11 min de leitura ⌚
Agilidade, equilíbrio e calma são palavras de ordem nos momentos difíceis. Seja na vida pessoal ou profissional. Muitas vezes, é duro contornar um problema. Nesses casos, o livro “33 Estratégias de Guerra” recomenda adotar uma estratégia revolucionária, como solução para quem almeja a vitória.
O autor Robert Greene define estratégia como a arte de olhar para além da batalha e prevê o que vem pela frente. Segundo ele, é preciso concentrar-se no objetivo final e armar as tramas para se chegar lá com sucesso.
O livro estratégias de guerra de Greene apresenta inúmeras situações históricas, políticas, filosóficas e religiosas para exemplificar cada item. São subterfúgios ofensivos e defensivos que funcionaram e continuam valendo como armas eficazes em qualquer situação.
Resumo do Livro
Estratégias de Guerra são muito mais do que estratégias para a luta, mas também para o enfrentamento de resistência ou problemas que podemos encontrar pela nossa frente.
Nesta leitura, falaremos sobre 33 estratégias, sejam elas ofensivas ou defensivas, que ajudaram diversos políticos e países como um todo a sobreviver em situações de guerra.
Com a correta adaptação, você pode trazer todo esse conhecimento para sua vida e aplicar essas estratégias de forma a beneficiar o seu dia a dia.
O assunto Estratégia lhe interessa? Então este é um prato cheio!
Alcance o sucesso diante das adversidades, melhore sua qualidade de vida e vá além com as 33 Estratégias de Guerra.
Conheça as 33 estratégias de guerra
1: A estratégia da polaridade
Declare guerra contra seus inimigos. E a primeira coisa a fazer é avaliar e conhecer o cenário e os seus oponentes: os internos e os externos.
Primeiro, é preciso vencer as próprias dificuldades, como fez Xenophon, na luta contra os persas, em 401 a.C.
O exemplo de inimigo externo vem com Margaret Thatcher, que sempre agiu de maneira implacável frente às oposições.
2: A estratégia da guerra na mente
Não lute a última guerra. Até mesmo as estratégias mais bem estruturadas têm data de validade. Então, mantenha suas táticas modernas.
O livro “33 Estratégias de Guerra” cita um exemplo bem-sucedido de 1605, com o samurai Miyamoto Musashi. Ele desenvolveu um padrão de luta para cada duelo, mas sempre mudava suas táticas para confundir seus oponentes.
3: A estratégia do contrapeso
Em meio à confusão, não perca sua presença de mente. Mantenha o foco, objetivos e confiança. Você precisará disso para vencer suas batalhas de maneira implacável.
Um exemplo histórico de tática agressiva ocorreu em 1801. Lord Nelson lançou mão da confiança e liderança e, desobedecendo seu superior Sir Hyde Parker, derrotou a marinha dinamarquesa.
4: A estratégia “death-ground”
Crie um senso de urgência e desespero. Quando a escolha está entre a vida e a morte, as pessoas lutam com mais garra. Afinal, elas não têm nada a perder.
A quase execução de Fiódor Dostoiévski o ajudou a fazer cada trabalho como se fosse o último. O livro “33 Estratégias de Guerra” lembra que a experiência intimista com sua mortalidade o permitiu vencer as dificuldades da vida.
5: A estratégia do comando e controle
Evite a ideia do pensamento em grupo. Você deve estar no comando, mas busque o equilíbrio: não seja muito autoritário, nem muito fraco.
Durante sua carreira, o general George Marshall definiu um conjunto de protegidos, ensinando-lhes sua filosofia de comando, o que lhe permitiu confiar nas ações dos seus subordinados. Marshall sabia que eles agiriam de acordo com seu estilo e crenças.
6: A estratégia do caos controlado
Segmente suas forças. Unidades menores são mais ágeis, móveis e têm mais habilidade – garante o autor de “33 Estratégias de Guerra”.
Napoleão usou essa estratégia em 1805, quando estava sendo atacado pelas tropas austríacas comandadas por Karl Mack.
Napoleão dividiu suas tropas e forneceu a elas instruções específicas. Assim, cercou as tropas austríacas, que se renderam na Batalha de Ulm, com pouca luta.
7: As estratégias morais
Transforme sua guerra em uma cruzada. As 33 estratégias de guerra sugerem respeitar suas tropa e ser um líder que:
- lute por uma causa;
- lidere pelo exemplo;
- foque na estratégia do time e evite a ociosidade;
- alimente as emoções para alimentar a causa;
- recompense e puna com moderação, mas deixe que o time saiba das possibilidades;
- construa uma história para o time e crie conexões; remova o desafeto.
8: A estratégia da economia perfeita
Lute de maneira econômica, conservando todos os seus ativos. Conheça suas forças e as utilize para enfraquecer o outro lado – militarmente, financeiramente e moralmente.
A Rainha Elizabeth I deu um ótimo exemplo de como explorar os pontos fortes e fracos. Ela subiu ao trono da Inglaterra em 1558, na época em que o país era uma potência militar secundária.
Contrariando seus conselheiros, ela esperou e não se casou com Philip II, da Espanha. Ao invés disso, procurou por maneiras mais sutis de prejudicá-lo. Ela se alistou na marinha real, executando ataques piratas nos navios dele.
Além disso, usou outras técnicas menos convencionais para destruir a Armada Espanhola. A rainha Elizabeth I escolheu cuidadosamente suas batalhas para conservar seus recursos e mostrar sua força superior.
9: A estratégia do contra-ataque
Tenha paciência e espere. Faça com que seu inimigo se mexa primeiro. Assim, você poderá analisar a estratégia dele e contra-atacar, com base nas fraquezas reveladas.
Um exemplo brilhante ocorreu na campanha presidencial americana de 1944. Na tentativa de eleger Thomas Dewey, o Partido Republicano fez inúmeras declarações falsas sobre Franklin Roosevelt.
Ele esperou e não respondeu, até que o dia que que os oponentes comentaram sobre seu cachorro. Roosevelt, então, fez um discurso satírico, defendendo o cachorro e, claro, humilhando Dewey.
10: As estratégias de dissuasão
Crie uma presença ameaçadora. Faça as pessoas pensarem que irão perder e blefe se necessário. As pessoas gostam de uma vitória fácil e não vão atacar se acharem que perderão.
Segundo o livro 33 Estratégias de Guerra, você deve usar a estratégia da intimidação:
- faça manobras ousadas e blefe;
- seja uma ameaça, faça movimentos repentinos, indique agressão;
- mova de maneira irracional, seja imprevisível, aja com loucura;
- alimente a paranoia do seu oponente, indicando capacidades assustadoras;
- mantenha uma reputação ruim, não negocie e seja mau.
11: A estratégia da falta de engajamento
Bater em retirada, quando o seu oponente sabe que você pode lutar, vai provocá-lo e aumentar as chances de alguma atitude irracional por parte dele.
O partido nacionalista de Chiang Kai-shek forçou a retirada do partido comunista de Mao Tsetung, nas fases iniciais da Guerra Civil Chinesa. Essa atitude fortaleceu o apoio aos comunistas, unindo os camponeses. Em 1949, os comunistas derrotaram os nacionalistas.
12: A grande estratégia
Perca as batalhas, mas vença a guerra. Para isso, tenha um plano maior. Olhe além do horizonte do oponente.
Em 1968, durante a Guerra do Vietnam, Von Nguyen Giap executou uma ofensiva em todo o país, durante um feriado. Embora tenha batido em retirada, a ofensiva confundiu os exércitos americano e vietnamita do Sul e enganou a mídia americana.
13: A estratégia da inteligência
Conheça seu inimigo. Entenda como ele pensa, conheça as jogadas dele, mas não permita que as suas estratégias sejam conhecidas.
A invasão britânica no Afeganistão, liderada por Lord Auckland, em 1838, tinha como objetivo destituir o líder Dost Mohammad Khan. O maior erro de Auckland, segundo o livro “33 Estratégias de Guerra”, foi não conhecer os afegãos e nem a cultura deles. Pagou com a própria morte e o retorno de Dost Mohammad ao poder.
14: A estratégia Blitzkrieg
Resistência com velocidade. Faça um começo lento e metódico. Depois siga com um ataque bem planejado e movimentos rápidos e certeiros.
Nessa estratégia, Genghis Khan é um exemplo histórico, quando ele atacou e derrotou o poderoso Muhammad II de Khwarezm, em 1218. Khan começou com uma série pequenas ofensivas, que mais pareciam derrotas. Na sequência, começou ataques mais sérios e rápidos para derrotar Muhammad II.
15: Estratégias de força
Controle a dinâmica e a mente do seu oponente. Seja assertivo. Faça com que se movam em seu território.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Rommel usou unidades menores nos desertos do Norte da África para vencer os britânicos.
Rommel mantinha suas unidades em movimento, como navios no mar, reduzindo a capacidade de atacá-los. Muitas vezes, ele cavalgava com a linha de frente para diminuir a cadeia de informação.
16: A estratégia do centro de gravidade
Ataque o ponto central, onde realmente “dói”. Seja ele o centro de comando, linhas de suprimento, sistema de crença… Capture e destrua seu oponente.
Em 209 a.C., Publius Scipio atacou e capturou New Carthage, o principal ponto de abastecimento de Hannibal na capital da Espanha. Isso prejudicou as rotas de abastecimento de Hannibal. Scipio chegou, então, a Carthage em 204 a.C., retirando Hannibal da Itália.
17: A estratégia de divisão e conquista
Derrote o oponente com os detalhes. Observe as partes e determine como controlá-las, criando conflitos e se aproveitando deles.
Em 490 a.C., os persas planejaram um ataque à Atenas e chegaram a 24 milhas ao norte da região. Os gregos viajaram para o norte, bloqueando a passagem entre as áreas. Os persas dividiram suas tropas de noite e atacaram Atenas pelo mar. Os gregos atacaram as tropas na Batalha de Maratona e correram para Atenas para evitar que os persas desembarcassem.
18: A estratégia de conversão
Atraia seu oponente para um ataque frontal, faça com que ele fique vulnerável e, numa distração, ataque os pontos fracos dele.
O exemplo histórico narra a tentativa de Baron Joseph Alvinczyde retirar os franceses de Verona, em 1795. A ação foi impedida por Napoleão, na Batalha de Arcola, que expôs as fraquezas do inimigo, derrotando-o.
19: A estratégia de aniquilação
Use charme e lisonjas para envolver e atrair o inimigo. Mantenha uma pressão constante para forçá-lo a baixar a guarda.
Em 1778, os britânicos queriam absorver os territórios Zulus. Na batalha de Isandlwana, os Zulus usaram seus conhecimentos sobre o território, surpreenderam e derrotaram os britânicos.
20: A estratégia da foice
Direcione o seu oponente para suas fraquezas. Faça jogadas calculadas. Isso vai permitir o controle da situação, confundindo e cansando o adversário.
Em 1800, quase todos os planos de Napoleão para vencer o exército austríaco na Itália falharam. O livro “33 Estratégias de Guerra” relembra que Napoleão investiu em planos alternativos e, então, derrotou os adversários, em Morengo.
21: A estratégia da guerra diplomática
Negocie enquanto avança e não ceda a pressões. Siga em frente, orienta o livro As 33 Estratégias de Guerra.
O exemplo histórico cita Philip II, da Macedônia. Quando assumiu o poder em 359 a.C, a cidade de Atenas não o apoiava, mas ele continuou a fazer promessas de paz, aumentando cada vez mais o seu império.
22: A estratégia de saída
Saiba quando for derrotado e, então, acabe com a guerra. Isso diminuirá as suas perdas. Saiba como ganhar com honra e traga um final positivo para a batalha, reduzindo seus oponentes no futuro.
Lyndon Johnson enfrentou uma batalha acirrada para o 10º assento do congresso do Texas, em 1937. Passada a eleição, ele agradeceu seus oponentes, conseguindo aliança bem-sucedida com eles.
23: A estratégia de engano
Misture fato e ficção. O engano é uma arte antiga e inestimável, quando você precisa evitar que seja vigiado. A desinformação pode consumir o seu oponente.
A invasão da Normandia, na Segunda Guerra Mundial, foi precedida por um engenhoso plano dos aliados para enganar os adversários e comprometer a capacidade de decisão de Hitler, quando a invasão real começou.
24: A estratégia do comum-extraordinário
Utilize o caminho da expectativa baixa e surpreenda. Se você é sempre calmo, seja radical.
Em 1962, Cassius Clay desafiou o campeão de peso-pesado do box, Sonny Liston. O comportamento pouco ortodoxo de Clay foi uma grande vantagem dele na luta, porque seu oponente não tinha ideia do que esperar.
25: A estratégia de justiça
Ocupe o ponto alto da moral. Justifique sua causa de maneira correta e mostre o lado egoísta do seu oponente. Apresente-se como o oprimido.
Para concluir a obra da Basílica de São Pedro, o papa Leo X começou a vender indulgências. O teólogo alemão Martin Luther condenou as práticas, alegando que somente Deus podia perdoar os pecados humanos. Esse esforço de Martin Luther foi o início das tradições protestantes e luteranas.
26: A estratégia do vazio
Remova qualquer alvo que você tenha para seu oponente. Sem alvo, ele se frustrará, aumentando a chance de cometer erros.
Quando invadiu a Rússia, em 1812, Napoleão se deparou com um exército adversário recuado e que não impôs resistência. A retirada das tropas deixou para trás cidades destruídas e nenhuma comida.
27: A estratégia da aliança
Pareça trabalhar pelo interesse dos outros, enquanto busca os seus interesses próprios. Faça o que for necessário para esconder a natureza temporária do seu negócio.
Em 33 Estratégias de Guerra, o autor cita o exemplo de um aliado perfeito. Em 1467, Charles I expandiu seu império formando uma aliança com Edward IV, da Inglaterra, para atacar a França de Louis XI. Mas o rei francês descobriu a trama e se uniu a Edward IV.
28: A estratégia da superioridade
Dê a seus rivais “corda suficiente para se enforcarem”. Prejudique a reputação deles, mas não deixe que ninguém saiba do seu envolvimento. Mantenha as “mão limpas”.
Na luta pela nomeação republicana, em 1988, a equipe de H.W. Bush espalhou rumores sobre a esposa do seu oponente Bob Dole. A raiva de Dole chegou à mídia, prejudicando-o fortemente.
29: A estratégia do fato consumado
Avance de pouco em pouco, sem ser percebido por seus rivais. Quando notarem seu crescimento, será tarde demais.
30: A estratégia de comunicação
Invada a mente do seu oponente com palavras. Faça com que ele pense e que tente interpretar o que você quer dizer.
Ao filmar “The 39 steps” em 1935, Alfred Hitchcock trabalhou a mente dos atores Madeleine Carroll e Robert Donat, quando os algemou por horas e fingiu ter perdido a chave. A ideia era fazer com que eles entendessem bem o roteiro.
31: A estratégia da fronteira interna
Comece destruindo por dentro. Infiltre no campo do seu oponente e, uma vez lá, ataque ou mostre suas intenções. Assuma o controle devagar.
Um dos exemplos históricos é de dominação amigável. Em 1929, o criador do Manifesto Surrealista, André Breton, queria realçar o movimento. Ele acreditava que Salvador Dalí podia ajudá-lo, no entanto, a afinidade de Dali com Hitler e Lenin prejudicou os seus planos. Dalí viajou para Nova York, onde teve uma carreira bem-sucedida e se tornou um sinônimo do surrealismo
32: A estratégia passivo-agressiva
Domine enquanto parece se submeter. Evite a agressividade. Os atos agressivos do inimigo irão beneficiar você.
Para protestar contra o imposto de sal definido pelo Raj britânico, Mahatma Gandhi propôs a marcha de 200 milhas. O governador-geral da Índia, Lord Edward Irwin, ficou aliviado com a aparente ação insignificante e não agiu para impedir a marcha. Mas o protesto atraiu milhares de pessoas. Gandhi escolheu o seus passos sabiamente – benigno para os britânicos e pungente para os índios.
33: A estratégia da reação em cadeia
Promova o caos e a quebra de confiança, espalhando incerteza e pânico. O que já foi seguro, agora é incerto.
A anatomia do pânico. Em 1092, a morte de Nizam al-Mulk foi vista primeiro como uma represália pela tentativa de suprimir o crescimento da seita Nizari Ismaili. Os Nizari, um grupo secreto, havia desenvolvido um novo método de revolta, em que os assassinos surgiam de uma multidão calma e matavam seus alvos com uma adaga.
Se você curtiu as 33 estratégias de guerra, que tal conhecer outra obra de sucesso do autor: As 48 Leis do Poder. Você precisa entender essas técnicas de Greene para se proteger daquele colega que busca o poder a qualquer custo.
O resumo desse livro está disponível na plataforma 12MIN.
Boa leitura!
Emir is the Head of Marketing at 12min. In his spare time, he loves to meditate and play soccer.