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Antes de investir capital em um negócio, você precisa saber o tempo necessário para sua empresa recuperar esse investimento. Por isso é importante entender o que é payback, porque é aí que está a sua resposta.
Essa análise sobre o retorno do investimento é extremamente importante para identificar se o empreendimento será de fato lucrativo. Permite, inclusive, que a empresa compare opções de investimentos, podendo optar por aquele que melhor se enquadra no seu planejamento.
O que é payback
Payback significa retorno. Em finanças, é o cálculo que mostra o tempo que um empreendimento levará para recuperar sua aplicação inicial.
O cálculo do payback considera apenas os fluxos de caixa relevantes, deixando de fora itens como depreciação. Esse fluxo de caixa deve ser planejado de forma realista, para se evitar avaliações errôneas.
Como calcular o payback
Você já sabe o que é payback, agora é hora de aprender como fazer as contas. Aliás, outra vantagem desse indicador de desempenho está na simplicidade da fórmula. No entanto, tenha muita atenção na hora de calcular o fluxo de caixa.
Veja um exemplo para uma previsão de saldo médio de fluxo de caixa de R$ 4.000,00, por um período de 12 meses e um investimento inicial de R$ 40.000. O cálculo é o seguinte:
PB = investimento inicial / resultado médio do fluxo de caixa
Para o exemplo acima, ficaria assim: R$ 40.000,00 / R$ 4.000,00 = 10. Ou seja, o investimento levaria 10 meses para se pagar.
O cálculo do resultado médio mensal do fluxo de caixa ajuda a simplificar as contas. Pode-se, também, elaborar um fluxo de caixa livre acumulado, que irá somando todos os fluxos de caixa da sua projeção, do começo ao fim.
É normal saldo de fluxo de caixa negativo nos primeiros meses, que é compensado com um resultado positivo na sequência.
Então, deu para entender que, para fazer uma gestão financeira eficiente, usando o payback como ferramenta, é preciso mensurar as receitas e despesas detalhadamente, todos os meses. As receitas que não entraram em seu caixa deverão ser subtraídas do cálculo de payback.
Dicas para acertar o cálculo
Saber o que é payback e como usá-lo é legal. Mas que tal anotar aí algumas outras dicas para ter resultados ainda melhores? Veja:
- Faça um levantamento detalhado das receitas e despesas da empresa, envolvendo planos de investimento e expansão, tempo atual e futuro etc. Organize tudo por categoria: operacional, investimento etc.
- Especifique um período para o cálculo de payback.
- Atualize periodicamente o fluxo de caixa, inclusive, com uma revisão de seu plano de negócios e de seu orçamento.
- Faça projeções realistas, considerando as possibilidade de perdas, principalmente, em relação à inadimplência ou atrasos.
- Monitore com frequência a movimentação de seu fluxo de caixa.
As desvantagens do payback
O payback é importante, mas nem tudo são flores. Por exemplo um investimento pode ter uma boa taxa de retorno, porém, ela pode não ser a desejada para o período. Outro ponto de atenção é que as entradas de caixa nem sempre ocorrem de forma linear, por exemplo, quando um projeto tem retorno num prazo maior do que o previsto.
Além disso, ter o tempo de retorno como único indicador de viabilidade de um empreendimento pode não ser sempre uma boa ideia, porque não leva em conta que o retorno pode continuar entrando depois de ter sido pago.
Assim, para ter um resultado mais assertivo, o payback trabalha com prazos curtos. Algumas empresas, as startups, inclusive, não utilizam o payback sozinho. Elas associam outros indicadores financeiros para análise de investimentos. Entre eles:
- ROI (Return Over Investment): mostra o quanto do seu investimento foi convertido em lucro;
- VPL (Valor Presente Líquido): é o acumulado do valor presente do fluxo de caixa;
- IR (Taxa Interna de Retorno): é a taxa de juros para a qual o Valor Presente Líquido se torna zero.
Payback descontado
Até agora você viu o que é payback e como fazer o cálculo do payback simples ou nominal. Mas existe, também, o payback descontado ou atualizado.
O payback simples é fácil, no entanto, tem a limitação de não acompanhar o valor do dinheiro em tempo real, os fluxos de caixa depois do período de payback e o custo de capital da empresa.
Uma forma de contornar esse problema, que para muitos especialistas é um erro do ponto de vista matemático, é por meio do payback descontado. Aqui, é aplicada uma taxa de desconto, geralmente anual. Uma das taxas de desconto mais usada é a TMA (Taxa Mínima de Atratividade).
Exemplo comparando os dois modelos de payback:
Investimento inicial = R$ 90.000,00
Resultado médio do fluxo de caixa (12 meses) = R$ 3.000,00
Payback simples = 30 meses
TMA = 12% ao ano
VPL = 3.000 / (1,12)1 = R$ 2.678,00
Payback descontado = 90.000 / 2.678 = 33,6 meses
Com a atualização dos valores nominais nesse exemplo de retorno, o tempo ficou maior.
A TMA é linkada aos fluxos de caixas futuros e isso é importante por causa da desvalorização da moeda. Todos sabemos que a inflação come parte do nosso dinheiro. Incluir esse “quesito” nos cálculos leva o empreendedor a resultados mais assertivos.
Conclusão
Todo empreendedor deve procurar se informar sobre o que é payback e como usá-lo corretamente. Esse indicador ajuda a identificar a viabilidade ou não do empreendimento, permitindo assim planejar os investimentos com mais segurança.
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Boa leitura!
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