Resumo do Livro Sapiens, de Yuval Harari,
Prepare-se para “viajar” por uma breve história da humanidade. O autor do livro Sapiens, Yuval Noah Harari, nos conduz por fatos marcantes, como o desenvolvimento da comunicação, a revolução cognitiva, a revolução agrícola e a revolução científica. O best seller aborda, ainda, pontos centrais da nossa evolução, para onde ela nos levará e o que nos tornaremos.
Yuval Noah Harari sabe do que está falando. Ele é um professor de História israelense, que levou para casa, duas vezes, o Prêmio Polonsky por Criatividade e Originalidade (2009 e 2012). Ganhou também o prêmio Moncado de História Militar para a Sociedade (2011) e foi eleito para a Academia Jovem Israelita de Ciências (2012). Sapiens está entre os livros selecionados por Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, para seu Clube do Livro online.
O livro Sapiens e a evolução das espécies
É claro que você já ouviu falar da teoria da evolução linear, onde uma espécie de gênero evolui para outra espécie, resultando em uma terceira, até se chegar ao Homo sapiens. Pois, o livro Sapiens explica que ela não é 100% verdadeira.
O que ocorre, segundo Harari, é que muitas espécies do mesmo gênero viveram no mesmo período de tempo, evoluindo e mudando para se adaptarem às suas eras.
Um gênero, explica o autor, é um grupo de espécies que compartilha um ancestral comum. Para os seres humanos, esse ancestral comum é o Australopithecus – que viveu por volta de 2.5 milhões de anos atrás.
Como foi essa evolução
- As nossas raízes estão nas regiões orientais da África.
- Depois de 5 milhões de anos nessa região, alguns seres humanos decidiram vagar por outras regiões africanas, bem como por partes da Ásia e Europa.
- Diversas novas espécies começaram a surgir, com a dispersão da humanidade ao redor do mundo.
- A Era do Gelo dificultou a sobrevivência de qualquer espécie na Eurásia.
- As temperaturas e climas geraram a evolução dos indivíduos mais resilientes das espécies Homo neanderthalensis e Homo erectus.
- O Homo erectus evoluiu por ser muito resiliente e durável, e conseguiu sobreviver por 2 milhões de anos – um recorde para qualquer espécie humana.
- Os seres humanos do leste africano continuaram a evoluir em múltiplas novas espécies. No entanto, nenhuma delas teve tanto sucesso no mundo quanto a Homo sapiens.
- Homo sapiens prosperam até os dias de hoje e se espalharam por todo o mundo.
Vantagens e desvantagens evolutivas do ser humano
Vários fatores relevantes diferenciaram o antigo ser humano dos outros animais de quatro membros. Alguns são positivos, outros não. Veja exemplos que o livro Sapiens PDF destaca:
Habilidade de ficar de pé
Isso deu a todos os Homo genus algumas vantagens:
- Possibilidade de enxergar mais longe do que as outras espécies, tendo assim melhores chances de observar presas ou perigos potenciais.
- Possibilidade de manter as mãos disponíveis para outras tarefas, dando-lhes grande versatilidade que as outras espécies não tinham.
Cérebros maiores do que a maioria dos outros animais
Um mamífero médio de 60 kg tem um cérebro de 200 centímetros cúbicos. O Sapiens, por outro lado, tem um cérebro de 1200 a 1400 centímetros cúbicos, que deu a ele um incrível poder cognitivo.
- Isso teve um alto custo, uma vez que o cérebro precisa de energia para trabalhar. Assim, o grande cérebro das espécies humanas gasta por volta de 25% da energia total do corpo, num momento de descanso, contra 8% dos outros símios.
- Por causa disso dá pra entender porque os seres humanos não eram tão fortes fisicamente, comparados às outras espécies.
Nascimento prematuro
Em relação aos outros mamíferos, os seres humanos nascem de maneira prematura.
- Um recém-nascido humano é frágil e desamparado contra predadores, procurando por uma refeição.
- Outros mamíferos nascem fracos e também precisam de cuidados, mas nem tanto quanto os recém-nascidos humanos.
O livro Sapiens destaca que essas diferenças enfraqueceram os seres humanos como espécie, mas também os diferenciaram. O poder do cérebro era um aspecto enfraquecedor no começo, mas com o tempo se tornou uma das maiores vantagens do ser humano.
A revolução Cognitiva
Por volta de 70.000 anos atrás, os métodos revolucionários para compartilhar informação começaram a surgir entre os seres humanos. Isso permitiu que as espécies reunissem, trocassem e recebessem informação de maneira que os outros animais não eram capazes de fazer, liderando uma grande mudança no estilo de vida da humanidade. Essa mudança é conhecida como a Revolução Cognitiva.
A linguagem era compartilhada também por outras espécies. Por exemplo, utilizando gestos, barulhos e outras ações, os animais comunicavam (e ainda o fazem) informações gerais com seus parentes, sobre predadores próximos ou acasalamento, entre outras.
Esse tipo de comunicação é eficiente, porém, é também muito básico. Ou seja, segundo o livro Sapiens, um animal pode usar sua linguagem para deixar outros animais cientes de que há boas frutas para comer. No entanto, ele não pode dar a localização da fruta sem que vá até o local.
A complexidade da linguagem humana
Os humanos podem usar sua linguagem para comunicar informações específicas, como a localização exata de um predador, a melhor hora para encontrar comida, os perigos de se viajar sozinho em uma área etc.
Outra diferença destacada no livro Sapiens é que a comunicação é normalmente usada para discutir sobre outras pessoas. Os humanos são, por natureza, criaturas sociais e precisam da comunicação e da comunidade para prosperar. Assim, isso trouxe um senso de comunidade aos antigos sapiens.
Além disso, os humanos tinham uma habilidade de reter a informação comunicada, permitindo que gravassem as histórias, o mundo ao seu redor e até mesmo coisas completamente inventadas.
Revolução Agrícola
Os humanos costumavam colher a comida e os recursos naturais à medida que eram encontrados, juntando ou deixando o resto. Os recursos da terra eram numerosos, mas isso mudou drasticamente há 10.000 anos, quando a Revolução Agrícola começou.
No entanto, o livro Sapiens lembra que entre 9500 a 8500 A.C, os humanos começaram a semear plantas comestíveis e a domesticar os animais. Isso evoluiu para um estilo de vida agricultor e foi, na verdade, uma mudança perigosa para os seres humanos em geral. Porque:
- Alterou completamente sua vida diária, incorporando mais trabalho e estresse.
- A quantidade de comida e recursos aumentou, mas isso levou ao desenvolvimento de hierarquias sociais, em que agricultores que trabalhavam duro estavam na base da pirâmide.
- Promoveu o comportamento ganancioso.
- O boom populacional foi tão grande que a humanidade não podia voltar a seus hábitos antigos, mesmo que quisesse.
- Surgiram as grande vilas e os primeiros exércitos de soldados.
A construção do mundo de hoje
Atitudes como juntar comida, escalar árvores e fazer ferramentas básicas eram muito simples ou até mesmo inatas para o homem antigo. No mundo desenvolvido e hierárquico da Revolução da Agricultura, as ações se tornaram muito mais complicadas.
De acordo com o livro Sapiens, o corpo sabia naturalmente como bocejar, como tossir e como escalar, mas não sabia como respeitar seus líderes, cozinhar uma carne ou como encontrar informação. As pessoas precisaram aprender a viver na nova sociedade que os humanos haviam criado.
Assim, os humanos gradualmente desenvolveram maneiras de armazenar informação. Para isso, usaram uma série de símbolos significativos, que mais tarde se tornaram conhecidos como “a primeira escrita”.
Nos últimos séculos dos anos Antes de Cristo, a humanidade estava começando a se agrupar em impérios, que iam se espalhando. Existiam muitos deles, mas ainda era maior o números de grupos de pessoas para serem governados.
No entanto, à medida que essas pessoas eram conquistadas por imperadores gananciosos, elas começaram a se misturar. Isso levou a uma grande redução na diversidade de seres humanos, nesse período de tempo.
Mas o livro Sapiens alerta que a revolução mais impactante ainda estava por vir.
A Revolução Científica
A mudança mais radical na maneira de viver e trabalhar dos seres humanos não é tão antiga. Ela começou há apenas 500 anos. Os avanços nas áreas de tecnologia, poderio militar, inovação e descobertas têm levado a uma nova maneira de promover descobertas. Esses fatores conduziram ao advento da Revolução Científica.
Sob a Revolução Científica, a humanidade consolidou sua dominância sobre o planeta, afirma o livro Sapiens. Uma grande parte do progresso pode ser atribuído à mudança no pensamento científico. Ou seja, a uma vontade da comunidade científica de admitir a ignorância. Isso permitiu que os cientistas procurassem pelas verdades, em vez de simplesmente construir ideias baseadas em premissas que poderiam estar erradas.
Mas, possivelmente, a diferença mais evidente no pensamento científico é a busca pelo poder, garante Harari. Segundo ele, as teorias da ciência moderna não são mais desenvolvidas apenas pelo bem da pesquisa.
Agora, a humanidade investiga coisas com a intenção de usá-las. Inclusive, graças ao progresso científico, atualmente, existe no mundo armamento suficiente para erradicar a humanidade.
A ciência moderna também é usada para direcionar a indústria, desenvolvendo maneiras mais eficientes de trabalhar em diversas áreas.
O futuro da humanidade, segundo o livro Sapiens
Desde o começo, a humanidade tem usado suas vantagens para superar as outras criaturas. Porém, possivelmente, as maiores conquistas da humanidade estão em sua habilidade de superar suas próprias barreiras naturais.
A humanidade poderá prolongar sua vida e encontrar soluções para seus defeitos naturais, criar seres híbridos orgânicos e biônicos perfeitos. Ou seja, coisas que já estão acontecendo.
Contudo, as novas tecnologias irão ainda mais longe. Os avanços de maior relevância estão na biologia. A bioengenharia já permitiu grandes proezas da personalização genética. Por exemplo, mudanças de sexo, partes humanas desenvolvidas em laboratório etc. No entanto, as possibilidades de combinações genéticas vão além do que a maioria da pessoas pode imaginar.
No futuro, a bioengenharia poderá nos dar o poder não só para observarmos os próximos passos da evolução humana, mas também para projetá-los, conclui o autor do livro Sapiens.
Citações de Yuval Harari
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Busca de Sentido – Viktor Frankl
Viver em um campo de concentração nazista foi uma experiência brutal para centenas de milhares de prisioneiros, durante a Segunda Guerra Mundial. Viktor Frankl é um sobrevivente dessa atrocidade, uma das maiores na história da humanidade. Isso só foi possível porque ele tinha um propósito, sua vida tinha um sentido e, assim, recusou-se a desistir. Um livro imperdível!
Boa leitura! E lembre-se de compartilhar esse post com os seus amigos!