tour em algumas das principais capitais brasileiras, não em todas, porque infelizmente eu preciso trabalhar, mas em algumas das principais eu vou lançar pessoalmente. Ele já está disponível na Saraiva. Até o dia 17, tem 100% de cash back, então é uma oportunidade, hoje é dia 7, tem mais 10 dias para você comprar com 100% de cash back. Então está acabando, tem que correr lá nadaeasy.com.br e clicar lá no comprar com desconto, que é o site, aí você vai ser direcionado para o site da Saraiva e vai comprar com 100% de cash back pela Méliuz.
12Minutos: Legal. E também tem mais informações sobre o livro, resumo dos capítulos no tallisgomes.com.br, não é?
Tallis Gomes: Exatamente.
12Minutos: Legal também que tem os pacotes promocionais bem interessantes, quem quiser comprar pack de livro, às vezes para uma empresa, para sales reps, para gerentes, tem os pacotes de livros, então tem 10 livros, 100 livros e 300 livros com bônus especiais, não é?
Tallis Gomes: Exatamente, então a gente fez ali 10 livros todos autografados. 100 livros com mentoria e, se eu não me engano, 300 livros tem mentoria e visita técnica. Eu quis fazer algumas coisas para incentivar compra maior, porque eu mereço tentar pelo menos entrar na lista de best sellers e também eu acho que faz bastante sentido para uma empresa, para distribuir para a área estratégica e talvez para os seus funcionários. Eu falo muito sobre aquele empreendedor que empreende o DNA da empresa. O empreendedor, eu falo bastante sobre isso no “Nada Easy”. A minha vida foi isso, mesmo quando eu trabalhava em outras empresas, eu tinha cabeça de empreendedor, então eu tentava ganhar o novo, tomava risco para fazer algo que os meus gestores não acreditavam. Então o empreendedorismo nasce, mesmo naquele que tem vontade de empreender mas trabalha em alguma empresa, ele nasce no teu tipo de trabalho, na confiança que a empresa vai ter em você e inclusive que você vai ter em você, no tipo de ação que você quer fazer. Por isso que o “Nada Easy” não é só para empreendedores, é para gestores também.
12Minutos: Tallis, eu estava lendo alguma reportagem, alguma entrevista, que você é um cara escravo do Google K, aplicativo de produtividade. Como funciona isso para você?
Tallis Gomes: Cara, porque eu sou um cara extremamente desorganizado na minha física, eu sou aquele tipo de cara que perde carteira toda semana, sabe? Então, na minha vida de trabalho, na pessoa jurídica eu sou exatamente o contrário, porque senão não funciona. Eu sou de fato escravo de Google Agenda, quando a gente falou por e-mail lá, na hora eu falei, “por favor, me manda um invite, porque senão eu me perco”. E eu me perco mesmo, então eu uso enfim ferramentas de to do, eu uso o Evernote para tomar notas, eu uso o Google Agenda, uso o Pomodoro para monitorar a minha produtividade. Então tem algumas coisas que eu preciso usar para garantir que eu vou ser o oposto do que eu sou na pessoa física aqui na pessoa jurídica.
12Minutos: Eles são indispensáveis para quem quer fazer coisas, não é?
Tallis Gomes: Sem a menor sombra de dúvida, principalmente porque hoje a gente vive uma era de crescimentos exponenciais e portanto informações exponenciais também. O meu WhatsApp neste momento, eu estou vendo aqui, tem exatamente 350 mensagens não lidas. Isso porque eu não estou olhando aqui no Instagram, eu não estou olhando no LinkedIn. No LinkedIn acabei de ver, temos aí 56 mensagens não lidas. Se eu não me planejar, na hora que eu vou responder parte dessas mensagens, ou a hora que eu vou executar algum tipo de coisa não sai projeto nenhum. Aí eu vou ser aquele cara que faz tudo pela metade, eu não tenho o direito de fazer isso mais. Quando a gente chega em alta performance, eu não consigo fazer isso mais, eu preciso necessariamente me organizar para poder ter entregas, para me cobrar, já que eu não tenho chefe, eu preciso me cobrar. Eu uso esses aplicativos para me cobrar.
12Minutos: Tem alguns feedbacks que a gente tem no 12Minutos. É algo que as pessoas precisam ter produtividade, mas querem se informar da mesma forma, usam constantemente. Você usa o 12Minutos também?
Tallis Gomes: Eu uso demais, sou um tremendo usuário do 12Minutos. Já comprei lá sem falar com ninguém. Eu falei, “pô, esse negócio é bom demais”, porque o negócio é o seguinte, eu gosto demais de ler, só que ler toma muito tempo, eu não sou um leitor tão rápido, não consigo ler livro tão rápido assim, então eu demoro, sei lá, uma semana para ler 200 páginas, basicamente é isso, tem gente que lê em um dia, eu não consigo. A forma que eu prefiro para adquirir conhecimento geralmente é vídeo, funciona melhor para mim e o 12Minutos caiu como uma luva, porque aí entre o vídeo e a leitura tem o áudio, eu sempre fui muito fã de áudio. E eu falava, há muito tempo eu falei, sinto muita falta de um audiobook em português com um livro resumido. Porque de repente eu não sei se o livro é tão bom mas me passa um resumão aí, para eu ver só o que ele fala. E aí, dependendo do que ele fala, pô, realmente vale a pena, eu quero ler. Isso aí foi uma degustação do conteúdo. Eu sou fanzaço do 12Minutos por causa disso.
tallis gomes nada easy 12 minutos
O livro do Tallis Gomes, “Nada Easy”, já está disponível no 12Minutos!
Se você ainda não faz parte do 12’, cadastre-se hoje e tenha acesso a centenas de livros que são atualizados toda semana e formatados como microbooks e audiobooks.
Confira também o podcast 12’ Heroes. Você vai conferir entrevistas com as pessoas que você mais admira e descobrir como elas conquistaram o sucesso! Toda segunda-feira, às 8h, você confere episódios novos.




Os livros preferidos do visionário Elon Musk

Já falamos muito de Elon Musk no Carro Elétrico. Fizemos até uma biografia sobre Elon Musk que, na falta do livro mais completo sobre o sujeito, é uma boa introdução ao empreendedor e seus principais projetos.
Repassando: Elon Musk é CEO da Tesla Inc., da SpaceX, da Neuralink e um dos fundadores do PayPal. É conhecido como um titã multibilionário de energia alternativa, seja na produção dos carros elétricos mais poderosos e modernos ou das baterias residenciais mais eficientes. Também como promotor internacional da reciclagem (adotada como modelo industrial em sua GigaFactory, que eventualmente será 100% movida a baterias recicladas) e do desenvolvimento humano, contribuindo com pesquisas científicas que visam aprimorar o combate a transtornos psíquicos e neurológicos.
Além disso, pretende instalar a primeira colônia marciana e desenvolver um sistema operacional de telepatia embutido ao cérebro. De fato, não se trata de um empresário qualquer. Aqui mesmo no Carro na Tomada, já falamos sobre as baterias residenciais e carros elétricos da Tesla, a GigaFactory e o próprio Musk com detalhes, muitas vezes sem conter nosso espanto com a tremenda ambição (e a tremenda eficácia) de seus projetos.

Elon Musk

Mesmo assim, tudo o que falamos ainda não é o suficiente

E, para sermos honestos, dificilmente será: Musk continua quebrando paradigmas e se reinventando a cada dia, inovando e mostrando caminhos imprevistos. A empreitada marciana parece louca, mas o sucesso do homem até o momento transforma céticos em crianças que sonham com viagens espaciais novamente.
Para compreender sua filosofia de vida e negócios, é preciso se debruçar sobre os vários aspectos e hobbies dele. Quem não tem curiosidade de entender melhor a cabeça de Elon Musk?
Segundo o próprio Musk, um de seus hábitos mais produtivos e importantes de sua vida e carreira profissional é a leitura, que ele pratica desde a infância, quando ainda era um menino tímido e frágil, ostracizado por outras crianças, seja com a leitura de livros de ficção científica ou quadrinhos. Mais velho e experiente, Musk se tornaria um leitor ainda mais voraz, devorando boa literatura enquanto retirava lições fundamentais para os negócios e amadurecia sua visão de mundo.
Sabe o que ele responde quando lhe perguntam como ele aprendeu a construir foguetes? “Eu leio livros”.
A leitura é uma das práticas mais saudáveis para o nosso intelecto, nossa cultura, nossa consciência e mesmo nossa empatia: os melhores livros são capazes de nos inspirar a ponto de nos tornarmos seres humanos melhores.
Musk credita muito de seu sucesso às leituras feitas no decorrer da vida. Este artigo comenta algumas delas, sempre tentando prestar a devida atenção ao modo com que cada leitura pode ter influenciado Elon Musk a se tornar… bom, Elon Musk.
Esperamos que gostem e que este artigo sirva de inspiração para futuras leituras 😉
o guia do mochileiro das galaxias 12 minutos

“O Guia do Mochileiro das Galáxias”, de Douglas Adams

Exercendo o hábito da leitura desde a infância, Elon Musk cresceu sendo influenciado por ideias de livros de ficção científica e fantasia. Segundo uma entrevista para a NPR, um de seus livros prediletos é o Guia do Mochileiro das Galáxias.
Até hoje o empresário crê piamente que o livrinho contém ideias mais interessantes e proveitosas do que, por exemplo, as de algumas das maiores obras de filosofia moderna. Talvez porque, apesar do cinismo ocasional repontando aqui e ali, os livros de Adams possuem uma positividade e um bom humor que faltariam a filósofos como Nietzsche e Schopenhauer. Sem com isso sacrificar sua inteligência e seus mergulhos recorrentes em questões existenciais e metafísicas.
A saga O Mochileiro das Galáxias de Douglas Adams consegue reunir dois elementos aparentemente díspares com uma maestria e uma agudeza de observação sem paralelos: comédia e ficção científica.
No primeiro livro da série, O Guia do Mochileiro das Galáxias, quando o planeta Terra é destruído pela raça alienígena Vogon, não exatamente maligna, mas “desagradável” ao extremo (além de insensíveis, os Vogons são os piores poetas do cosmos), o britânico Arthur Dent é um dos pouquíssimos seres humanos a conseguirem evadir a tempo de não serem aniquilados junto ao planeta, graças ao seu amigo alienígena Ford Prefect, um coletor de informações para o Guia do Mochileiro das Galáxias, a enciclopédia mais abrangente do universo.
Os dois, depois com o acréscimo de novas companhias que surgem no caminho, embarcam em diferentes aventuras em busca de… Well, depende. Às vezes do melhor lanche da galáxia, às vezes de um supercomputador divino capaz de responder absolutamente qualquer pergunta.
Este computador, aliás, sabe a resposta para o sentido da vida. E a resposta é 42. O problema é que Douglas Adams nunca nos diz qual é a pergunta.
Com esta passagem do romance, Musk compreendeu que certamente tudo tem uma resposta: o difícil é saber articular a pergunta certa. Um ensinamento que ele levou para o resto da vida e nós também deveríamos levar.
O Guia do Mochileiro das Galáxias tem tradução para o português pela Editora Arqueiro. Você pode conferir a página do livro aqui.
o senhor dos aneis 12 minutos

“O Senhor dos Anéis”, de J.R.R. Tolkien

Outro livro importantíssimo de sua infância e adolescência foi a trilogia O Senhor dos Anéis do grande mestre da literatura fantástica J.R.R. Tolkien. Bíblia de todo nerd, os livros (Sociedade do Anel, As Duas Torres e O Retorno do Rei) seguem a jornada do hobbit Bilbo Bolseiro e seu inseparável companheiro Samwise até o vulcão de Mordor, onde o amaldiçoado e poderoso Um Anel do maligno Sauron poderá ser por fim destruído e trazer paz para a Terra-Média, o mundo ficcional habitado por elfos, orcs, uruk-hais e dragões criados pela imaginação incomparável de Tolkien.
Você pode não ter lido, mas sem dúvida conhece a história.
Como Musk contou em um artigo para a New Yorker, os heróis destes livros (e dos livros da saga Fundação, de Isaac Asimov) sempre sentiam um dever de salvar o mundo. É possível que desde cedo tal ambição, tão altruísta e honrosa, tenha repercutido na mente de Musk. Isto explica como seus empreendimentos, embora também lhe brindem com lucros fora de série, explicitam um desejo nobre de transformar o mundo em um lugar melhor para todos nós.
Elon Musk pode não ter as habilidades com a espada de Aragorn ou a magia de Gandalf, mas seu heroísmo não deve ser subestimado.
As edições da trilogia no Brasil ficaram a cargo da Martins Fontes e podem ser conferidas no site da editora. Recomendamos as promoções que aparecem com alguma frequência em lojas virtuais como a Submarino e a Amazon.
fundação 12 minutos

“Fundação”, de Isaac Asimov

Diga aí: talvez nós estejamos no auge da civilização, não é mesmo?
Não que seja uma utopia, claro. Nunca é. A desigualdade social é monstruosa, havendo um abismo na qualidade de vida entre o Haiti e os Estados Unidos, só para citar um exemplo óbvio. No entanto, o mundo em geral tem tecnologia, comunicação, transporte, conforto e segurança como nunca antes. Estamos hiper-conectados e hiper-informados. Temos satélites orbitando o planeta. A cada dia que passa, encontramos novas soluções para problemas que pareciam insolúveis. Curas para doenças que pareciam incuráveis. Sim, pode ser que estejamos no auge ou pelo menos chegando lá.
E é aí que o perigo da queda começa a nos ameaçar.
Na série de livros da Fundação de Isaac Asimov, que se passa num futuro distante em que um Império Galático se encontra ameaçado segundo as previsões de um cientista psico-histórico (ciência fictícia inventada por Asimov que juntaria história, matemática e sociologia e seria capaz de analisar estatísticas e deduzir acontecimentos que desestabilizem o futuro). A civilização tenta sobreviver a todo custo.
Parece louco, não é? É um pouco, sim. E absolutamente viciante.
Com a série da Fundação, podemos fechar o conjunto de livros mais reverenciados por Musk em sua infância (e que continuam seus favoritos). Em entrevista para o The Guardian, Elon Musk afirma que este é um dos melhores livros que já leu. Também comentou no Twitter que havia relido e achado brilhante.
Além disso, segundo a própria entrevista para o The Guardian, graças aos livros de Asimov, o engenheiro se deu conta da natureza cíclica das civilizações, sugerida por lições de história. De fato, romanos, sumérios e egípcios são exemplos paradigmáticos de civilizações que estiveram no topo, mas eventualmente entraram em declínio e ruíram.
No caso de um mundo globalizado como o nosso, quais seriam as verdadeiras consequências de um declínio civilizatório? Projetos como a Tesla e o SpaceX, que pretendem respectivamente acabar com a indústria de combustíveis fósseis e instalar uma colônia em Marte, e todos os alertas para a ascensão das inteligências artificiais, demonstram que Musk tem uma verdadeira preocupação em evitar uma distopia. E assim como os protagonistas de Fundação, conta com a ciência como aliado mais importante.
A edição mais recente (e completa) dos livros da Fundação no Brasil é da Editora Aleph, especializada em ficção científica. Confira aqui.

structures 12 minutos

“Structures: or why things don’t fall down”, de J.E. Gordon

Livro que ajudou bastante o autodidata Elon Musk em seus projetos da SpaceX, Structures foi escrito pelo acadêmico James Edward Gordon, um dos fundadores da biomecânica e da ciência de materiais.
Trata-se de um livro de engenharia com linguagem bastante acessível que explica, de forma mais compreensível para leigos, o porquê de certos projetos de engenharia como pontes suspensas conseguirem se manter de pé, apesar do tráfego pesadíssimo dia após dia, e quais princípios físicos e biomecânicos permitem o lançamento bem-sucedido de um foguete.
Essencial para a compreensão de elementos básicos de engenharia para grandes obras, Musk afirmou em uma entrevista para a KCRW que este livro é muito, muito bom se você procura por uma introdução bacana a design estrutural.
Por não usar uma linguagem excessivamente técnica, e com a recomendação de Elon Musk servindo de chancela, já temos o bastante para dedicar um olhar atento ao livro. Em breve, ele terá uma tradução para o português no 12min, em versão de microbook.
superintelligence 12 minutos

“Superintelligence: paths, dangers, strategies”, de Nick Bostrom

Embora não seja uma obra de ficção, este livro de Nick Bostrom, professor da Universidade de Oxford, é tão assustador quanto os livros mais terríveis de H.P. Lovecraft e Shirley Jackson.
Discorrendo sobre o risco que uma inteligência artificial avançadíssima representaria para a humanidade, Bostrom demonstra que, por mais incríveis que sejam nossos avanços na área, é preciso tomar extrema caução para não engendrar uma consciência que, além de verdadeiramente humana num nível mental/intelectual, possua recursos para nos destruir.
Os seres humanos se preocupam acima de tudo (e com razão, tudo bem) com o que outros seres humanos farão. Afinal, já não foram tantos momentos em que um desastre nuclear parecia iminente? O que dizer da troca de ofensas e ameaças entre Donald Trump e Kim Jong-un? Contudo, Bostrom crê que a displicência na engenharia de inteligência artificial pode criar um inimigo ainda mais poderoso e inesperado.
Elon Musk já revelou em muitas ocasiões o temor que alimenta em relação a IAs e seu poder. Inclusive que poderiam levar a uma 3ª Guerra Mundial. Assim, Superintelligence com certeza não foi uma leitura muito tranquila para o magnata, que viu alguns de seus maiores medos serem confirmados como possibilidade por uma autoridade no assunto.
No Twitter, Elon Musk escreveu que “Superintelligence vale a leitura. Precisamos ter muito cuidado com Inteligências Artificiais. Potencialmente mais perigosas que bombas nucleares”.
Esse também ganhará em breve uma versão de microbook em português no 12′. Basta votar através da wishlist.
benjamin franklin 12 minutos

“Benjamin Franklin: uma vida americana”, de Walter Isaacson

Pelas mãos do famoso biógrafo Walter Isaacson, a vida pessoal e profissional do cientista, escritor e político Benjamin Franklin foi retratada com detalhes no livro Benjamin Franklin: uma vida americana (que recebeu uma edição primorosa no Brasil pela Companhia das Letras).
Isaacson vai dos anos iniciais à morte de Franklin, aos 84 anos, concentrando sua atenção no homem por trás do mito e na sua participação crucial na independência dos Estados Unidos. Empreendedor como Musk e um de seus heróis pessoais, a biografia do ícone norte-americano entrou para lista de leituras mais importantes do CEO da Tesla.
Em 2011, Musk tuítou sobre sua leitura da “grande biografia de Benjamin Franklin por Walter Isaacson. Altamente recomendada”. Posteriormente, em uma entrevista disponível no YouTube para Kevin Rose, ele tornaria a ressaltar como a biografia de Benjamin Franklin o inspirou de modo profundo e inesquecível.
E este não seria o único livro de Walter Isaacson a ter impacto em sua vida.
einstein 12 minutos

“Einstein: sua vida, seu universo”, de Walter Isaacson

Biografia completa de um dos cientistas mais influentes do século XX, Einstein: sua vida, seu universo conta a trajetória brilhante de Albert Einstein. Seus percalços profissionais, amorosos, suas origens, sua (falta de) religião e o impacto de suas descobertas no campo da Física Teórica.
É um livro incrível para qualquer interessado em Física ou em grandes personalidades da História, já que Einstein é uma das prestigiosas figuras que ajudam a moldá-la.
Na entrevista supracitada em que Musk elogiava a biografia de Benjamin Franklin, o bilionário também fazia uma referência a este outro livro de Isaacson e comentava que foi muito influenciado por ele. Assim como no caso da biografia de Franklin, isto faz sentido demais: não estamos falando apenas de geniais cientistas, mas seres humanos incríveis, que acharam caminhos inexplorados e revolucionários que fariam a humanidade avançar. Como o próprio Musk, que pretende seguir a estrada pavimentada por grandes homens que vieram antes dele e deixaram sua marca.
Este livro também foi editado pela Companhia das Letras
Gostou deste breve resumo sobre os hábitos de leitura de Musk? Por que não compartilhar ele com aquele seu amigo viciado em tecnologia e informação? 😉
Quer ir além dos hábitos de leitura e conhecer um pouco mais da vida e da obra do empreendedor serial? Recomendamos a leitura deste artigo!
________________________________________________________________________________
Esse texto foi escrito pela equipe da Carro Elétrico.




Como estabelecer metas alcançáveis na vida e no trabalho

Você tem sonhos? Todos nós temos. Todos queremos algo específico para nossas vidas pessoais e profissionais. Mas por que apenas alguns chegam lá?

Existem muitos fatores que definem o sucesso ou o fracasso. Que geram movimento ou estagnação. Mas uma coisa é certa: se você não tem metas, não irá a lugar algum.

A meta é uma ferramenta poderosa, porque ela nos dá foco. Ela molda os nossos sonhos e isso nos permite avaliar e definir os caminhos necessárias para alcançar o que queremos.

Assim, saber como estabelecer metas faz toda a diferença. Porque a meta é a bússola que nos mantém na direção desejada, sem que fiquemos andando em círculos, perdendo tempo, energia e confiança no próprio sonho.

Mexa-se

metas

Para a maioria das pessoas, definir metas e objetivos alcançáveis não é uma missão fácil. Algumas vezes, chega a ser assustador. Você certamente já experimentou esse sentimento.

E é provável que também já tenha negligenciado a sua tarefa.

Você não é o único. O que não pode acontecer é fugir dessa responsabilidade pra sempre, se você realmente quer fazer o seu sonho sair da sua mente e se transformar em resultados.

Porque o sucesso, seja na vida pessoal ou profissional, começa com um sonho, uma ideia, uma vontade de ser, ter ou estar… Mas as conquistas somente serão comemoradas se você decidir botar a mão na massa e trabalhar.

Mas, antes de agir, você precisa saber exatamente o que fazer, quando e como.

7 passos para você estabelecer metas

1. Avalie o seu momento atual

Como estabelecer metas se você não sabe qual o ponto de partida e para onde você vai?

Ou seja, não dá para pensar em futuro, sem antes entender claramente o presente e qual o seu nível de satisfação com a sua vida pessoal ou profissional atual.

Reflita sobre isso com calma. Faça anotações. Questione a si mesmo o que está dando certo, o que precisa ser mudado. Isso vai ajudá-lo a enxergar a situação de maneira objetiva e lhe dará subsídios para definir onde quer chegar.

2. Identifique o seu sonho principal

Você parou para pensar sobre sua vida? Então, certamente, já sabe que existem muitos sonhos guardados. Alguns são claros como a neve, outros permanecem escondidos. E tem os sonhos que você deixou pra trás em algum momento da sua vida.

Você certamente identificou muitos sonhos. Sonhos para sua vida pessoal, finanças, família e para sua carreira. E um monte de outros. Não despreze nenhum deles.

Não faça autocensura. Não parta do princípio de que o seu sonho é bobo, impossível, ultrapassado… Isso não existe.

Reflita sobre cada um deles. Deixe seus pensamentos voarem livres, sem pressa de agir. Faça isso por uma semana, duas… mas não fique a vida inteira pensando, pensando e pensando. Uma hora você terá que ter atitude.

Agora que você identificou todos os sonhos, defina prioridades. Pense sobre o que você deseja mais e que realmente lhe emociona. O que faz você sentir o sangue correr nas veias…

Busque respostas para questões como: o que eu amo fazer e me realiza como pessoa e como profissional? O que eu quero ter? Quanto eu quero ganhar e quanto eu posso investir? O que eu quero aprender?

Mantenha papel e caneta ao seu lado. Anote tudo. Lembre-se que detalhes podem ser relevantes nesse processo de como estabelecer metas poderosas.

3. Estabeleça a sua meta

Meta

Em primeiro lugar, lembre-se que os objetivos mais importantes são os seus. Foque em você e não nas pessoas com as quais você convive ou relaciona. É a sua vida, o seu sucesso e a sua felicidade que estão em jogo.

Existem regras que definem uma meta. Ela deve ser desafiadora, específica, mensurável, realista, ter um tempo definido, estar alinhada com os seus valores e, principalmente, alcançável. Entenda melhor:

  • Desafiadora: a meta deve levar você para além da sua zona de conforto, ser emocionante e apresentar desafios.
  • Específica: a meta deve ser clara, sem gaps que prejudiquem o seu entendimento e atrasem os resultados.
  • Mensurável: significa que sua meta possa ser medida e avaliada com consistência.
  • Realista: se você tem um metro de altura, não adianta querer ser um jogador da seleção brasileira de basquete. No entanto, ser realista não significa deixar de ser extraordinário.
  • Ter tempo definido: coloque prazo e corra contra o relógio para cumpri-lo. Um grande objetivo pode ser dividido em partes menores, com tempos específicos para cada uma.
  • Alinhada com seus valores: se você definir uma meta que vá na contramão dos seus valores, mais adiante alguma coisa vai dar errado.
  • Alcançável: uma meta deve ser desafiadora, mas não ao ponto de se tornar inatingível. Metas impossíveis geram frustrações, exaustão e afetam a motivação.

4. Arrisque

metas

A maioria das pessoas enxerga o novo como ameaça e desenvolve repugnância em relação às incertezas. Faça o contrário e não deixe que o medo do desconhecido paralise você.

Uma frase do ex-treinador Bill Walsh é muito interessante. Ele disse: “se o seu por que é forte o suficiente, você descobrirá como!”.

Se existe alguma coisa que não está clara em sua meta e que possa prejudicar o seu percurso, dê um jeito de resolver isso rápido. A incerteza do que tem pela frente leva pessoas a deixarem para trás os seus sonhos.

Clareza é fundamental para a motivar você a dar alguns passos adiante, certeiros e na direção do sonho.

5. Compartilhe

Garanta que mais alguém conheça as suas metas. Ou seja, conte com essa pessoa (ou mais de uma) para dar um empurrãozinho quando as coisas começarem a andar pra trás.

Metas e objetivos poderosos podem, ainda, ter responsabilidades compartilhadas, criando-se assim uma rede de suporte extremamente valiosa.

6. Monitore

Metas

O seu processo de como estabelecer metas correu redondinho. Você fez tudo certo: avaliou o contexto atual, definiu prioridades e partiu para a ação. Ótimo. Agora é hora do acompanhamento.

Verifique se o seu plano está se desenvolvendo como previsto. Faça isso semanalmente, ou pelo menos uma vez por mês. Mas faça.

Adaptações podem ser necessárias, então, seja flexível e remova ou contorne os empecilhos no meio do caminho. Aprenda, também, a tirar proveito das oportunidades que vão aparecendo.

7. Busque informações

Alguma coisa deu errado e você não sabe o que fazer? Corra atrás de informações. Leia muito, faça cursos, inspire-se em casos de sucesso, converse com outras pessoas.

E o mais importante, aplique o que você aprender. “O conhecimento é apenas poder potencial. Ele se torna poder somente quando, e se, está organizado em planos de ação definidos” – Napoleon Hill.

Lista de Tarefas

Realmente, para muitas pessoas, o processo de como estabelecer metas soa como algo difícil, longe de ser alcançado.

Alguns autores apontam um caminho que pode amenizar essa pressão. Eles recomendam pensar em metas como tarefas com prazos definidos. Pronto. Agora ficou mais fácil. Mãos à obra!

Lembre-se que a leitura é sempre uma ferramenta de apoio poderosíssima. Nos livros, você encontra informação, inspiração, motivação, conhecimento… Enfim, os ganhos são imensuráveis.

Nós, do 12min, selecionamos alguns dos melhores best-sellers para você. Veja:

Sonho Grande – de Cristiane Correa

como estabelecer metas

Uma história fantástica. Assim podemos resumir a trajetória profissional do trio Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira. Juntos, eles transformaram um sonho grande em um império bilionário.

O trio adotou um modelo vencedor de gestão baseado na meritocracia, simplicidade, educação e redução de custos. Uma fórmula que revolucionou o capitalismo brasileiro e deu projeção internacional ao negócio.

O livro Sonho Grande, de Cristiane Correa, conta essa trajetória de sucesso. Uma história de dedicação, disciplina e muita vontade de crescer.

10X: A diferença entre o sucesso e o fracasso – de Grant  Cardone

como estabelecer metas

A premissa do livro é simples: para obter performance máxima em sua vida e alcançar o sucesso, é preciso se dedicar mais do que o homem médio. Ou seja, você precisa se esforçar 10 vezes mais do que os outros e condicionar seu cérebro para alcançar o sucesso. Além do esforço, é preciso disciplina e foco.

Você nunca terá o sucesso que busca se não acreditar em sua importância e confiar que é sua total e única responsabilidade alcançá-lo. E lembre-se: não existe um estoque limitado de sucesso no mundo. Para alguém se tornar bem-sucedido, outra pessoa não precisa fracassar.

Empresas Feitas Para Vencer – Jim Collins

como estabelecer metas

Por que algumas empresas alcançam a excelência e outras não? O best-seller de Jim Collins apresenta inúmeros exemplos reais de organizações que saíram do status de medíocres ou até mesmo ruins, para excelentes.

Em sua pesquisa, o autor analisou dados financeiros, artigos e uma extensa base de dados corporativas de grandes empresas americanas. Segundo Collins, essas organizações de sucesso além de alcançar uma qualidade, elas conseguem se manter nesse patamar de superioridade.

Esse é um livro imperdível para quem busca sair da zona de conforto, seguir a meta e comemorar o sucesso.

Boa leitura e ótimos aprendizados!

E, então, você curtiu esse post sobre como estabelecer metas? Está preparado para dar os primeiros passos? Deixe o seu comentário! E aproveite para compartilhar esse post com os seus amigos na rede social!




Trabalhe 4 horas por semana e ainda seja rico

Nós somos fãs do trabalho do Tim Ferriss aqui no 12’. Ele é escritor e já teve obras publicadas que chegaram à lista de bestsellers do New York Times – uma delas é seu primeiro livro, Trabalhe 4 Horas por Semana.
Trabalhe 4 Horas Por Semana
O título é autoexplicativo e você já deve estar com a pulga atrás da orelha. Como assim trabalhar apenas 4 horas? Acredite: é possível incorporar as técnicas do Tim ao seu dia a dia e ser mais feliz no trabalho, além de ganhar tempo.
O autor acredita em lifestyle design: nós podemos projetar nosso estilo de vida agora e não precisamos esperar a aposentadoria para viver de verdade. Para quem quer viajar o mundo ou fugir de um emprego monótono, a obra é essencial.
Hoje vamos falar um pouco sobre o livro, o que aprendemos com ele e o que você pode fazer para encarar o trabalho da melhor forma. Vamos lá?

A riqueza do tempo e da mobilidade

Em Trabalhe 4 Horas por Semana, Tim explica que você não precisa ser milionário para ser considerado rico. Algo parecido com os ensinamentos do livro Pai Rico Pai Pobre. Mas para o autor, a verdadeira riqueza está em duas coisas: tempo e mobilidade. Quem tem isso, tem tudo.
A questão chave é que você não precisa dos milhões de reais, mas das coisas que esse dinheiro pode comprar – viagens e tempo livre, por exemplo. O livro foca, portanto, em como você pode fazer para ter tempo e mobilidade sem necessariamente ser um grande herdeiro.
São 4 pilares na estratégia:

  • Definição: substitua as premissas que o bloqueiam.
  • Eliminação: aprenda a ignorar o que não importa e ganhe tempo fazendo isso.
  • Automação: aprenda a ganhar dinheiro no piloto automático.
  • Libertação: crie sua independência de localização e trabalhe de qualquer lugar.

Por causa das iniciais, vamos chamar esses 4 pilares de atitude DEAL. Quem tem atitude DEAL é considerado “novo rico” por Tim Ferriss – ou seja, quem não é exatamente rico, mas tem tempo e mobilidade.

Primeiro passo do Trabalhe 4 Horas por semana: definição

O primeiro passo do DEAL é a Definição. O novo rico tem uma mentalidade de realizar agora e tem uma atitude diferente frente à vida que define sua auto imagem. Para se definir e reprogramar a sua atitude, você deve seguir estas abordagens:

Faça agora

O novo rico nunca deixa as coisas para amanhã. Sempre saindo da sua zona de conforto, tem coragem de tomar decisões e agir rapidamente. Quem tem atitude DEAL não sonha em parar de trabalhar, mas em ter pessoas trabalhando para ele.
O foco aqui nunca é na ideia de não fazer nada, como seria com uma aposentadoria. O novo rico planeja “mini aposentadorias” durante a vida e tem aventuras constantes. Muitas vezes, a liberdade vale mais do que o ativo financeiro em si. Você não deve querer apenas o dinheiro, mas a capacidade de controlar seu próprio destino.

Fuja do convencional

Se você deseja ter uma vida diferente da maior parte das pessoas, sua atitude também deve ser diferente da maioria delas. Em Trabalhe 4 Horas por Semana, Tim explica que, para isso, você deve absorver alguns conceitos:

  • Esqueça a aposentadoria: seu sonho não deve ser parar de trabalhar. Se for, está gastando sua juventude e seus anos mais valiosos fazendo algo que não gosta.
  • Não valorize sacrifícios: se é possível alcançar mais resultados fazendo menos, escolha essa opção!
  • Não espere permissão: estamos sempre em busca de validação. Deixe isso de lado e pare de esperar que os outros digam quando você deve fazer o que quer.
  • Foque nas suas forças: construa algo em cima das suas habilidades que são fortes por natureza.
  • Crie tempo para fazer o que você quer: a ideia de Tim em Trabalhe 4 horas por semana não é que você tenha mais tempo para descansar, mas sim mais tempo ativo, para fazer o que você gosta, quer e sonha.
  • Dinheiro sozinho não resolve: mais dinheiro não significa vida melhor.
  • Entenda sua renda relativa: se você trabalha 4 horas por mês e ganha R$4000, você é duas vezes mais rico que o cara que trabalha 240 horas por mês e ganha R$120.000
  • Considere que o estresse pode ser bom: se estar estressado tira você da zona de conforto, ótimo!

Supere os medos

Não se paralize quando vir algo de que tem medo! Pergunte a si mesmo: qual a pior coisa que poderia acontecer? Com a resposta na ponta da língua, é hora de criar um plano para se recuperar caso os medos se tornem realidade.

Defina uma nova realidade

Vá atrás de objetivos ambiciosos. A maior parte das pessoas busca resultados medíocres, o que aumenta a competição pelas coisas medíocres e cria oportunidade para aqueles que querem fazer coisas incríveis.

Segundo passo do Trabalhe 4 Horas por semana: eliminação

Agora vamos falar sobre eliminação de desperdícios. Tim acredita que o mais importante não é ser eficiente ou ágil, mas ter foco:

Foque no que é importante

Tim Ferriss sugere que para escolher o que é de fato importante na sua vida você utilize o princípio de Paretto, também chamado de regra 80/20. Ele diz o seguinte: na maioria das situações, 20% do trabalho produz 80% dos resultados. Por isso, concentre-se naquilo que tem mais impacto, os 20%.

Elimine os desperdiçadores de tempo

Como dissemos acima, o tempo é uma das verdadeiras riquezas que podemos ter. Trabalhe quatro horas por semana eliminando os os maiores desperdiçadores: e-mails bobos, telefonemas desnecessários, reuniões, etc.
Para eliminá-los, desligue suas notificações e cheque e-mail poucas vezes ao dia. Reuniões só quando for preciso tomar alguma decisão e nunca entre naquelas em que você é desnecessário.

Terceiro passo do Trabalhe 4 Horas por semana: automação

Essa é outra parte essencial para quem deseja trabalhar apenas 4 horas por semana: criar fontes de renda automáticas.

Faça outsourcing da sua vida

Estamos vivendo em uma época em que criar um negócio que rode sem muito envolvimento seu é bastante fácil. Você pode, por exemplo, usar empresas de terceirização para escalar sua capacidade operacional.
Mas mesmo tarefas mais complexas e em constante evolução podem ser terceirizadas e você pode entregar o negócio nas mãos de especialistas, tornando o seu papel bem menor.

Encontre novas ideias e oportunidades

Em Trabalhe 4 Horas por Semana, Tim sugere que você utilize a maior quantidade de tempo sobrando para encontrar novas fontes de receitas, com novas ideias e oportunidades.
Uma das formas de fazer isso é criando um novo produto. Vender algo que já existe é fácil, mas traz resultados piores. O ideal é criar algo totalmente novo e colocar no mercado.

Quarto passo do Trabalhe 4 Horas por semana: libertação

trabalhe 4 horas por semana 12 minutos 2
Depois de criar fontes de renda que trabalhem para você, chegou a hora de aproveitar a independência conquistada.

Gerencie através da ausência

Aprenda a fazer cada processo do seu negócio para poder terceirizá-lo. Mas é importante manter a comunicação ativa e eficiente com quem trabalha com você. Além disso, dê às pessoas autonomia para tomar decisões, pelo menos aquelas que são de baixo risco.

Suma do escritório e viaje o mundo

Caso você ainda tenha um emprego, peça demissão. Não tenha medo: demissões não são permanentes e sempre existem opções caso você mude de ideia. Se você está se demitindo para fazer algo que você acredita, seu currículo vai ficar mais interessante, a ponto de você nem precisar tanto dele mais.
Em Trabalhe 4 Horas por Semana, Tim dá a ideia de pensar nos 20 a 30 anos de aposentadoria que você teria e dividi-los ao longo das nossas vidas, em intervalos de 6 meses.
É uma visão contrária das férias, que normalmente diz que devemos esperar o ano todo para ter tempo, ir a uma cidade e voltar para casa. É possível ter várias aposentadorias durante a vida.

Como trabalhar 4 horas por semana

Como você pode ver, as ideias de Tim Ferriss são libertadoras. Ele mostra um jeito de colocar as coisas para rodarem sem depender de você e conquistar a liberdade que as pessoas comuns acreditam que pertence apenas aos mais ricos.
Claro, você não precisa seguir todas as instruções. Procure aplicar aquilo que combine com a sua vida e o faça mais feliz.
Se desejar saber mais sobre o livro “Trabalhe 4 Horas por Semana”, não deixe de ler o microbook na plataforma do 12’. Basta começar o seu trial aqui! Você também pode ouvir o audiobook Trabalhe 4 Horas por Semana, para aproveitar os ensinamentos enquanto está em viagem, por exemplo.

Happy reading!




Conheça a história do empreendedor e visionário Elon Musk

Criar habitats para os seres humanos em outros planetas e luas. Essa é uma das ambições de Elon Musk.
O The New York Times deu a Elon Musk o título de “empreendedor mais bem sucedido e importante do mundo, sem dúvidas”. Isso é óbvio, já que ele talvez seja a única pessoa a ter começado quatro companhias que valem bilhões de dólares (PayPal, Tesla, SpaceX and Solar City). Mas dizer que ele é apenas um empreendedor é jogar para baixo.
Em uma recente entrevista para a Rolling Stone, ele resumiu outros objetivos, que incluem converter carros, casas e indústrias para a energia renovável e acabar com o congestionamento das cidades construindo túneis e trens de alta velocidade.
Poderiam ser metas de um país inteiro, mas é o que um só homem pretende fazer. Claro, com a ajuda de engenheiros, matemáticos e físicos entre os mais inteligentes do mundo. Mas ainda assim, movidos pela visão desse empreendedor.
São tarefas que ninguém arrisca tentar. Imagine que ele investiu em mercados sobre os quais não sabia nada: carros elétricos, energia solar e foguetes. Não é o que os livros de negócios normalmente recomendam! Mas também não se trata de uma pessoa comum, que seguiria padrões comuns.
De acordo com Elon Musk, nossas personalidades talvez sejam 80% naturais e 20% estímulo. Não importa qual é a proporção exata: para compreender tudo que ele e suas empresas vêm fazendo, é necessário compreender seu passado e sua relação com o mundo.
Para ajudar nisso, temos a biografia Elon Musk, escrita por Ashlee Vance, em 2015. Confira alguns insights interessantes da obra a seguir e tente entender um pouco mais sobre quem é Elon Musk.

Elon Musk

Origens de Elon Musk

Elon nasceu na capital da África do Sul, Pretória, filho de Errol e Maye Musk e irmão mais velho de Tosca e Kimbal Musk. Pouco antes de completar 18 anos, ele se mudou para o Canadá, conseguindo uma cidadania pela mãe canadense, e começou a faculdade.
Depois de dois anos na Queen’s, em Ontario, ele pediu transferência para a Universidade da Pensilvânia e, junto com as festas normais de um estudante de faculdade, se destacava nas aulas.
Entre os trabalhos realizados na época, está um artigo detalhado chamado de “a estação de energia do futuro”, que consistia em enormes matrizes solares no espaço, transferindo energia para a terra via microondas.
É importante destacar que o plano sempre foi trabalhar com internet, energias renováveis, espaço e tecnologia, o que no futuro mudaria o mundo. Não era exatamente ganhar dinheiro. Só aos 24 Elon Musk foi morar na Califórnia, dando play no seu grande plano de empreendedorismo, fundando a Zip2 com seu irmão Kimbal.

A Zip2

No Vale do Silício, Elon fez estágios em duas empresa: Pinnacle Research Institute, que explorava maneiras de utilizar ultra capacitores em veículos elétricos e híbridos e a Rocket Science Games, que estava começando a passar os jogos dos cartuchos para a então novidade, os CDs.
Apaixonado pelo lugar, ele convenceu o irmão a se mudar para lá e lançar a Zip2. A intenção era ser um classificado de restaurantes, lojas de roupa, cabeleireiros e outros negócios. Como se fosse um Google Maps primitivo, um diretório ligaria informações sobre os serviços destes negócios a um mapa.
O problema é que vender catálogos em um diretório online era muito difícil no final de 95. O time de vendas lutava, mas ninguém estava comprando. Em 1996, os irmãos receberam 3 milhões de dólares de investimento.
Eles então utilizaram o investimento para criar um software que seria vendido para os jornais, permitindo que os classificados ficassem online. A partir daí, o negócio só cresceu e foi comprado pela Compac por 307 milhões.
Com o dinheiro da venda, Elon Musk não sossegou.

A X.com e o PayPal

Com o dinheiro da venda, Elon abriu a X.com em 1999. Antes da virada, a empresa conseguiu uma licença para iniciar sua operação bancária. Foi lançado, então, um dos primeiros bancos online do mundo. Nos dois primeiros meses, 200 mil clientes foram adquiridos.
O sucesso chamou a atenção de outros empreendedores e surgiu a Confinity, criada para que os donos dos Palm Pilot pudessem enviar dinheiro utilizando a tecnologia infravermelho disponível em seus aparelhos.
Quando perceberam que o mercado era pequeno, a Confinity começou a se focar na internet e em como fazer pagamentos por e-mail. Seu novo serviço ficou conhecido como PayPal.
Já em março de 2000, as duas empresas uniram forças e recebeu mais um gás de investimentos. Em 2001, a empresa foi renomeada para PayPal e já estava gerando $240 milhões por ano em receitas.
Em 2002 (ufa!), o eBay comprou a PayPal por 1,5 bilhão de dólares. Elon Musk ficou com 250 milhões.

SpaceX e Tesla

Várias pessoas escolheriam a aposentadoria. Com essa bolada, seria possível viver até o fim da vida e ainda sustentar várias gerações. Mas o plano de Elon nunca foi esse – ele quer mudar o mundo.
Foi por isso que com o dinheiro ele criou a SpaceX e a Tesla.
Para isso, se juntou a intelectuais de ambas áreas, carros elétricos e viagens ao espaço, além de estudar exaustivamente. Ele descobriu que poderia usar um foguete com tamanho médio para lançar pequenos satélites e cargas de pesquisa a um custo mais barato do que os que eram cobrados na indústria aeroespacial.
A SpaceX começou com um prédio de 7 mil metros quadrados em Los Angeles e começou a trabalhar na construção de foguetes comerciais. O primeiro plano era levar uma carga de 650 kg para o espaço por 6,9 milhões (outras empresas faziam por 30).
Mas não era fácil realizar algo que ninguém tinha ao menos tentado. Só depois de muitos meses de tentativa e erro, em março de 2006, o primeiro foguete da SpaceX, o Falcon 1, voou para o céu e explodiu vinte segundos depois. Os restos da explosão se espalharam pelos prédios da SpaceX.
Já a Tesla Motors foi fundada por dois engenheiros, mas recebeu investimento de Elon Musk e ele se tornou o principal acionista. Mexendo alguns pauzinhos e acionando contatos,o time da Tesla abriu seus escritórios em um depósito de 1000 metros quadrados em San Carlos e começou a desenvolver a tecnologia de carros elétricos.
Em janeiro de 2006, a Tesla captou mais uma rodada de investimentos, levantando mais 40 milhões de dólares. Musk investiu mais 12 milhões no negócio. O primeiro carro, o Roadster, foi anunciado ao mundo em julho de 2006. O carro andava cerca de 400 km por carga da bateria. O preço era de 90 mil dólares para o mercado.
Mas quando os analistas financeiros estudaram o plano de negócios da Tesla, eles perceberam que custaria de 170.000 a 200.000 para construir cada carro que era vendido por cerca de $90,000 ao consumidor final.

A (quase) falência de Elon Musk

A partir daí, muitas coisas começaram a dar errado. A Tesla começou a perder dinheiro e a SpaceX fracassou em sua segunda tentativa de lançamento. Para completar, o ano era 2008 – crise. A fortuna de Elon Musk estava desaparecendo.
Isso sem contar a vida pessoal de Elon, que estava passando por um divórcio de sua primeira esposa. Para consertar o problema e não perder as empresas, ele conseguiu um contrato para 12 lançamentos com a NASA para a SpaceX e a Tesla foi levantada com um empréstimo de 40 milhões.
Em resumo, é o que vemos hoje. A Tesla só cresce, a SpaceX (apesar de alguns tropeços) segue firme em sua missão de levar o ser humano para morar em Marte.
Isso, porque não citamos a SolarCity ainda: a empresa, também lançada por Elon Musk, trabalha com energia solar e tem sido parceira da Tesla na construção de baterias e postos de carregamento melhores.
Ou mesmo a Boring Company, que está construindo túneis subterrâneos para melhorar o transporte a preços nunca antes vistos.

Elon Musk não para

É bem difícil se manter informado sobre tudo que Elon anda fazendo. Mas toda essa história explica um pouco da sua persistência e vontade de mudar o mundo. Ele está aqui para fazer grandes coisas e não vai parar, provavelmente até o fim da vida.
Não deixe de conferir o microbook baseado na biografia na plataforma do 12min! Assim, você fica sabendo mais sobre quem é Elon Musk enquanto viaja e sonha com um futuro mais brilhante.
Você também encontra por aqui os hábitos de leitura dos bem sucedidos, para você se inspirar 😉




12’ Heroes: entrevista com Vitor Peçanha

Co-fundador e CMO da Rock Content, autor, palestrante e um dos caras mais legais do mundo do marketing de conteúdo. Se você ainda não conhece o Vitor Peçanha ou quer conhecer melhor sua história, confira nossa entrevista com ele!
Peçanha nos contou um pouco de sua trajetória até fundar a Rock, sobre seu livro “Obrigado pelo Marketing”, revelou quem são os caras que ele mais admira ou acompanha e até deu dicas de produtividade.
Esse bate-papo está também disponível no nosso podcast, o Heroes.

12minutos: Querendo ou não, você ficou conhecido pelo marketing de conteúdo, pelo marketing digital, mas como começou a história do Peçanha no mundo do marketing? Como você entrou nessa área?
Vitor Peçanha: Cara, isso é uma história bem interessante porque sabe que só quando depois que você… no futuro só que você entende, conecta os pontos do passado, assim? Eu acho que a minha história foi levemente peculiar, pelo seguinte, hoje o meu foco é marketing digital, comecei inclusive em marketing de conteúdo, mas quando eu entrei na faculdade, eu fui fazer publicidade. Eu fui fazer publicidade e minha ideia é que eu viraria um publicitário desses que fazem campanhas bacanas na Globo e ganham prêmios bacanas em Cannes.

12minutos: Provavelmente o sonho de todo estudante.
Vitor Peçanha: O sonho de todo estudante de publicidade. Só que aí o que aconteceu, eu lá, fazendo publicidade, antes de fazer publicidade, eu fazia segundo grau técnico, que é ensino médio e técnico – já acabei de dedurar a minha idade, mas tudo bem – em administração e um pouco de economia. Então, pensa, você vai lá fazer publicidade, e está lá estudando publicidade e de repente você descobre que assim, “cara, mas falta número aqui”. Por mais que a parte da criatividade, a parte de vender uma ideia, uma imagem é legal,  faltava métrica, faltava número e isso me incomodava bastante, sabe? Eu herdei isso da administração e da economia e eu falei “cara, não dá para ser publicitário”. Eu fiquei 2 meses como publicitário só, oficialmente eu saí da faculdade com 2 meses como publicitário, falei, “cara, não dá”. E, em paralelo, eu sempre gostei muito de tecnologia, então desde que eu sou criança eu sabia programar em Basic, no MSX, para quem tem idade para lembrar disso aí, mas eu sempre gostei muito de tecnologia, a internet veio naturalmente. E eu já fazia freela. Fazia freela de fazer site, fazia sistemas em Php. O meu primeiro site eu fiz aos 16 anos de idade assim, isso já tem bastante tempo. E quando você junta tudo, naturalmente você vai criando um caminho, então pensa, eu gostava de números, eu gostava de publicidade, no sentido de propagar e divulgar um produto, e eu gostava de tecnologia. Então juntando isso tudo eu acabei indo para o lado do marketing digital, foi quase um caminho natural agora que você olha em retrospecto, mas alguns anos atrás eu nunca ia saber que isso tudo ia se conectar dessa maneira assim. Mas deu tudo certo e é um caminho que eu estou muito satisfeito de ter seguido, sabe?

12minutos: Legal. E, querendo ou não, isso tudo culminou na fundação da Rock Content, não é? Eu sei que você já participou do Startup Chile, como outra startup.
Vitor Peçanha: Sim, exato.

12minutos: O resultado dessa experiência, desse trabalho do marketing foi fundar a Rock Content, não é?
Vitor Peçanha: Isso, o que aconteceu foi bem isso assim. Quando eu defini que eu iria para o lado de marketing digital e tecnologia, eu naturalmente comecei a me envolver no mundo das startups. Então logo antes de fundar a Rock Content eu já trabalhava como consultor de marketing digital, eu ajudava algumas startups com umas questões de métrica, marketing digital em geral. Cheguei a ser gerente de produto numa rede social aqui de Belo Horizonte, chamada Via6. Só que no meio do caminho, eu lá trabalhando como gerente de produto, começou um projeto de uma startup antes da Rock Content, que chamava Text Corner, que é no mesmo espaço, era contratação de redator freelancer, mas para os meus próprios sites, para as minhas próprias propriedades de mídia. Com esse projeto, em 2012 eu fui para o Startup Chile e fiquei 7 meses lá e foi ótimo, porque foi quando eu pude me dedicar exclusivamente para um projeto meu. E no final do Startup Chile eu estava com uma startup que estava indo bem, mas dependia do Google para fazer dinheiro, a gente tinha que “rankear” bem no Google, se o Google mudasse um algoritmo, a gente estava numa situação muito frágil. E o Panda já tinha rodado e já tinha afetado muitos sites. E os meus sócios hoje, o Diego e o Edmar, estavam com uma outra startup, que era um projeto muito legal de um algoritmo de otimização de palavras-chave, mas que também dependia ali de informações do Analytics que corriam o risco de serem barradas ou de o Google limitar o acesso, que foi o que aconteceu. Então assim, numa sacada legal nossa, a gente falou, “vamos juntar e pegar o que tem de bom dos dois lados e montar uma empresa que vai focar em gerar conteúdo, sim, com mais foco na qualidade, mas para o marketing de conteúdo”, que era algo que a gente já estava acompanhando e viu que ia ser grande e não se falava muito disso no país. Então a gente viu uma oportunidade legal, fizemos uma pesquisa com as startups estrangeiras e nos inspiramos nos modelos de algumas para montar a Rock Content, em março de 2013.

12minutos: É, uma das coisas que eu acho mais interessante é o blog, o rockcontent.com/blog que, querendo ou não, é uma das principais ferramentas de marketing da Rock, falando um pouco mais sobre o Peçanha escritor.
Vitor Peçanha: Legal.

12minutos: Como foi criar esse blog, alimentar esse blog, desenvolver ele?
Vitor Peçanha: Então, a gente pensou assim, a primeira coisa que a gente pensou foi “cara, se a gente vai fazer marketing de conteúdo para os nossos clientes, a gente tem que ser o melhor em marketing de conteúdo para a gente. Então vamos pensar assim, a gente tem que ser referência, porque se a gente não conseguir fazer nem para a gente, imagina fazer para os clientes”. Então as nossas primeiras ações, na verdade a primeira mesmo nem foi um blog, não, foi um ebook. Era um ebook que já tinha sido escrito pelo Diego para a startup anterior dele, a gente só pegou esse ebook e usou na Rock Content para geração de lead. E foi quase em paralelo, o blog foi criado junto com o nascimento da empresa. E os primeiros meses da empresa foi realmente um foco muito grande em “como a gente vai fazer para atrair as pessoas, como a gente vai escrever textos que as pessoas gostem”. Então nós, os fundadores da empresa, os primeiros funcionários, todo mundo lá estava numa missão de escrever, deixar o blog atualizado, escrever ebook pelo menos uma vez por mês. A gente era responsável por toda essa criação de conteúdo, dedicava um bom tempo para isso, para o marketing e também para a aquisição de clientes em geral, como vendas também, entendeu? O nosso primeiro foco foi marketing em vendas, então conteúdo está no nosso DNA desde o dia 1 e é aquela coisa, vai aprendendo, crescendo devagar. E acabou que eu fui pegando o jeito, óbvio, fui aprendendo como é que funciona. E uma coisa que eu fui me inspirando no exterior, em outras startups, em outras pessoas que eu admiro no mundo do marketing digital foi, cara, à medida que você for fazendo o conteúdo, uma das coisas que funciona muito bem é você assinar, é você dar a cara, é você se colocar como autoridade no assunto, não é? Então eu comecei a fazer testes em outros canais, sendo que um dos principais deles, que hoje traz ótimos resultados para a gente é o YouTube. Eu tenho um canal no YouTube com mais de 25 mil assinantes, eu acho que bateu 25 mil, e que foi um teste, uma coisa que eu fazia de madrugada, porque era o horário que sobrava, mas sempre naquela premissa, “cara, eu vou fazer um conteúdo bom para a galera”. Eu me inspirei no Rand Fishkin da Moz, ele tem um Whiteboard Friday lá. Comecei a fazer em paralelo com todo o dia a dia de blog, ebook etc., sem conseguir mídia direito, no experimento, mas hoje os resultados são ótimos, a gente investe cada vez mais em vídeo, agora a gente até profissionalizou isso bastante aqui, tem uma videomaker, tem um time que ajuda, sabe?

12minutos: Você também já escreveu muitos dos conteúdos que estão no blog, não é?
Vitor Peçanha: Nossa, demais.

12minutos: Alguns conteúdos que trouxeram mais resultados, mais clientes para a Rock como marketing de conteúdo, marketing digital, inbound marketing são os seus posts.
Vitor Peçanha: Sim, o nosso post mais famoso, que mais gerou resultado para a gente fui eu que escrevi, que é o de marketing digital. E aí já foi uma estratégia SEO mais avançada, a gente já sabia melhor o que estava fazendo e deu super certo, tanto que é um dos cases que eu apresento nas minhas palestras.

12minutos: Entendi, e, querendo ou não, escrever esse livro foi uma evolução natural de escrever esses posts longos e que trazem resultado para a empresa, mas de onde surgiu a ideia de escrever esse livro? Como foi esse processo?
Vitor Peçanha: A ideia de escrever um livro surgiu há muito tempo. Quando eu comecei essa coisa de aparecer publicamente e quando você começa é difícil. O primeiro vídeo que eu publiquei, por exemplo, a primeira vez que eu mostrei a minha cara, sabe quando você olha para o botão “publicado” e fala, “nossa, mas que vergonha, isso não está bom, mas não quero nem saber”, aí você clica?

12minutos: Vamos ver o que vai acontecer, não é?
Vitor Peçanha: Vamos ver o que vai acontecer, cara. Aí foi e aí eu comecei a fazer, fui aprendendo a falar com a câmera, a escrever melhor, tudo isso. Então você começa a falar assim, “eu estou fazendo esse conteúdo todo, eu estou aprendendo tanto”, ia ser muito legal se conseguisse sintetizar isso tudo num livro, não é? Sabe, tipo aquele ditado, você tem que plantar uma árvore, escrever um livro. No meu caso, eu tenho uma sobrinha, já tenho a sobrinha, então resolveu. E então assim, eu sempre tive essa ideia de consolidar, até porque é bom para mim, é muito bom para a empresa. Se você parar para pensar, cara, eu escrevi um livro bom, que vende bem, ajuda a gente a se posicionar como referência, porque o livro conta casos e a história da Rock Content. Então eu estava nesse processo, eu já tinha essa ideia, estava aqui na minha cabeça e à medida que você vai fazendo conteúdo o tempo todo, você se acostuma com essa rotina de fazer conteúdo, isso começa a sair mais naturalmente. Aí eu comecei a escrever o livro assim sem muito compromisso. Aí eu fui convidado para um evento, para palestrar num evento, e tinha um cara lá que era da Editora Saraiva, que o meu livro é pela Saraiva, apesar de usar o selo Benvirá, que também é da Saraiva. E ele falou assim, “Peçanha, eu queria te conhecer, cara. Eu sou muito fã do seu trabalho” etc. etc. Eu falei, “que legal, coincidência você vir falar comigo, porque eu estava pensando em escrever um livro”. Ele, “cara, feito”. Foi aí que começou, sabe? Então foi até curioso, até mesmo a oportunidade para eu fazer o livro foi meio que inbound assim, o cara que curtiu o meu conteúdo veio atrás de mim, não é? E aí a partir daí foi todo o processo, isso já tem quase um ano que está nesse processo de lançamento do livro.

12minutos: Entendi, é um bom tempo de desenvolvimento, não é? Quanto tempo mais ou menos você levou para escrever essa versão que vai ser publicada?
Vitor Peçanha: Então, cara, isso aí foi complicado. É uma coisa que você aprende. Eu fechei o contrato, etc., mais ou menos lá para novembro. Aí eu virei para o time da Saraiva e falei assim, “beleza, eu quero lançar esse livro em outubro”, que é o RD Summit, que é um evento referência. Falei, “tem muito tempo”, aí a mulher lá, a editora, “beleza, então sai em outubro e entrega em março”, eu, “o quê? Ela, “tem que ser em março, cara”. Então eu basicamente demorei 4 meses para escrever o livro, entregar a primeira versão.

12minutos: É, aí tem aquela interação, o feedback dos editores.
Vitor Peçanha: Tem interação, a editora fez um trabalho fenomenal em melhorar a minha escrita, a Tatiana, da Saraiva. Então foi interação etc. e a versão final do livro mesmo, tipo “está aqui pronto para ser impresso”, agora faltam só umas questões técnicas lá, tem uma semana, entendeu? Então, basicamente, 4 meses de escrita, assim eu fiz uma planilha, fiz um gráfico, todo dia eu tinha que escrever X palavras, foi bem intenso, mas com uma vantagem, que foi que quase tudo o que eu escrevi lá, é óbvio que eu fui buscando alguns dados para me embasar e para dar exemplos, busquei alguns parceiros para falar dos cases deles, mas quase tudo lá veio da minha experiência, sabe? Então foi fácil estruturar, foi fácil escrever.

12minutos: É, escrever um livro deve ser um desafio e tanto, deve dar um trabalho.
Vitor Peçanha: Nossa senhora.

12minutos: Quais foram os seus maiores desafios para fazer esse livro acontecer, para realmente escrever e desenvolver ele?
Vitor Peçanha: Cara, eu acho que de longe foi conseguir escrever no prazo que me foi dado, entendeu? Eu dei sorte que já tinha começado antes, eu já tinha alguma coisa escrita mas o tempo foi a maior dificuldade. O conteúdo mesmo não foi um desafio para mim, isso aí foi uma coisa que foi fácil, na verdade.

12minutos: Foi bem natural, não é? De certa forma.
Vitor Peçanha: Foi bem natural e eu já sabia tudo o que eu estava falando, então o que me pegou foi que eu tive até que escrever um pouco menos. Mas uma coisa que eu aprendi com a editora, como eu disse, querendo ou não, eu estou muito acostumado a escrever para internet. Quando você escreve para internet, você escreve muito do jeito que você fala, por mais que seja gramaticalmente correto etc., não cabe muito bem no livro, então ela mudou muita coisa. Eu aprendi muito nesse processo.

12minutos: Isso é bom também, que te ajuda a escrever mais e melhor no futuro, não é?
Vitor Peçanha: Exato, exato, um aprendizado muito grande. E depois eu comecei a escrever do jeito que ela queria, do jeito que é o mais adaptado para um livro e foi um desafio também. Toda vez que eu escrevia um negócio, eu mentalizava, “ôpa, não. Vou reescrever, vou revisar mais” e aumentou muito a qualidade do livro.

12minutos: E já tendo escrito e também lido tanta coisa sobre o marketing, sobre o marketing de conteúdo, o marketing digital, como escolher o que colocar nesse livro, como escolher o que escrever em cada parte, em cada seção? Como funciona esse processo para você?
Vitor Peçanha: Legal. No final das contas, depois de mais de 4 anos com experiência de marketing de conteúdo, vivendo isso todo dia, o que aconteceu? A gente tem uma metodologia aqui na Rock e essa metodologia já é meio clara aqui dentro, então o que eu fiz, eu peguei essa metodologia, que tem um processo desde você montar a sua estratégia até você executá-la, até você mensurá-la, e isso virou os capítulos do meu livro. Então o que eu fiz foi basicamente explicar uma metodologia de maneira bem clara e bem extensa e inserir nessa metodologia minhas experiências, o que eu aprendi, o que eu já fiz, buscar cases de clientes nossos, parceiros nossos tendo sucesso em algumas partes específicas dessa metodologia e inserir lá, para mostrar também que eu não estou só falando algo que eu joguei no Google. Então eu conto, por exemplo, eu estou falando sobre vendas, eu falo rapidamente sobre vendas, eu falo, “a Rock Content passou por 3 estágios na sua história sobre vendas: aqui a gente fazia desse jeito… Não façam o primeiro jeito, a gente aprendeu que não é para fazer, eu fiz por vocês”, entendeu? Então assim é uma metodologia contextualizada no aprendizado que levou a essa criação, então eu já tinha meio que na cabeça o básico, a sequência básica de conteúdos, depois foi só indo mais em detalhes e inserindo as histórias e tudo o que tornasse a leitura mais interessante.

12minutos: Então os leitores podem esperar várias dicas práticas e vários conhecimentos para aplicar no negócio deles com marketing de conteúdo?
Vitor Peçanha: Vai, é um livro bem prático. É um livro quase técnico, entendeu? Na verdade, é um livro que passa longe do motivacional. É para virar um guia mesmo, eu chamo de um guia. “Eu quero”, não sei, “estou querendo montar uma estratégia de redes sociais”, vai lá no capítulo de redes sociais, lê tudo o que você precisa para montar estratégia. “Não sei como medir o resultado de uma ação”, você vai no capítulo de métricas e vê o que você precisa.

12minutos: E de onde veio o título “Obrigado pelo Marketing”?
Vitor Peçanha: Cara, esse título, eu começo o livro contando a história desse título. Porque um dos princípios do marketing de conteúdo é o seguinte, se o seu conteúdo não gera valor para o cliente, você não vai conseguir ter resultado, está certo? Porque você só vai atrair as pessoas a partir do momento que elas gostam do que você faz, elas estão procurando pelo que você faz. Então, em 2015, cara, eu sei o momento que foi exato em que eu pensei no contexto. Foi em 2015, no próprio RD Summit em 2105, a gente já não era mais anônimo, a Rock Content não era tão grande quanto é hoje mas eu já tinha muita gente que seguia meus conteúdos. Não era a primeira vez que alguém me agradecia pelo meu trabalho, mas eu estava lá no meio daquele estande, aquela bagunça, aí veio uma menina conversar comigo, uma mulher, e falando assim, “Peçanha, cara, muito obrigada, você me ajudou muito, que legal o que você fez, eu adoro os seus conteúdos”. Eu só parei, falei assim, “véio, que foda”, eu até escrevi assim no livro e peço perdão depois, mas falei assim, “que foda”, “porque virou um sucesso”, eu falei, “eu estou fazendo o meu trabalho, eu estou alcançando o meu objetivo de gerar negócio, não estou fazendo nenhum altruísmo aqui mas estou sendo agradecido por isso”. É uma coisa muito legal de perceber, que fala assim, no meu trabalho de gerar negócio para a minha empresa, eu tenho de gerar valor para os outros e as pessoas estão me agradecendo por isso, independente de se tornarem clientes ou não. Aí eu falei, cara, isso é muito legal. Então no final das contas eu até brinco assim que uma das características do marketing de conteúdo é você ter que fazer um marketing tão bom, mas tão valioso, que as pessoas vão te agradecer por fazer o seu próprio trabalho. Isso não acontece em muitos lugares, em muitas profissões. Então a ideia do título do livro vem daí.

12minutos: Realmente é algo raro para muita gente, mas eu já vi que isso acontece com você meio regularmente. Eu já vi umas postagens no Facebook, no Instagram, de você tirando foto com pessoas que chegam para agradecer o conhecimento que você passa para elas.
Vitor Peçanha: Sim, isso acontece o tempo todo, mas esse momento específico e não era a primeira vez que acontecia, mas sabe a primeira vez que você para para pensar sobre isso? Não sei se foi um insight, se foi a loucura de um evento com milhares de pessoas, mas foi o momento que deu aquele estalo.

12minutos: Com esse trabalho, com certeza você vira referência para muitas pessoas, não é? De conhecimento.
Vitor Peçanha: Sim.

12minutos: E quais são os caras referência para o Peçanha? Autores que você gosta, caras que você admira, que você acompanha?
Vitor Peçanha: Cara, eu sigo Rand Fishkin da Moz. Eu acho que a Moz é bem focada em SEO, umas coisas mais técnicas. Eu acho que é importante esse conhecimento. Eu sigo o Brian Dean, da Backlinko, que também é um autor bacana, que também fala de SEO, eu gosto bastante dele. O povo da HubSpot, porque eles é que escreveram o livro, eles é que cunharam o termo inbound marketing, então eles têm o livro sobre inbound marketing, então o Brian Halligan, eu acho que assim eles plantaram a sementinha, então o blog da HubSpot hoje é o maior blog de marketing digital do mundo e é uma referência para mim também. Tem o próprio Content Marketing Institute, do Joe Pullizi, e ele tem o livro “Epic Content Marketing”. São as bases em que a gente construiu tudo, é claro que a Rock e eu aprendi muito no dia a dia mas essas aí são as pessoas que estão falando disso desde antes de mim, eu acho que é bom mencionar todos eles como a base, e o meu dia a dia de consumo de conteúdo em marketing passa muito por eles.

12minutos: É, inclusive o “Marketing de Conteúdo Épico” está disponível no 12minutos, inclusive eu reescutei esses dias, é um livro bem legal. Quem quer começar no marketing de conteúdo ou dar uma revisitada, é um livro indispensável. Agora, a pré-venda do seu livro “Obrigado pelo Marketing” está marcado para ser lançado em outubro. Tem várias coisas legais, várias parcerias interessantes.
Vitor Peçanha: Sim, claro. Cara, então, eu estava até conversando isso com a minha… quando eu estava lá com o povo do marketing da editora, eu falei com eles, “galera, eu vou abrir uma pré-venda, eu preciso subir o livro no e-commerce de vocês”. Eles, “mas pré-venda você faz em uma semana antes”. Eu falei, “não, eu vou fazer marketing do jeito certo”. Aí eu fiz um estudo bem grande assim de pessoas que lançaram livro por conta própria, como fizeram para vender bem. Pessoas que usaram estratégias de growth, de viral para vender muito, para gerar demanda. E eu montei uma estratégia de pré-venda, para quê? Se eu quero vender muito, mesmo antes de lançar, com essa ideia de escassez, eu tipo posso, “se você comprar até essa data, você vai ter vários benefícios que quem comprar depois não vai ter”. Aí eu estou usando várias estratégias do marketing. Então por exemplo, “olha, eu estou dando benefícios. Você tem acesso a um curso da Universidade da Rock Content, que geralmente a gente vende por R$497,00. Você vai ter acesso a um mês do SEMrush”, que é uma ferramenta de SEO que a gente usa muito, que um mês custa R$600,00, mas para que eu vou liberar um mês? Aí nesse um mês vamos fazer webinar para treinar, para ensinar as pessoas a fazer pesquisas de palavras-chave e ter resultados. Eu fiz parceria com vocês aí do 12Minutos, então “você ganha aí 90 dias de acesso ao 12min”. Eu fiz parceria com o MediaPost, para ganhar 5 mil disparos de e-mail, que é algo que geralmente eles cobram. Então é colocar muito valor em um período limitado, para falar, “olha, eu vou gerar uma urgência em você, para você ter esses benefícios. O livro vai chegar autografado”. Então isso é uma estratégia de marketing. Eu estou fazendo teste, é a primeira vez que eu faço, mas já está dando bons resultados. Eu montei uma comunidade no Facebook e lá eu vou compartilhar alguns conteúdos exclusivos. É gerar também essa comunidade ao redor do interesse do marketing de conteúdo, do marketing digital, sabe? A gente tem que esperar mais alguns meses para ver o resultado final, mas eu tenho certeza que vai ser bom. A gente está com um planejamento muito bacana aqui.

12minutos: Querendo ou não, é mais um case para mostrar para os seus seguidores como aplicar o marketing de conteúdo, não é?
Vitor Peçanha: Sim, sim. Eu estou documentando. Tudo o que eu faço, eu estou documentando. Tudo vira conteúdo nesta vida.

12minutos: Quem quiser receber uma notificação por e-mail de quando esse livro estiver disponível como microbook é só entrar no site do 12minutos e procurar “Obrigado pelo Marketing”. Coloca o seu e-mail e recebe uma notificação de quando ele estiver disponível lá.
Vitor Peçanha: Isso. E vocês têm uma página de votação aí também, não é? Para ver quais serão os seus próximos livros disponibilizados.

12minutos: Sim, sim.
Vitor Peçanha: Isso, passa o link aí para a galera, para votarem em mim lá.

12minutos: É isso aí, todos esses links vão estar disponíveis aqui em baixo na inscrição. Para você entrar, votar “Obrigado pelo Marketing”. Peçanha, me conta aí, e o futuro? Mais livros?
Vitor Peçanha: Cara, se eu sobreviver a esse, mas, assim, tudo indica que eu vou sobreviver, eu quero, é óbvio que é uma coisa que eu gostei, espero que dê muitos resultados e eu acho que vai ser uma questão de pensar no assunto, aprender muito. Eu acho que pelo menos por uns 6 meses eu vou ter muito feedback de todo mundo que comprar o livro. Eu vou anotar isso tudo, eu tenho mais assunto para falar na hora de marketing digital, ou então talvez ir para o lado empreendedorismo, não é? Porque, queira ou não, a Rock Content é uma referência em startup no Brasil. Não vai ser minha prioridade, a minha prioridade é tocar a empresa aqui, então não vai ser uma prioridade, mas eu continuo fazendo conteúdo. Tenho os meus vídeos mensais, tenho a minha certificação em marketing de conteúdo, que está com mais de 30 mil alunos. O meu conteúdo do dia a dia continua. Sim, tenho esse plano no futuro, mas eu vou pensar com mais calma, no futuro.

12minutos: Justo, não é? Cara, aqui no 12Minutos, a gente sempre procura aumentar a nossa produtividade, encontrar aplicativos, encontrar coisas legais e hacks legais para ser mais produtivo. Como você se mantém produtivo? Com certeza, você tem muita coisa para fazer, palestras, livros, textos da Rock, tocar a empresa. O que o Peçanha usa de app de produtividade para agilizar a vida?
Vitor Peçanha: Cara, eu uso o OneNote para tomar notas. A maioria das pessoas usa o Evernote, mas eu tive uma péssima experiência com eles, perdi umas informações importantes, migrei para o OneNote, que é quase a mesma coisa, mas para mim é assim o principal app de produtividade que eu uso no dia a dia, que basicamente no dia a dia e ao redor dele é o Inbox do Google.

12minutos: Eu também trabalho com o Inbox Zero.
Vitor Peçanha: Se é o Inbox Zero todo dia mas assim é muito interessante porque você muda a sua mentalidade. Tipo um e-mail não é mais um e-mail, todo e-mail é uma tarefa e você trata como tal. Aí você usa os princípios do GTD então você vai tratar cada e-mail como uma tarefa e se organizar de acordo com os princípios do GTD. Aí além disso eu crio tarefas que não são e-mail dentro do próprio Inbox. Então ele organiza 90% do meu dia a dia. Assim, eu fico muito tempo com ele aberto aqui, organizando, eu vejo de manhã, depois abro à tarde e aqui a minha vida está organizada. Se ele sumir, eu estou ferrado.

12minutos: É, e querendo ou não, o 12minutos também é um app de produtividade, você usa ele?
Vitor Peçanha: Uso!

12minutos: E como você usa o 12minutos no seu dia a dia?
Vitor Peçanha: Cara, o 12min para mim é o seguinte, eu tenho uma lista de livros que eu quero ler de qualquer maneira e uma lista de livros que eu ainda não sei se eu vou ler. O 12Minutos para mim é uma ferramenta muito boa de descoberta. Então, por exemplo, tem um livro aí que vocês recomendaram, tem algum livro que eu não sei ainda se eu quero ler, eu sempre estou escutando no 12Minutos. Algum assunto que não é um que eu costumo ler primariamente, que é marketing, então eu sou um cara que eu não tenho carro, então eu vou e volto de bicicleta para o trabalho, aqui em Belo Horizonte, vocês têm que saber que Belo Horizonte tem muito morro, então eu demoro um pouco para subir os morros. Então esse é o momento em que eu escuto algum livro, várias vezes por semana. É bem legal.

12minutos: Este é um feedback bem legal que a gente recebe, porque o 12Minutos é uma ferramenta, serve como auxílio também para escolher quais livros comprar, quais são os livros que têm as ideias mais legais, que estão alinhados com o que você quer e precisa ali naquele momento.
Vitor Peçanha: Sim, claro. É por isso que eu acho, é legal a descoberta, não é? Já aconteceu de eu estar lendo um livro, se eu li no 12minutos, falar assim, “cara, gostei” e depois passar para realmente comprar o livro no Kindle, no caso, o livro inteiro.

12minutos: É isso aí. Peçanha, de novo, muito obrigado por você parar esse tempinho para bater um papo com a gente, aqui no Heroes, podcast do 12minutos. Agora no final, fique à vontade para deixar uma mensagem para os seus leitores, falar um pouco mais sobre o seu livro. Vai nessa.
Vitor Peçanha: Nossa, vamos lá. Se você é da área do marketing, você já deve saber que o marketing de conteúdo veio para ficar. E dá uma olhada no meu livro, como eu disse, antes de comprar, se você estiver em dúvida, não me conhecer, leia ele no 12minutos, que você vai ver que realmente é o livro mais completo sobre o assunto em português e principalmente ele traz uma experiência única, que é a experiência Rock Content, que é uma startup que saiu de 3 pessoas para 260 em 4 anos e todo o nosso crescimento foi através de conteúdo. Então, eu acho assim, fazendo o meu jabá aí, eu acho que vale a pena ler o livro. Ele sai em outubro e se você comprar antes disso ainda ganha uma série de benefícios que a gente comentou aí mais cedo.

O livro do Vitor Peçanha, “Obrigado pelo Marketing”, já está disponível no 12minutos!
Se você ainda não conhece o 12minutos, cadastre-se hoje e tenha acesso a centenas de livros que são atualizados toda semana e formatados como microbooks e audiobooks.

Obrigado Pelo Marketing

Confira também o podcast 12’ Heroes. Você vai conferir entrevistas com as pessoas que você mais admira e descobrir como elas conquistaram o sucesso! Toda segunda-feira, às 8h, você confere episódios novos.