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Você sabe a diferença entre sócio e investidor? Ambos podem ser valiosos para o seu negócio. Mas vamos direto ao ponto: não dá pra dizer qual opção é melhor, porque não existe uma regra geral válida para todos os empreendimentos.
A decisão entre investidor ou sócio dependerá de uma avaliação de contexto. No entanto, uma coisa é certa – você precisa entender a diferença entre eles, antes de qualquer ação. Isso porque investidor e sócio são duas coisas diferentes.
Os primeiros passos de um empreendimento
Todo negócio começa com uma ideia que está apenas na cabeça de um empreendedor (ou um grupo deles). No entanto, para fazer esse sonho virar um empreendimento, é preciso investimento. Em especial, nos momentos iniciais.
Mas o que ocorre é que, nem sempre, quem tem a ideia consegue bancar financeiramente o negócio sozinho. Assim, empreendedor precisa correr atrás de dinheiro para abrir a empresa e colocá-la em funcionamento, até que comece a gerar lucros e possa caminhar com as próprias pernas.
Aí vem a questão: investidor ou sócio? Nesse post, vamos falar sobre o que é cada um deles . Assim, ao final, esperamos que você esteja apto para decidir o que é melhor para a sua empresa.
As principais diferenças entre sócio e investidor
Investidor
- É uma pessoa que coloca o seu próprio dinheiro no negócio, visando retorno.
- As condições gerais, incluindo prazos de pagamento e taxas de juros são previamente negociadas entre as partes.
- A avaliação do risco do empreendimento pode impactar diretamente nos juros, prazos e outros itens do contrato.
- O empreendedor precisa apresentar uma garantia real (cerca de 150% do valor do empréstimo), caso a dívida não seja quitada como o que foi acordado. No entanto, esse é um percentual muito alto, o que leva muitos empreendedores para a opção do sócio-investidor.
- O investidor geralmente é um expert em planejamento de negócio, finanças e administração estratégica e compartilha essas habilidades com o empreendedor.
- Compartilha também conselhos e contatos valiosos.
- O investidor não é dono do negócio, mas espera envolvimento nas principais decisões e relatórios sobre o crescimento.
- Como o investidor não é um dos donos, se o empreendimento não der certo, ele pode perder parte do dinheiro investido, mas está livre das responsabilidades decorrentes do fracasso.
Sócio
- O sócio compartilha os lucros e riscos empresariais.
- Geralmente, a distribuição de lucros é proporcional à participação de cada um no capital social da empresa. No entanto, nada impede que eles decidam por qualquer outro tipo de critério.
- Um sócio também pode ajudar com contatos úteis, mas isso não é regra.
- O sócio é mais engajado com as metas do negócio do que um funcionário, já que ele tem mais a perder com o fracasso e mais a ganhar com o sucesso do empreendimento.
- O risco de não receber a remuneração esperada é de todos os sócios.
- Para efetivar uma sociedade, é elaborado um Contrato Social, onde constam, por exemplo, as responsabilidades individuais na empresa, as formas de remuneração e os dispositivos a serem usados em caso de divergências.
- Se o negócio fracassa, todos os sócios são responsáveis pelas perdas.
Os principais problemas entre sócios
Além de conhecer as diferenças entre investidor ou sócio, você deve ficar atento a outro item: os desentendimentos que podem ocorrer quando duas ou mais pessoas trabalham juntas.
Afinal, quem nunca ouviu uma história de sociedade que começou muito bem e terminou em conflito. Infelizmente, esse problema é mais comum do que se imagina.
No início, tudo vai bem. Os sócios estão entusiasmados. O negócio só está começando. O sonho do sucesso é latente. No entanto, muitas vezes, o dia a dia se encarrega de acabar com a festa. Alguns casos vão parar na Justiça.
Os 7 problemas mais comuns numa sociedade empresarial são:
- Precariedade ou ausência de comunicação entre os sócios, principalmente, na tomada de decisões importantes;
- Falta de clareza sobre os papéis e responsabilidades de cada sócio;
- Performance abaixo do esperado e falta de engajamento por parte de um dos sócios;
- Excesso de cobrança, por exemplo, quando um sócio percebe que está se entregando mais que o outro;
- Pontos de vista diferentes em relação à empresa e sobre divisão dos lucros;
- Desconfiança demasiada em relação ao sócio que cuida das finanças;
- Não ter um contrato com todos os itens previamente acordados.
Para ter sucesso duradouro numa sociedade, uma dica é redobrar os cuidados na hora de escolher o seu parceiro de negócio. Ou seja, você deve conhecê-lo bem e, para dar certo, confiança e clareza na comunicação são essenciais.
Outro ponto fundamental é colocar tudo o que for acordado no papel. assim, recorra a uma assessoria jurídica na hora de elaborar o contrato. Jamais inicie uma sociedade apenas com base da conversa.
Conheça o investidor-anjo
Se o seu negócio é uma startup e você está pensando em escolher entre sócio e investidor, que tal conhecer um pouco mais sobre os chamados anjos. Eles são nada mais que investidores com dinheiro, dispostos a aplicá-lo em inovações.
Mas a grana não cai do céu e os “anjos” não agem por caridade. O uso do dinheiro não é aleatório e sequer tem caráter filantrópico. Os grandes “anjos” normalmente esperam por um retorno de até 50 vezes do valor aplicado.
Eles são empresários, executivos ou profissionais liberais e não participam apenas com dinheiro. Em alguns casos, a ajuda vem junto com o compartilhamento de experiência e conhecimento sobre um setor específico.
O investimento ocorre geralmente quando a startup está dando os seus primeiros passos, mas os “anjos” não se tornam funcionários, porém, passam a ter participação na empresa.
Segundo a Anjos do Brasil, organização sem fins lucrativos para fomentar o investimento-anjo, em 2017, o volume total desse investimento no país teve um aumento de 9% em relação ao ano anterior e bateu na casa dos R$ 851 milhões.
Mas quando se compara os percentuais de crescimentos dos últimos anos, em 2017 houve retração, já que no período de 2013 a 2015, o aumento variou entre 11 e 14%.
Enfim, investidor ou sócio?
Você agora conhece a diferença entre sócio e investidor. Mas, em síntese, a lógica é essa: se você procura por alguém com experiência para somar na hora de colocar a mão na massa, um sócio é a melhor opção. Mas se você precisa de dinheiro, procure por um investidor. Pense, ainda, na possibilidade do sócio-investidor.
A equipe do 12min deseja sucesso para você – e o seu sócio, se for o caso!
Agora, que tal conhecer a trajetória de um trio que é modelo de empreendedorismo de sucesso e que vem ganhando rios de dinheiro. Anote aí:
Sonho Grande – Cristiane Correa
Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira criaram, em menos de 40 anos, um império bilionário e ganharam projeção sem precedentes no cenário mundial. Por meio do fundo de investimentos 3G Capital e da Inbev, eles compraram marcas icônicas para o consumidor americano, como Budweiser, Burger King e Heinz. Vale a pena conhecer e se inspirar com essa história!
O resumo de Sonho Grande está disponível na plataforma do 12min, para leitura em apenas 12 minutos ou, se você preferir, no formato audiobook também.
Boa leitura!
Emir is the Head of Marketing at 12min. In his spare time, he loves to meditate and play soccer.