Resumo do Livro Por Que Fazemos o Que Fazemos, de Mario Sergio Cortella
O que o leva a acordar cedo todos os dias e ir trabalhar? Essa é uma pergunta que você deve fazer a você mesmo, antes de sair da cama, toda manhã, de acordo com o livro Por Que Fazemos o Que Fazemos?
Se a sua resposta se resume em apenas ganhar dinheiro, então, é hora de acionar o alarme. Ou seja, segundo Mário Sérgio Cortella, isso não é um bom sinal. O autor defende que sua busca diária deve girar em torno de um propósito de vida, em casa e na empresa.
Se você não enxerga razão para fazer o que faz, os sintomas começam logo cedo. Por exemplo, quando o dia amanhece e você não quer sair da cama. No entanto, existem duas coisas a se pensar nesses casos.
Se você quer apenas dormir um pouquinho, depois de um dia movimentado, isso pode ser sinal de cansaço e seu corpo está lhe pedindo algumas horas extras para se recuperar. Mas, se a vontade é de ficar debaixo das cobertas para sempre, então, o seu problema é o estresse.
Por Que Fazemos o Que Fazemos?
Nesta obra, você vai entender que não adianta levar o trabalho apenas como o meio de ganhar dinheiro, sem pensar em projetos que o satisfaça além da parte financeira.
O autor fala também sobre as diversas situações e turbulências que podemos enfrentar em nossa vida profissional, antes de alcançarmos aquilo que queremos por meio da motivação.
Você vai aprender ainda sobre autodesenvolvimento, organizações com propósito, parceria empresa-empregados e vários outros fatores que fazem muita diferença no ambiente de trabalho.
Ficou interessado? Continue com a gente!
Sobre o autor
Mário Sérgio Cortella é filósofo, escritor, educador, palestrante e professor universitário. É muito conhecido por analisar questões sociais ligadas à filosofia na sociedade contemporânea. Ele foi também professor titular do Departamento de Teologia e Ciências da Religião e de pós-graduação em Educação da PUC-SP, além de professor-convidado da Fundação Dom Cabral. Fez o programa “Diálogos Impertinentes” na TV PUC, que recebeu convidados como o filósofo Olavo de Carvalho e o teólogo Carlos Josaphat. Cortella tem obras publicadas no campo da Filosofia e da Educação.
Mas afinal, o que é um propósito?
A palavra “propósito”, em latim, significa “aquilo que eu coloco adiante”, o que estou buscando. Uma vida com propósito é aquela em que eu entendo as razões pelas quais faço o que faço e pelas quais, claramente, deixo de fazer o que não faço.
Por outro lado, quando se vive de maneira automática, robótica, levando tudo numa rotina monótona, trata-se de uma vida banal. Segundo o livro Por Que Fazemos o Que Fazemos, algumas tradições religiosas de variadas vertentes, sugerem perguntas a serem feitas:
- O que fez, fez por quê?
- E, não fez, não fez por quê?
- Fez o quê e não deveria ter feito; por que o fez?
- O que não fez e deveria ter feito, por que não o fez?
Você consegue responder as perguntas acima ou apenas almeja o paraíso profissional?
Ser “livre de” e “ser livre para”
Se você não for livre da fome, da falta de abrigo, da falta de socorro médico, você não será livre para outras escolhas, inclusive, para recusar um trabalho regular e decidir viajar, por exemplo. Assim, de acordo com Cortella, se a pessoa entrar no modo automático, ela iniciará em um processo de alienação, isto é, de perda de si mesmo. Portanto, algo muito forte da natureza do trabalho se perde, a natureza autoral, a sensação de “eu sou o realizador daquilo”.
Tempos Modernos
Certamente você conhece o filme “Tempos Modernos”, de Charles Chaplin. Mas, de acordo com o livro Por Que Fazemos o Que Fazemos, o mais triste nessa história não é o automatismo do movimento da linha de montagem. Mas sim a alegoria de que ele se integra àquela engrenagem, de tal modo que sai do outro lado ileso. É a pessoa deixando de ser humana no cotidiano, para virar apenas uma peça de uma engrenagem.
Você odeia as segundas-feiras?
Se você pensa apenas em ganhar dinheiro, odiar as segundas-feiras não lhe trará prejuízo. Por outro lado, se o objetivo é realização, percepção autoral, reconhecimento, então, você está no emprego ou na função errada.
O autor de Por Que Fazemos o Que Fazemos lembra que toda conquista exige sacrifícios. Mas quem sofre demais com a chegada da segunda-feira não está apenas com cansaço físico. Na verdade, a pessoa não está se encontrando naquilo que faz e precisa rever os seus propósitos.
A encrenca não é dizer “hoje é sexta-feira”. É aguardar esse dia com tanta intensidade que, quando ele chega, não se consegue aproveitá-lo por absoluta ansiedade.
Rotina versus monotonia
Pra início de conversa, você precisa entender que rotina não é sinônimo de monotonia. Assim, o que gera um enfado em relação ao cotidiano profissional é a monotonia, não a rotina.
Por Que Fazemos o Que Fazemos explica que a rotina pode ser, inclusive, altamente libertadora. É ela que permite a organização de uma atividade e, portanto, a utilização inteligente do tempo. Ela garante maior eficiência e segurança naquilo que se faz. A monotonia é a morte da motivação!
A motivação
Motivação é uma porta que só abre pelo lado de dentro. Ou seja, para gerar movimento, é essencial que haja um ponto de partida para algo, um estado interior. No entanto, não se deve confundir motivação com estímulo.
O estímulo é aquela palavra de incentivo apenas e tão somente para darmos um passo, enquanto a motivação nos leva mais longe, nos faz ter um propósito além da próxima tarefa.
E não dá para “bater o pé” e dizer que quer fazer apenas aquilo que gosta. Ninguém pode fazer isso, porque é simplesmente impossível. É uma utopia. Na vida real, haverá muitos momentos em que se dedicar a uma tarefa enfadonha será inevitável. Mas isso não significa que não devemos buscar, na maior parte do tempo, aquilo que gostamos.
Motivação também nos momentos de baixa
A dica aqui é simples: você precisa aprender a viver a restrição. Ninguém gosta disso é claro, mas trata-se de uma parte da formação da carreira de todos nós. Assim, é fundamental encontrar caminhos e compreender que as fases ruins são apenas períodos.
Valores pessoais e os propósitos de vida
A ideia de consciência sobre os propósitos está ligada à noção de valores. Ou seja, quais são os meus valores? O que eu acho que vale e o que eu acho que não vale? A minha vida valerá de que modo? É uma vida com ou sem valia? Que valia eu quero colocar nela? Para que serve essa vida? Qual é o meu papel dentro da estrutura em que atuo?
Quando você conseguir responder a si próprio sobre essas perguntas acima, encontrará o caminho que o leva para o seu propósito, garante o autor de Por Que Fazemos o que Fazemos.
Mas, você não deve parar aí. Por que fazer? E por que não… ? Esses são os questionamento que vêm a seguir. Há coisas que eu posso fazer, mas não devo. E há coisas que eu não faço, porque considero indecentes. E porque acho indigno fazê-las – mesmo que alguém faça e isso seja uma regra não escrita de mercado – eu continuo preferindo não fazer. Isso é o que pauta a ética de cada um, bem mais do que simplesmente buscar uma meta a ser alcançada.
Como usar o seu tempo
Quase todo mundo dedica uma parte significativa do seu tempo com o trabalho. Muitas vezes, você sacrifica horas valiosas que gostaria de usar com a família, amigos ou fazendo algo que dá muito prazer.
O autor de Por Que Fazemos o Que Fazemos acredita que trata-se de uma condição séria. Afinal, quem não gostaria imensamente de ficar muito mais tempo com os filhos, a esposa ou o esposo? Mas, se fizesse isso, não teria os bens à disposição, que permitiriam desfrutar de algumas situações com todos os entes queridos, como a casa, as viagens etc.
Assim, afirma Cortella, essa equação deve ser bem dividida, para que não haja prejuízo em nenhum dos ambientes importantes.
Procrastinação
Quando pensamos assim: “Um dia, quando eu tiver tempo, vou fazer aquilo que gosto.” / “Assim que tiver melhores condições, vou me dedicar ao meu sonho.” Frases dessa natureza são muito comuns em pessoas que alimentam a ideia de um dia se livrarem das atribulações do cotidiano e, enfim, ocuparem-se da atividade de que realmente gostam.
O livro Por Que Fazemos o Que Fazemos ressalta que a humanidade carrega a percepção de que um dia será feliz. Mas essa procrastinação contínua é um distúrbio e não nos leva a lugar algum.
Eu era feliz e não sabia
Isso vale para o nosso cotidiano. Por exemplo, existem muitos profissionais por aí reclamando da vida, do trabalho, da sobrecarga de atividades… No entanto, quando são afastados de tudo isso, eles sentem falta da rotina, do convívio e os aspectos positivos ganham destaque na memória.
Ou seja, no mundo do emprego, o que entendemos como maçante, desagradável, era apenas um componente menor de um movimento muito mais frutífero, garante o autor de Por Que Fazemos o Que Fazemos.
Nessa hora, é necessário lembrar que a constatação “eu era feliz e não sabia” é um sinal de inteligência. Porque nós temos uma consciência que é o tempo histórico, isto é, eu não vivo apenas o tempo, tenho percepção de passado, presente e desejo futuro.
Alterar a rota ou seguir adiante?
A empresa certamente não é local reservado unicamente para conquistas, alegrias, realizações… Existem lá muitos aborrecimentos também. Você sabe disso, não é mesmo!
O que compromete o sabor agradável do trabalho, muitas vezes, é a ausência de reconhecimento, injustiça na promoção, desprezo em relação àquilo que é feito, humilhação no cotidiano, assédio moral, enfim, tudo o que tira de você o prazer, o gosto de estar ali.
Então, que atitude tomar nesses casos? O autor de Por Que Fazemos o Que Fazemos recomenda avaliar se o tipo de dissabor é relevante ou se ele pode ser colocado à margem. Se for decisivo para o seu bem-estar, se não for circunstancial, altere a sua rota e se prepare para uma mudança.
O autodesenvolvimento
Tem muita gente que não fica parado, esperando a empresa investir no seu crescimento profissional. Pelo contrário, essas pessoas tomam as rédeas de suas carreiras e investem no autodesenvolvimento, muitas vezes, com apoio da empresa.
Esse é um pensamento moderno, pois, de acordo com o autor de Por Que Fazemos o Que Fazemos, o desenvolvimento de ambas as partes se multiplica a favor da empresa e do funcionário, mutuamente. E, ao final, todo mundo sai ganhando.
Organizações encantadoras
Existem muitas organizações pelo mundo afora com propósito. Elas são encantadoras. Não ambicionam um ganhar indiscriminado, independentemente, do resultado da ação. De acordo com o livro Por Que Fazemos o Que Fazemos, trata-se de uma postura consequencialista, em que se avalia o lucro também pelo resultado que ele produz na comunidade e não apenas como efeito da negociação de um produto ou serviço. Esse é um lugar prazeroso para se trabalhar, portanto, tem um nível de atratividade maior.
Mão dupla
Uma empresa precisa de lucratividade, rentabilidade, produtividade e competitividade. A sustentabilidade nesses quatro tópicos depende de uma série de fatores: competência em seu setor, tipo de produto ou serviço que oferece, capacidade de planejar-se estrategicamente, equipamentos que dispõe, posicionamento no mercado e a capacidade de analisar cenários futuros.
Mas depende também do modo como ela maneja o estoque de conhecimento que detém, por meio dos colaboradores. Ao investir em educação corporativa, não necessariamente a empresa estará mais bem preparada. Essa relação não chega a ser direta. O contrário, entretanto, é automático: não investir na formação implica em uma perda significativa da competência e da qualidade.
O autor de Por Que Fazemos o Que Fazemos cita a frase: “Se você não acredita que educação é um bom investimento, tente investir em ignorância”. Não existe uma relação direta, linear, entre formação e aumento de competitividade. No entanto, hoje, as organizações que se diferenciam são as que não enxergam o trabalho das pessoas como commodity.
Outros microbooks do autor no 12mim
Então, você gostou dos ensinamentos de Mário Sérgio Cortella – Por Que Fazemos o Que Fazemos, em pdf? No 12min existem outras obras do autor. Anote:
- Filosofia: E Nós Com Isso? – Mario Sergio Cortella
- Vida e Carreira – Mario Sergio Cortella & Pedro Mandelli
- Vivemos Mais! Vivemos Bem? – Mario Sergio Cortella & Terezinha Azerêdo Rios
- A Era da Curadoria – Gilberto Dimenstein & Mario Sergio Cortella
- O Que a Vida Me Ensinou – Mario Sergio Cortella
Se você quer seguir o caminho do crescimento, aposte nos livros! Eles serão sempre seus fortes aliados!
Toneladas de conhecimento
A plataforma 12min tem uma biblioteca rica e variada, e todos os microbooks podem ser lidos em até 12 minutos. Assim, você consegue absorver toneladas de conhecimento, na velocidade que o mundo atual exige.
Se preferir, você pode optar pela versão audiobook, para ouvir os resumos dos livros no carro, na academia, enquanto faz a sua caminhada, isso é, onde e quando quiser.
Os microbooks do 12min estão disponíveis para leitura nos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
Nossas dicas de hoje pra você
Você já sabe: ao final dos nossos posts, nós do 12min sempre preparamos sugestões especiais de leitura para você seguir aprendendo cada vez mais. Por exemplo, que tal se aprofundar um pouco mais nos temas propósito e sentido de vida! Veja:
Propósito, a Coragem de Ser Quem Somos – Sri Prem Baba
Você já se questionou sobre o que veio fazer no mundo? Com esse livro, você vai aprender a pensar sobre esse assunto e sobre os fatos da sua vida que podem estar impedindo-o de seguir o seu caminho.
Propósito foi escrito pelo mestre espiritual brasileiro, Sri Prem Baba. Segundo ele, toda criança nasce sabendo qual é o seu propósito e continua com ele até a juventude. Aos poucos, porém, passamos a acreditar nas vozes externas que insistem em colocar dúvidas em nossos sonhos.
Em um certo momento, nos damos por vencidos, até nos esquecermos de vez do que alimenta o nosso coração e passamos a viver os sonhos dos outros.
O livro Propósito afirma que a fundação da nossa personalidade acontece nos sete primeiros anos de vida. Assim, as crenças instaladas nesse período vão nos influenciar pelo resto dos nossos dias.
Em Busca De Sentido – Viktor Frankl
Viver em um campo de concentração nazista foi uma experiência brutal para centenas de milhares de prisioneiros, durante a Segunda Guerra Mundial. Viktor Frankl é um sobrevivente dessa atrocidade, uma das maiores na história da humanidade. E isso só foi possível porque ele tinha um propósito, sua vida tinha um sentido e, assim, recusou-se a desistir.
A vida no campo de concentração era muito difícil. Os homens e mulheres foram tirados de suas rotinas e se concentravam apenas em sobreviver. E naquele cenário, Viktor Frankl, sua família e os demais prisioneiros eram pessoas comuns. Ou seja, não tinham superpoderes, não eram famosos ou mártires lutando por uma causa.
Da experiência no campo de concentração, Viktor Frankl aprendeu que “não podemos evitar o sofrimento, mas podemos escolher como lidar com ele e encontrar um sentido nele”. E foi no campo de concentração que o autor do best-seller Em Busca de Sentido mudou sua perspectiva sobre o mundo e sobre as pessoas.
Em Busca de Sentido já vendeu mais de 10 milhões de cópias no mundo inteiro.
Boa leitura e ótimos aprendizados!
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